Cenário agrícola do Brasil em 2010 é desfavorável

Apesar da previs atilde;o de uma safra maior, o cen aacute;rio de rentabilidade para o agroneg oacute;cio brasileiro em 2010 eacute; desfavor aacute;vel em rela ccedil; atilde;o a 2009, disse ontem (24) o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. Segundo ele, a safra 2009/10, cujo plantio de ver atilde;o est aacute; sendo realizado, enfrentar aacute; tr ecirc;s problemas: c acirc;mbio desvalorizado, insumos comprados com o d oacute;lar mais alto e pre ccedil;os internacionais cadentes. ldquo;Este ano, apesar dos custos altos, a renda foi boa rdquo;, afirmou Rodrigues. ldquo;Com exce ccedil; atilde;o de caf eacute; e laranja que tiveram pre ccedil;os afetados e carnes que enfrentaram o embargo da Uni atilde;o Europeia, o ano vai fechar razoavelmente bem. Em 2010, ser aacute; pior por v aacute;rias raz otilde;es. Vejo com preocupa ccedil; atilde;o a safra de 2010 rdquo;, acrescentou.
Rodrigues se mostrou muito preocupado com previs otilde;es de mercado de que o d oacute;lar poderia baixar para R$ 1,60, o que afetaria as exporta ccedil; otilde;es e remunera ccedil; atilde;o dos agricultores que compraram os insumos agr iacute;colas no primeiro semestre com a moeda americana perto de R$ 1,90.
O ex-ministro alertou ainda que no ano que vem a previs atilde;o eacute; de safras recordes de alguns produtos no mundo, entre eles a soja, principal item da pauta agr iacute;cola brasileira. ldquo;Os estoques ser atilde;o recordes. Os estoques de soja devem crescer 50 milh otilde;es de toneladas no ano que vem. J aacute; tem gente falando em 7 ou 8 d oacute;lares o saco. Isso eacute; um problema s eacute;rio rdquo;, afirmou ele, que prev ecirc; que cana-de-a ccedil; uacute;car e o a ccedil; uacute;car devem ser os uacute;nicos produtos com bom rendimento em 2010, devido ao crescimento da demanda, especialmente da Iacute;ndia, que lida com uma colheita ruim.
Os indianos s atilde;o os maiores consumidores de a ccedil; uacute;car.

Medidas sugeridas
Rodrigues defendeu que o governo federal adote medidas para tentar minimizar as perdas do setor agr iacute;cola. O ex-ministro sugere uma redu ccedil; atilde;o na tributa ccedil; atilde;o do setor agr iacute;cola, aumento da oferta de cr eacute;dito e medidas de incentivo para as exporta ccedil; otilde;es. ldquo;O c acirc;mbio eacute; flutuante e ainda vir aacute; um tsunami de d oacute;lares. O Brasil eacute; a bola da vez e a refer ecirc;ncia mesmo. N atilde;o tem jeito rdquo;, declarou. ldquo;Algumas quest otilde;es paliativas podem ser tomadas como a desonera ccedil; atilde;o da produ ccedil; atilde;o e da exporta ccedil; atilde;o, o que esbarra na quest atilde;o fiscal. A segunda medida seria tornar o cr eacute;dito abundante e barato, o que tamb eacute;m tromba com a receita. A terceira seria comprar d oacute;lares rdquo;.