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Ação contra corrupção na saúde prende nove suspeitos e apreende cerca de R$ 170 mil

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Nove suspeitos foram presos na manhã desta segunda-feira (18) durante a deflagração da Operação Hígia, da Polícia Civil de Pato Branco, no sudoeste do Paraná. Os 67 mandados judiciais foram cumpridos ainda em Clevelândia, Saudade do Iguaçu, Francisco Beltrão, Curitiba (PR) e Joinville (SC). No total, foram apreendidos ainda R$ 160 mil e US$ 2,2 mil, totalizando o equivalente a R$ 167 mil.

De acordo com a polícia, os alvos da ação que desde maio investiga irregularidades na área da saúde são agentes políticos, servidores públicos e empresários. O grupo é investigado por crimes como associação criminosa, fraude em licitações, peculato, concussão, corrupção ativa e passiva, falsidade documental e lavagem de dinheiro.

Na casa de um dos suspeitos, os policiais apreenderam 19 armas de fogo, entre elas um fuzil de uso restrito e 758 cartuchos de munição de diversos calibres.

Foram presos três secretários municipais, um vereador, um servidor público municipal, uma servidora pública estadual e três empresários. Também foram afastados preventivamente das funções três servidores públicos municipais e um secretário municipal de Pato Branco. E, 19 pessoas foram conduzidos coercitivamente – quando se é obrigado a prestar depoimento.

Nas buscas, foram recolhidos documentos, computadores, materiais elétricos e equipamentos.

Entre os presos estão o vereador Marco Pozza (PSD) e o ex-secretário de saúde de Pato Branco, Valmir Chiochetta, que atualmente estava à frente da secretaria de saúde de Clevelândia.

Em nota, a assessoria de imprensa informou que a Prefeitura de Clevelândia recebeu com surpresa os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária contra o secretário de saúde.

O documento informa ainda que, apesar de os fatos investigados terem sido supostamente praticados antes da nomeação para o cargo que atualmente ocupa na administração de Clevelândia, a administração municipal decidiu pela exoneração de Valmir Chiochetta em respeito à "lisura, respeito e transparência", o que, acredita, deve contribuir com as investigações.

O nome da operação é uma referência à mitologia grega. "Hígia é a deusa da saúde, limpeza e sanidade, relacionando-se à Secretaria de Saúde do Município de Pato Branco onde a investigação teve início", explicou a Polícia Civil.

Investigação paralela

De acordo com a Polícia Civil, Pozza é investigado paralelamente por suposta prática de crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade documental e falso testemunho. Em meio às investigações, a polícia diz ter encontrado indícios de que o vereador, aliado a um policial licenciado de Santa Catarina, e um motorista pagaram R$ 15 mil em propina a policiais rodoviários estaduais que atenderam a um acidente em julho.

Na batida, na área rural de Bom Sucesso do Sul, um motociclista morreu. Segundo a polícia, supostamente alcoolizado, o condutor do veículo fugiu do local sem prestar socorro

Com informações G1

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