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Dívida do Corinthians com elenco e empresários ultrapassa R$ 30 milhões

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Divulgação Corinthians

Já é conhecida a forte crise econômica em que o Corinthians se encontra atualmente. Sem dinheiro em caixa, o clube está devendo direitos de imagem aos seus principais atletas, ainda não quitou premiações antigas com o elenco e tem altas quantias para desembolsar a empresários que ajudam a agremiação nos momentos de dificuldade. Tudo isso, somado, ultrapassa R$ 30 milhões.

Entre o elenco atual alvinegro, alguns dos principais atletas estão com direitos de imagem atrasados. É o caso de Ralf, Elias, Guerrero, Renato Augusto, Jadson, Danilo e Sheik, todos com vários meses para receber como pessoa jurídica. Somados, os valores dos cinco atletas estão na faixa dos R$ 8 milhões.

Mais um que tem valores para receber é Alexandre Pato, emprestado ao São Paulo. O atacante recebe R$ 800 mil por mês, sendo R$ 400 mil do lado tricolor e mais R$ 400 mil do Corinthians, mas desde que está emprestado ao time do Morumbi não viu alguns dos últimos meses caírem na sua conta. Informações de dentro do clube dão conta de que o o atleta tem sete meses a receber, o que totalizaria R$ 2,8 milhões.

Esses jogadores em especial possuem remunerações em atraso por conta de terem parte de seus vencimentos pagos em direitos de imagem, já que recebem quantias bem superiores ao restante do elenco. Os atletas que estão com tudo em dia possuem contrato apenas na CLT, como é o caso do goleiro Cássio e do lateral Fábio Santos, por exemplo. Vale citar que, na carteira de trabalho, o Corinthians não possui salários atrasados com ninguém do elenco.

O Corinthians começou a encarar maior dificuldade financeira a partir de julho do ano passado, principalmente por conta dos altos investimentos em jogadores feitos anteriormente, da folha salarial acima da média, das bilheterias em Itaquera que não vão diretamente aos cofres do clube e também por falta de patrocínios, já que não conseguiu vender os espaços da homoplata e do calção.

Curiosamente, as dívidas com o elenco coincidem com a mesma época em que o Corinthians passou a utilizar a nova Arena em Itaquera. Justo quando tem computado as maiores bilheterias de sua história, o clube não pode contar com o dinheiro vindo das arquibancadas, que vão para um fundo que vai ajudar a pagar a obra que custou cerca de R$ 1 bilhão.

Para completar, o Corinthians não tem receitas de TV para receber em 2015, já que foram todas adiantadas pela gestão do ex-presidente Mário Gobbi.

Dívidas em prêmios e com empresários

Mas a conta maior de dívidas corintianas diz respeito aos débitos com empresários. Só o conselheiro Fernando Garcia, por exemplo, tem aproximadamente R$ 6,5 milhões para ganhar do clube por empréstimos efetuados ao longo da gestão Mário Gobbi.

O empresário Bruno Paiva, que agencia a carreira de Guerrero e Jadson, por exemplo, é mais um com valores a receber do Corinthians. Ele tem um saldo de cerca de R$ 400 mil por parte da comissão sobre os salários de Jadson – e algumas outras pendências.

Com a GP Sports, pelos direitos de Ralf, o Corinthians tem cerca de R$ 3 milhões a serem pagos. Já Carlos Leite é outro que realizou algus empréstimos, como um feito no fim do ano passado na faixa de R$ 2 milhões.

No quesito “técnicos que o Corinthians deve”, o ex-treinador do clube Mano Menezes ainda não sabe qual é a cor dos R$ 4 milhões que precisa embolsar por conta de direitos de imagens atrasados e luvas por metas. Tite, por sua vez, tem algo em torno de R$ 3,5 milhões que espera ganhar por conta de premiações atrasadas de sua última passagem.

Tudo isso, somado, chega na faixa de R$ 30 milhões em dívidas corintianas, se acrescentadas ainda luvas que o elenco precisa receber pelas conquistas do Paulista e da Recopa 2013, além de bichos por vitórias em alguns clássicos que ainda não foram quitados pela diretoria alvinegra. O goleiro Cássio, inclusive, confirmou que o elenco tem premiações a receber.

Nesta semana, o Lance! publicou que o Corinthians tem R$ 10 milhões de empréstimos a serem liberados, que serão essenciais para quitar parte desses débitos. Uma das promessas da atual gestão é encerrar essas dívidas.

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