O Presente
Arno Kunzler

Tiro certeiro ou tiro no pé?

calendar_month 20 de fevereiro de 2025
2 min de leitura

Somente o tempo dirá como o eleitor e a comunidade rondonense vão reagir às atitudes do prefeito Adriano Backes ao demitir servidores nomeados por ele há poucos dias.

A versão inicial que se espalhou é que foram exonerados porque continuavam confabulando lealdade ao ex-prefeito Marcio Rauber e não ao governo que estavam servindo, Backes e Sauer.

Mas o prefeito Adriano Backes esclareceu, na quarta-feira (19), em entrevista ao O Presente, a razão e os motivos da decisão.

Aparentemente, o prefeito está convicto que fez o que deveria fazer, que agiu assim para preservar o interesse público e mostrar aos demais servidores como vai agir diante de situações como essa.

Se o prefeito se mantiver firme nesse propósito, está de parabéns e tem grande chance de fazer um governo bem-sucedido.

A maioria dos políticos não tem autoridade moral para fazer o que o prefeito fez.

Preservar a integridade moral do prefeito e do governo é um trabalho muito difícil e exige atenção diária do próprio prefeito e do entorno do prefeito.

Um governo que se desmoraliza perante a opinião pública com descuidos que mancham sua imagem pessoal, e principalmente a honestidade e a autoridade do governante, tende a fracassar.

O fracasso normalmente acontece porque o governante deseja ou, às vezes, é obrigado a proteger aliados ou amigos no poder.

Se o prefeito tiver o cuidado de agir sempre assim, impondo a todos o império da lei e não só para alguns, o tiro certamente será certeiro.

A sociedade deseja ver um prefeito austero, preocupado com a imagem do governo e principalmente do município, trabalhando para entregar obras e serviços de boa qualidade.

Todavia, se mais adiante o prefeito for acusado, e ficar comprovado que está protegendo pessoas que fizeram o mesmo, o tiro pode virar para o próprio pé.

É bom que o prefeito saiba o tamanho da responsabilidade que assumiu perante a opinião pública e fique esperto.

Certamente outros vão fazer ou tentar fazer o mesmo.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@revistaamigosdanatureza.com.br

@arnokunzler

 
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