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Seleção Feminina Sub-20 estreia no Sul-Americano

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Por Monalisa. Assim a seleção brasileira feminina sub-20 inicia neste domingo (14) diante do Chile, às 22h15 (de Brasília), em Ibarra, no Equador, a busca pelo título do Sul-Americano da categoria. Com uma lesão na clavícula, a lateral do Iranduba acabou sendo cortada a sete dias da estreia na competição e teve seu sonho de estar ao lado das colegas interrompido. Em entrevista ao blog Dona do Campinho, o técnico Doriva Bueno revelou que o grupo fez um pacto para que possam conquistar o troféu e fazer uma homenagem à atleta que sempre se empenhou com a camisa do Brasil. E não só isso. Dar à ela a oportunidade de, quem sabe, com a conquista, estar no Mundial da categoria, já que a disputa em terras equatorianas é classificatória.

“A Monalisa era uma menina muito comprometida nos treinos e sentimos a ausência. Em uma reunião que fizemos entendemos que a única forma de amenizar o sofrimento dela por ter ficado fora é vencer o Sul-Americano para oportunizar à Monalisa estar em outra competição. Elas compraram essa ideia. Acharam que era a única coisa para fazer ela se sentir melhor é dar a ela a possiblidade de estar em outra competição. União é algo que trabalhei desde o início. Se perguntar para elas o destaque do time vão falar que é o grupo e não um nome individualmente”, afirmou Doriva Bueno.

Para a vaga, foi chamada a Ariane, do Grêmio. Segundo o treinador brasileiro, a opção por uma zagueira e não outra lateral se deve à presença já de Thais Regina, que pode atuar pelos dois lados e suprir uma possível ausência, além da titular Isabela.

“Lógico que a gente teve que fazer algumas avaliações. Monalisa é lateral que joga nos dois lados. Trazer uma outra atacante ou meia teria problema de sobreposição na nossa equipe. Já temos Isabela que joga nas duas laterais. Com isso, em caso de emergência, temos a Thais Regina, que faz no Iranduba também esse tipo de função. Por isso escolhemos a Ariane, que é uma zagueira. Ela já estava em stand by. É uma menina tranquila e que conhece o trabalho”, disse.

Se a Seleção Brasileira não conta com Monalisa na lateral, a equipe tem um grande ponto forte no setor ofensivo. Eleita melhor jogadora do Paulista 2017 e destaque do título da Libertadores 2017 do Corinthians/Audax, Kerolin é vista por Doriva Bueno como o diferencial dentro do jogo, aquela atleta que, em uma bola, pode decidir a partida. Por isso, ela terá uma função importante em campo. Como tem facilidade na movimentação, poderá variar pelos lados e também como uma terceira atacante pelo meio. Como o treinador cita, a ideia é ela “bagunçar a defesa adversária”.

“A gente tenta dar o peso das atletas igual para que todas se sintam iguais. Mas sabemos que a Kerolin tem velocidade e pode decidir em uma bola. Ela joga tanto pelos lados quanto uma jogadora que vem de trás como uma terceira atacante, meia mas que chega de trás. Essa característica de bagunçar a defensa adversária. Tem tido boa resposta nos treinamentos. Ou ela jogando aberta ou vindo de trás como. No jogo diante do Estados Unidos, ela foi bem fazendo isso, nos treinamentos ela encaixou bem também. Contamos com que ela tenha bons jogos e faça bem a função. A Kerolin era uma jogadora que na sub-17 era individualista, mas hoje ela pensa no grupo”, afirmou Doriva.

Na frente, uma atleta que até mesmo já teve chance na seleção principal. Geyse é a aposta. Doriva salienta apenas que a atacante ainda é uma atleta em desenvolvimento. A técnica apurada ainda precisa ser combinada com um melhor lado físico. O comandante fala que, durante os períodos com a equipe, tenta mostrar a ela que um preparo em alto nível fará com que a técnica se sobressaia sem sofrimento desnecessário.

“Não vejo ela ainda pronta, eu vejo a Geyse em desenvolvimento. Tem muito potencial, muita força física. Na categoria dela vai conseguir bons resultados, mas tem dificuldade ainda na parte física. A gente está tentando mostrar para ela que a questão física é muito importante para que a boa técnica dela seja feita sem tanto sofrimento. Por isso que acho que ainda ela não está pronta, mas é importante a ida a seleção principal, para fora do país para entender como funciona”, declarou.

O Sul-Americano não serve somente para a busca pelo título. De lá, a base brasileira vai revelando novos nomes para que possam ser aproveitadas no time principal. Doriva Bueno aponta as atletas que estão mais prontas para o desafio de vestir a camisa canarinho adulta: Geyse, Vitória e Ana Vitória. O desafio está lançado na busca de novas estrelas para o futebol do Brasil.

“Conversei já com ele duas ou três vezes (na atual passagem de Vadão). Inclusive tem uma menina que esta na convocação a Daiane. Nessa equipe, as mais prontas são Geyse, Vitória, Ana Vitória. Apesar de jovens são atletas que amanhã ou depois se ele quiser dar oportunidade elas não vão ter dificuldade de técnica ou entendimento de jogo. Podem ser opções, mas não prontas para assumirem a responsabilidade da titularidade. Mas têm um bom futuro por vir”, afirmou.

 

Globo Esporte

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