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Marquinhos Xavier foca na reorganização da Seleção Brasileira de Futsal

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Depois de atuar como treinador da equipe Copagril Futsal no ciclo completo das temporadas 2009 a 2013 e permanecer até meados de junho de 2014, período no qual conduziu o time rondonense à conquista de dois títulos do Campeonato Paranaense Série Ouro, respectivamente em 2009 e 2013, além do vice na Liga Nacional de Futsal no ano de 2010 diante do Jaraguá do Sul, Marquinhos Xavier passou a trabalhar com a Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF), time multicampeão sediado na cidade de Carlos Barbosa, Rio Grande do Sul.

Em solo gaúcho o professor Marquinhos Xavier, como é mais conhecido, comandou a equipe de atletas que faturou o Campeonato Gaúcho e a Liga Nacional em 2015, a Taça Brasil em 2016 e neste ano conduziu o time aos seguintes títulos: Supercopa e Libertadores da América. O desafio profissional mais importante da carreira está sendo vivido neste ano, desde o convite para desempenhar a função de técnico da Seleção Brasileira de Futsal, cujo anúncio oficial ocorreu no dia 31 de julho, através da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS). Apesar da carga de trabalho, em 2018 o professor conciliará as funções de treinador da Seleção Brasileira e da ACBF.

Em entrevista exclusiva à reportagem de O Presente, o técnico da Seleção Brasileira de Futsal destacou o trabalho junto à Seleção, tratou sobre metas e perspectivas, abordou sobre o sonho do futsal ser reconhecido como modalidade olímpica e enalteceu o nivelamento técnico, tático e de jogadores das equipes brasileiras.

 

Reorganização

Por ser a função máxima na modalidade e representar o auge na sua carreira, Marquinhos Xavier menciona ter recebido o convite para atuar como técnico da Seleção Brasileira com muita alegria. “Eu vivia a expectativa, tanto que há alguns anos vinha sendo cotado para estar na Seleção Brasileira, porém, talvez por certa falta de experiência, tempo e maturidade que eu necessitava, as coisas não aconteceram antes. Considero bastante importante esta responsabilidade na modalidade, por ser um momento difícil, talvez o mais delicado do futsal brasileiro em termos de reorganização”, afirma.

 

Modalidade Olímpica

Apesar da grande visibilidade em nível nacional e internacional e de aglutinar cada vez mais admiradores, o futsal ainda não é reconhecido como uma modalidade olímpica. Assim sendo, o técnico da Seleção diz que o primeiro passo foi dado com inédita inclusão do futsal nos Jogos Mundiais da Juventude. “Esta competição será disputada em Buenos Aires, na Argentina, e no pacote do Comitê Olímpico Internacional (COI) está contemplado o futsal na categoria até 20 anos, o que representa uma abertura. Também há muita especulação sobre a proximidade do COI com a Fifa (Federação Internacional de Futebol) nessa troca de informações. Existem inúmeras versões sobre o porquê do futsal não ser olímpico e a gente sabe que há uma questão política, até porque o futebol de campo é o carro-chefe e as instituições não querem dividir muito esse potencial”, enfatiza.

 

Falcão Embaixador

Além da reorganização na CBFS, Marquinhos destaca que antes da sua chegada o comando técnico optou por não convocar mais o atleta Alessandro Rosa Vieira, o ídolo Falcão, para as partidas. “Não foi uma opção do Falcão parar, foi uma decisão da comissão em fazer uma renovação talvez mais agressiva e tirar os atletas mais experientes. Consideramos importante a presença não só dele, como também de outros jogadores experientes. Nós acreditamos que por mais importante que seja uma renovação de atletas, todos precisam das deferências, então o Falcão voltou a configurar em duas convocações, uma em Uberaba, no Desafio Internacional contra o Uruguai, e agora recentemente numa convocação no Desafio Internacional contra a Costa Rica, em Cuiabá”, explica o treinador.

 

Perspectivas no Brasil

Quando o assunto em pauta diz respeito às perspectivas da modalidade no país, o técnico da Seleção Brasileira relata que foi percebida uma visibilidade muito boa no futsal, embora a crise econômica tenha afetado praticamente todos os setores. “Existe um apelo muito forte ao futsal e ao mesmo tempo em que algumas equipes enfraquecem as suas estruturas, nós vemos outras se fortalecendo, então há um equilíbrio nas disputas, fazendo com que o futsal se mantenha como uma das modalidades esportivas mais atraentes, inclusive na grade da televisão. Nós temos números animadores, pois hoje somos o segundo esporte dentro da grade com uma diferença pequena para o futebol de campo pela dinâmica do jogo, incerteza dos resultados e pelas disputas. Agora no fim do ano a gente viu uma avalanche de transmissões e tudo isso é muito bom para a modalidade”, observa.

 

Nivelamento

Uma avaliação realizada pelo técnico da Seleção Brasileira aponta haver um nivelamento da condição técnica entre as equipes, diminuindo as disparidades, quase não havendo favoritismo. Como exemplos podem ser citados os finalistas do Campeonato Paranaense Série Ouro, Pato Branco e Marreco Futsal, tendo Pato Branco como campeão, e da Liga Nacional de Futsal cujos finalistas foram Joinville e Assoeva, sendo que o troféu de campeão foi conquistado pelo Joinville.

 

Copagril

Em relação às mudanças propostas pela direção do time Copagril/Sempre Vida/Sicredi/Marechal Cândido Rondon visando à formação de uma equipe com atletas mais experientes para as competições no ano vindouro, o treinador afirma se tratar de um grande acerto. “A Copagril Futsal tem potencial e estrutura enormes para formar uma grande equipe. Eu acredito que a Copagril pode ser campeã da Liga Nacional no prazo de quatro, cinco anos pelas condições, além de sempre fazer um trabalho muito sério. Todo mundo sabe da referência que a Copagril é no futsal nacional”, ressalta.

 

Confira a matéria completa na edição impressa dessa terça-feira (19)

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