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Um mês após acidente, Chapecoense se reconstrói com 40 mil sócios

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O dia 29 de novembro de 2016 escreveu na história a maior tragédia do futebol brasileiro. A queda do voo que levava a delegação da Chapecoense para a primeira final de uma competição internacional da sua história completa um mês nesta quinta-feira (29). O time catarinense luta para seguir em frente com dignidade e tem a expectativa de fazer isso agora com cerca de 40 mil sócios.

Esta é a estimativa do novo presidente da Chape, Plínio David de Nês Filho. Em entrevista para o Sportv, ele contou que as associações aumentaram muito após a tragédia e que o clube ainda está tendo que se adaptar a essa nova demanda, não tendo números finais da quantidade de associados.

Isso nos trouxe uma receita significativa, maior, bem como a parte do sócio propriamente dita, estamos tendo um incremento bem significativo. Acredito que a Chapecoense passa de um patamar de 9 mil sócios para aproximadamente 40 mil no final do contexto, disse o dirigente.

Com membros da diretoria mortos no voo – incluindo o presidente do clube, Sandro Pallaoro -, a equipe catarinense teve de se reconstruir praticamente do zero. Dentre os três sobreviventes, apenas o lateral Alan Ruschel, quem melhor se recupera do acidente, deve ter condições de voltar a atuar em um futuro próximo. O zagueiro Neto só deverá ser liberado pelos médicos para realizar exercícios físicos dentro de pelo menos quatro meses. Jackson Follmann, por sua vez, pode se tornar atleta paralímpico.

Após a chegada do técnico Vagner Mancini, alguns reforços já foram contratados, como o goleiro Elias (ex-Juventude), o zagueiro Douglas Grolli (ex-Cruzeiro), o meia Dodô (ex-Atlético-MG), o atacante Rossi (ex-Goiás) e o meia Nadson (ex-Paraná). Eles vestirão o uniforme verde a partir de janeiro de 2017 e disputarão a próxima edição da Copa Libertadores – vaga a que tem direito o campeão da Copa Sul-Americana, em conquista confirmada pela Conmebol após a tragédia

 

Investigação

Uma das certezas que já se têm a respeito da tragédia que deixou 71 mortos e apenas seis sobreviventes é o fato de que o voo tinha irregularidades e não deveria ter sido aprovado pelas autoridades de aviação bolivianas. As investigações do próprio país culparam a companhia aérea LaMia pelo acidente. A empresa é acusada de realizar trajetos utilizando a carga de combustível abaixo do que manda a lei – planos de voo apontam que é necessário ter combustível suficiente para a viagem, além de uma reserva em caso de imprevistos como o ocorrido, que provocou a pane seca e, consequentemente, a falha elétrica que derrubou o avião.

Apesar disso, a LaMia era frequentemente utilizada por equipes de futebol da América do Sul em seus percursos. A seleção da Argentina e a própria Chapecoense já haviam voado pela companhia aérea boliviana .

A Colômbia, local do acidente, decidiu liderar as investigações, afirmando que a Bolívia não teria capacidade para avaliar o caso corretamente. Nesta semana, as autoridades locais confirmaram que o voo da LaMia possuía excesso de peso e um plano de voo irregular.

Procedimentos e regimentos internos da Bolívia, no entanto, seguem sendo investigados. Nesta quarta-feira as autoridades de Santa Cruz de la Sierra, cidade de onde partiu o avião, processaram o chefe de controle aéreo municipal e mais quatro funcionários da agência de aviação local, que, na avaliação deles, não deveriam ter aprovado o plano de voo da LaMia.

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