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Amigos de Pato Bragado cavalgam toda lua cheia

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Arquivo Pessoal

A lua cheia ilumina a escuridão no interior de Pato Bragado. O silêncio da noite logo vai acabar ao som de relinchos e cascos no chão. Uma vez por mês, um grupo de amigos do município promove uma cavalgada noturna, que reúne dezenas de crianças, jovens e adultos em torno da paixão pelos cavalos e pelas belezas da região, vistas sob a ótica do luar. O último passeio aconteceu há uma semana, no terceiro dia de lua cheia, com mais de 30 participantes.

Existem diversos grupos de cavaleiros em municípios como Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Santa Helena e Entre Rios, mas que se tenha conhecimento só o Grupo Marcas do Passado é que promove uma cavalgada noturna periódica. O idealizador Leonir Wolff, mais conhecido como Chilinski, explica que a ideia surgiu para unir o gosto pelos animais e as belezas da noite enluarada. Tive a ideia do nada, porque gosto de organizar essas atividades. Pensei… vamos andar na lua cheia, e o pessoal gostou, conta. A gente aproveita a luz da lua; é bonito de andar, diz.

O ponto de partida é sempre no CTG do município, onde o grupo Marcas do Passado mantém um quiosque para os encontros. Antes da saída, os cavaleiros e amazonas fazem algumas preces. É para proteger a gente durante o trajeto, destaca Chilinski. Logo os animais são conduzidos para estradas do interior, levando seus montadores a uma experiência singular. Cavalgamos pelas estradas do interior por cerca de três horas, sempre no passo (ritmo lento para não cansar o animal), explica Chilinski. No caminho a gente vai cantando, a gente faz versos, aproveita o ar fresco e, claro, aproveita a cavalgada e a lua cheia, comenta. É um momento gostoso, ligado ao estilo country, emenda.

A cavalgada noturna à luz da lua cheia acontece todos os meses, reunindo dezenas de adeptos a cada edição. Sempre participam homens, mas também crianças de oito, dez anos, e até mulheres. Tem muita gente que gosta de cavalo e acaba participando, comenta o membro do grupo Marcas do Passado, que tem cerca de 60 integrantes.

Ele explica que o objetivo é estimular as cavalgadas noturnas na microrregião. Só o grupo de Chilinski interage com outros 13 grupos de cavaleiros, de municípios como Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Ouro Verde do Oeste, Céu Azul e Mercedes. A gente quer incentivar outros grupos a cavalgar à noite, cita.

À frente do grupo está sempre o ponteiro, cavaleiro que dita o ritmo do passeio e não pode ser ultrapassado por nenhum outro participante. Com ele fica uma lanterna, usada apenas em alguns momentos, para segurança dos adeptos, no caso de encontro com veículos, por exemplo.

Após mais de uma hora de cavalgada, o ponteiro dá meia volta. É hora de retornar ao CTG, onde o encontro mensal termina com um jantar à base de bisteca e pão. É um evento para a família, pontua.

CAVALOS

Os cavalos são de várias raças, como Crioulo, Manga Larga e Quarto de Milha. De acordo com Chilinski, alguns podem custar até R$ 10 mil. Para o cavaleiro, o bem-estar do animal está sempre em primeiro lugar. Quando não estamos andando (cavalgando), os cavalos ficam nas cocheiras, com serragem, água e alimentação adequada. O bem-estar deles é prioridade, comenta.

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