Alvaro diz que só apoiará candidaturas de Serra e Fruet

Alvaro diz que só apoiará candidaturas de Serra e Fruet (Foto: Arquivo/OP)

Dono de uma carreira pol iacute;tica s oacute;lida e de um patrim ocirc;nio eleitoral que j aacute; o elegeu uma vez para o Governo do Estado e tr ecirc;s vezes ao Senado, o senador Alvaro Dias (PSDB) ir aacute; manter dist acirc;ncia da disputa para o Governo do Paran aacute; nesta campanha eleitoral. Ser aacute; a primeira vez que o senador, que quase chegou a ser candidato a vice-presidente da Rep uacute;blica pelo PSDB, ir aacute; optar por n atilde;o se envolver na elei ccedil; atilde;o para o Governo no Paran aacute;.
Alvaro disse no final de semana que n atilde;o pode apoiar a candidatura ao governo do irm atilde;o, o senador Osmar Dias (PDT), contra o seu pr oacute;prio partido. E vice-versa: n atilde;o pode subir ao palanque do candidato do PSDB, Beto Richa, contra o pr oacute;prio irm atilde;o.
Diante do inconcili aacute;vel, Alvaro decidiu que todo o seu esfor ccedil;o ir aacute; se concentrar na campanha de Jos eacute; Serra (PSDB) agrave; Presid ecirc;ncia da Rep uacute;blica e de Gustavo Fruet (PSDB) ao Senado.
Na campanha de Serra, Alvaro j aacute; foi avisado pelo presidente nacional do PSDB, senador S eacute;rgio Guerra, que o candidato a presidente o quer como um dos seus multiplicadores de campanha pelo pa iacute;s.
Na pr oacute;xima semana, o comando nacional da campanha de Jos eacute; Serra ir aacute; definir o papel do senador paranaense no projeto. ldquo;Imagino que a tarefa ser aacute; externa, mais pol iacute;tica, e n atilde;o burocr aacute;tica rdquo;, disse o senador paranaense.
Enquanto isso, no Estado, al eacute;m de pedir votos para Serra, a programa ccedil; atilde;o de Alvaro inclui o apoio a Gustavo Fruet na propaganda eleitoral gratuita em r aacute;dio e televis atilde;o e tamb eacute;m a participa ccedil; atilde;o em eventos da campanha ao Senado pelo Estado, ao lado do tucano, que divide a chapa com Ricardo Barros (PP).

Sem m aacute;goas
ldquo;Em rela ccedil; atilde;o agrave; elei ccedil; atilde;o nacional, vou participar ativamente como se fosse o pr oacute;prio candidato, na esperan ccedil;a de ter um presidente com talento e compet ecirc;ncia pol iacute;tica. J aacute; no Estado, as peculiaridades locais me impedem de participar ativamente rdquo;, declarou o senador, apontando raz otilde;es eacute;ticas e familiares para n atilde;o se posicionar na disputa estadual.
Al eacute;m do empecilho legal, que o impediria de subir ao palanque de Osmar, Alvaro disse que tamb eacute;m tem raz otilde;es pol iacute;ticas para ficar fora da campanha. ldquo;Apoiar o Osmar significa fortalecer um projeto que combato h aacute; oito anos. Seria uma incoer ecirc;ncia dar for ccedil;a a esse projeto rdquo;, afirmou Alvaro, referindo-se agrave; alian ccedil;a que sustenta a candidatura do pedetista, cuja candidata a presidente eacute; a ex-ministra Dilma Rousseff (PT).
Quanto agrave; campanha tucana para o Governo do Estado, o senador tamb eacute;m eacute; categ oacute;rico. ldquo;Eu me sinto impedido de apoiar o Beto por raz otilde;es eacute;ticas e familiares. Como eacute; que a popula ccedil; atilde;o entenderia se eu apoiasse um candidato contra o meu irm atilde;o? rdquo;, ponderou o senador.
Embora garanta que a rela ccedil; atilde;o familiar e pessoal com o senador Osmar Dias est aacute; preservada, Alvaro suspendeu as conversas pol iacute;ticas com o irm atilde;o enquanto durar a campanha eleitoral. ldquo;Se o Osmar quiser conversar sobre fam iacute;lia, futebol e o Corinthians, a qualquer hora. Mas sobre pol iacute;tica, s oacute; depois da elei ccedil; atilde;o. Ele est aacute; com a Dilma e eu estou com o Serra rdquo;, frisou o senador, tomando cuidado para delimitar onde se encontra a fronteira de suas diferen ccedil;as pol iacute;ticas com o irm atilde;o.

ldquo;Serra foi leal rdquo;
O senador afirmou que n atilde;o guarda m aacute;goas ou ressentimento do epis oacute;dio sobre sua indica ccedil; atilde;o agrave; vaga de candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador Jos eacute; Serra (PSDB). E embora considere o assunto superado, Alvaro deixou escapar que a candidatura do irm atilde;o, senador Osmar Dias (PDT), ao Governo do Paran aacute; teria tido um papel fundamental na sua sa iacute;da da chapa. As resist ecirc;ncias do DEM, que reivindicava a posi ccedil; atilde;o, j aacute; estavam vencidas, quando chegou a Bras iacute;lia a informa ccedil; atilde;o de que Osmar seria candidato ao governo, relatou Alvaro. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, havia acabado de conceder uma entrevista agrave; uma emissora de televis atilde;o a cabo, declarando que aceitava a indica ccedil; atilde;o do tucano, quando Osmar selou o acordo com o PMDB e o PT no Paran aacute;, disse.
A partir do que Alvaro define como ldquo;fato novo rdquo;, o DEM voltou agrave; carga para indicar o representante do partido na chapa, o deputado federal Indio da Costa. O senador tucano disse que o comportamento do DEM foi leg iacute;timo, mas preferiu n atilde;o opinar sobre a escolha do deputado fluminense. O senador paranaense disse que n atilde;o conhece o indicado do DEM.
Ainda sobre a indica ccedil; atilde;o para a vaga de vice, Alvaro elogiou a posi ccedil; atilde;o de Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nas negocia ccedil; otilde;es. ldquo;O partido me prestigiou e me valorizou ao m aacute;ximo neste processo. O Serra foi absolutamente correto e leal, muito transparente em rela ccedil; atilde;o agrave; sua posi ccedil; atilde;o rdquo;, afirmou.
A ascens atilde;o do Paran aacute; ao centro das articula ccedil; otilde;es pol iacute;ticas nacionais, agrave;s v eacute;speras das conven ccedil; otilde;es que definiram as candidaturas nacionais e no Estado, n atilde;o surpreendeu Alvaro. Ele lembrou que s atilde;o 7,6 milh otilde;es de eleitores em disputa e que o Estado sempre teve import acirc;ncia pol iacute;tica. Mas que nem sempre eacute; reconhecida devido ao chamado ldquo;fen ocirc;meno antropof aacute;gico rdquo;. A decis atilde;o de Serra em come ccedil;ar a campanha em Curitiba tamb eacute;m refor ccedil;a o potencial eleitoral do Estado, afirmou o senador. ldquo; Eacute; um estado que tende a favorecer a candidatura Serra. Deve se pescar onde tem peixe e o PSDB busca ampliar o potencial existente rdquo;, avaliou.