A Câmara de Vereadores de Quatro Pontes aceitou denúncia apresentada por três vereadores do Podemos e instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do prefeito João Laufer (MDB).
Segundo requerimento assinado pelos vereadores Jean Steltter (Kinho), Aldiva de Oliveira (Diva) e Cidinei Joner (Sassá), e aprovado de forma unânime, o objetivo é apurar eventuais ilegalidades relacionadas à ausência do prefeito entre os dias 06 e 10 de março.
Foram nomeados para compor a CPI os vereadores Kinho, Davi Boufleuher (União Brasil) e Pedrinho Tonelli (MDB).
Denúncia
Conforme o requerimento, entre os dias 06 e 10 de março o prefeito viajou para Dourados e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, acompanhado de um empresário e agricultor residentes em Quatro Pontes.
“Para a viagem foi utilizado veículo de empresa, que é notória contratante com o município. Pelo ofício (enviado pelo prefeito à Câmara com respostas a questionamentos feitos pelos três vereadores), justificou-se que a viagem foi realizada para buscar incentivos através de tratativas com empresários e também a verificação da possibilidade de criação de polo turístico no município, já que o prefeito, à época, havia sido convidado e hoje é o diretor do Departamento de Turismo da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop)”, consta no documento.
Contudo, os vereadores alegam que não foi demonstrado o caráter oficial da viagem, tampouco se concretizaram os objetivos informados. “Portanto, por não se ter documentado a missão oficial alegada pelo prefeito, gerando indícios de se tratar de viagem ‘particular’ sob o recebimento de subsídios pagos pelo município, bem como por estar se servindo de veículo de empresa contratada do município, é imprescindível a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para a apuração dos fatos”, afirmam Kinho, Diva e Sassá.
Perseguição política
Procurado pelo O Presente, o prefeito disse estar tranquilo quanto à CPI. Ele reforçou que viajou em busca de incentivos ao município e não fez uso de dinheiro público.
“Quero que apurem os fatos, pois não há ilegalidade nisso. Perante a lei estamos certos. Não causei nenhum dano ao município, e não foi feito uso de diária. Isso é perseguição política. Uma perseguição que a oposição está fazendo em cima do excelente trabalho que está acontecendo no município. Então tem que achar alguma coisa para denegrir um pouco a imagem do bom trabalho que está ocorrendo em Quatro Pontes. Enquanto a isso, estou tranquilo. A população também pode ficar tranquila que a lei será cumprida e a Justiça será feita. Não há nada de errado”, declarou.
Por Maria Cristina Kunzler/O Presente

