Há décadas as cidades debatem sistemas de trânsito para evitar congestionamentos e, principalmente, evitar acidentes.
Marechal Cândido Rondon é uma cidade média e gasta tempo e dinheiro tentando organizar minimamente um trânsito seguro e eficiente.
Já saímos da época em que o prefeito ou um secretário tinha que criar alternativas e, com todo desgaste imaginável, colocá-las em prática ou tentar colocar em prática antes que os críticos impedissem.
Ainda bem, saiu das mãos de uma pessoa e passou para um grupo de pessoas, ainda que sob a influência de um secretário ou de um prefeito.
Todavia, não está fácil encontrar soluções para pontos críticos.
E aí me vejo diante dos estudos e tento entender por que as coisas são assim.
Não temos regras claras?
Não temos ruas e acessos bons?
Não temos sinalização?
Não temos soluções para os pontos de confluências que geram congestionamentos?
Temos tudo isso.
Mas qualquer sistema de trânsito só é eficiente e funciona quanto temos EDUCAÇÃO.
As pessoas não respeitam os limites razoáveis, nem me refiro aos estabelecidos pela legislação, mas os razoáveis.
As pessoas ignoram placas de preferencial, inclusive e principalmente nas rotatórias, e cruzam em excesso de velocidade.
Mas a culpa não é do motorista, a culpa é da rotatória.
Enquanto não tivermos educação e respeito podemos gastar tanto dinheiro quanto estiver ao alcance e uns poucos motoristas continuarão provocando os acidentes.
Ou, então, fazer o que até hoje ninguém quis ou teve coragem: punir os infratores.
Quando alguém quis usar as câmaras instaladas na cidade para multar os motoristas infratores, foi obrigado a desistir da ideia.
O interesse coletivo de infringir a lei foi maior e mais forte que o interesse de evitar acidentes.
Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul
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@arnokunzler