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Aos poucos, suinocultura dá sinais de recuperação

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A Frimesa abate atualmente 3,6 mil cabeças de suíno por dia e exporta somente 5% dos produtos de origem suinícola: ampliar vendas só se mercado melhorar (Foto: Fotos: Divulgação)

O ano de 2009 n atilde;o deixou lembran ccedil;as para os suinocultores em decorr ecirc;ncia de um mercado desfavor aacute;vel para o setor. Por eacute;m, em 2010 alguns fatores est atilde;o sendo favor aacute;veis e, de certa forma, trazendo um pouco de al iacute;vio para as perdas registradas no ano anterior. Por isso, tudo que surgir de positivo, mesmo que seja ldquo;pouca coisa rdquo;, j aacute; gera uma expectativa melhor. A constata ccedil; atilde;o eacute; do diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek.
Dentre alguns fatores positivos neste in iacute;cio de 2010, o dirigente menciona a redu ccedil; atilde;o do custo de produ ccedil; atilde;o do su iacute;no vivo, que passou de R$ 2,20 em 2009 para os atuais cerca de R$ 1,90. Outro motivo favor aacute;vel eacute; que est aacute; havendo um pouco mais de demanda pela carne no mercado externo. ldquo;Aqueles pa iacute;ses que compravam carne su iacute;na voltaram a comprar um pouco mais e o pre ccedil;o em d oacute;lar reagiu 8%, mas lembrando que no ano passado caiu 14%. O mercado externo n atilde;o est aacute; bom, mas melhorou em rela ccedil; atilde;o ao ano passado rdquo;, avalia.
Apesar de uma leve rea ccedil; atilde;o, a produ ccedil; atilde;o brasileira n atilde;o deve ter um grande crescimento, revela o diretor-executivo da Frimesa. ldquo;Em 2009 a produ ccedil; atilde;o foi de tr ecirc;s milh otilde;es de toneladas. A previs atilde;o eacute; repetir este ano a mesma produ ccedil; atilde;o ou crescer no m aacute;ximo 2%. Isso significa que n atilde;o vai aumentar a oferta interna. A produ ccedil; atilde;o est aacute;vel, o mercado est aacute;vel e come ccedil;ando a reagir, a queda no custo de produ ccedil; atilde;o, enfim, s atilde;o perspectivas melhores. Houve ainda um aumento no pre ccedil;o do boi em rela ccedil; atilde;o ao ano passado, que puxa o pre ccedil;o da carne su iacute;na para cima rdquo;, aponta.

Novos mercados
Com rela ccedil; atilde;o agrave; abertura de novos mercados para a comercializa ccedil; atilde;o de carne su iacute;na, Zydek afirma que este eacute; um processo que ainda vai demorar. Ele diz n atilde;o acreditar que em 2010 o Brasil vai conseguir acessar novos mercados. ldquo;Porque primeiro temos que fazer o dever de casa, que eacute; ser aacute;rea livre da febre aftosa sem vacina ccedil; atilde;o e da iacute; tentar conquistar mercado como dos Estados Unidos. O pa iacute;s que conquista a aprova ccedil; atilde;o do mercado americano eacute; aceito praticamente em todos os outros mercados, por ser um referencial. No caso da China eacute; um pa iacute;s que n atilde;o d aacute; para confiar muito porque trabalha pensando nas oportunidades. Se for um bom neg oacute;cio naquele momento, eles fecham acordo. No momento que come ccedil;a a n atilde;o ser um bom neg oacute;cio a China simplesmente fecha o mercado. Ou seja, se abre e se fecha de acordo com suas conveni ecirc;ncias. Eacute; um mercado que est aacute; importando carne, mas n atilde;o eacute; de muita confian ccedil;a rdquo;, declara.
De acordo com o diretor-executivo da Frimesa, o mercado considerado de confian ccedil;a e est aacute;vel eacute; o Jap atilde;o, que eacute; o maior importador mundial de carne, chegando a 1,1 milh atilde;o de toneladas por ano. ldquo;S oacute; que o Brasil n atilde;o vende um grama para o Jap atilde;o porque o mercado est aacute; fechado para o nosso pa iacute;s por quest otilde;es sanit aacute;rias. Existe uma expectativa do Jap atilde;o aceitar Santa Catarina (Estado brasileiro que recebeu o certificado de livre da febre aftosa sem vacina ccedil; atilde;o) como exportador e isso pode acontecer ainda este ano. Apesar de ser somente Santa Catarina, eacute; uma grande conquista, porque al eacute;m de ser um mercado que paga melhor, eacute; seguro e tem consumo constante rdquo;, ressalta Zydek.

Livre da febre aftosa
O Paran aacute; deu in iacute;cio h aacute; pouco tempo ao processo para tirar a vacina contra febre aftosa do rebanho e tentar conseguir o status de Estado livre da doen ccedil;a sem a vacina ccedil; atilde;o. Na avalia ccedil; atilde;o do dirigente, isso seria excelente para a comercializa ccedil; atilde;o de carne, mas existe um cronograma burocr aacute;tico a ser seguido e que leva aproximadamente um ano. ldquo;Primeiro o Estado fez um pedido oficial ao Minist eacute;rio da Agricultura para n atilde;o vacinar o rebanho, por isso a uacute;ltima vacina ccedil; atilde;o dever aacute; ser feita ainda este ano. Seis meses depois do Minist eacute;rio aprovar esta n atilde;o vacina ccedil; atilde;o, o Estado tem que fazer a sorologia dos animais para ver se n atilde;o tem o v iacute;rus da aftosa. Ap oacute;s, eacute; feito o monitoramento durante um ano para confirmar que h aacute; reincid ecirc;ncias. A iacute; ent atilde;o eacute; recebido o certificado de livre da doen ccedil;a pela OIE (Organiza ccedil; atilde;o Internacional de Epizotias). Eacute; um procedimento burocr aacute;tico, mas eacute; o caminho que o Paran aacute; precisa seguir, como Santa Catarina j aacute; fez rdquo;, explica.

Frimesa
Conseguir o certificado da OIE eacute; um passo a mais para comercializar produtos para o mercado externo. Portanto, se novas oportunidades de neg oacute;cios surgirem futuramente, a Frimesa estar aacute; preparada para vender a carne su iacute;na para outros pa iacute;ses. ldquo;A Frimesa hoje n atilde;o est aacute; baseada na exporta ccedil; atilde;o. Estamos exportando somente 5% do volume de produ ccedil; atilde;o da carne su iacute;na, porque n atilde;o compensa exportar, d aacute; preju iacute;zo. Primeiro porque o pre ccedil;o caiu muito e, segundo, o c acirc;mbio est aacute; defasado. Mas se forem abertos novos mercados, estamos preparados para exportar e com um su iacute;no de qualidade rdquo;, destaca.
Em 2005, a Frimesa deu in iacute;cio ao projeto de amplia ccedil; atilde;o da unidade de Medianeira. At eacute; por isso a cooperativa desistiu da ideia de implantar um frigor iacute;fico em Santa Helena especialmente voltado agrave; exporta ccedil; atilde;o de carne su iacute;na. ldquo;Decidimos investir na amplia ccedil; atilde;o do frigor iacute;fico em Medianeira e passamos de 1,7 mil cabe ccedil;as abatidas por dia para 3,6 mil, com a meta de chegar em seis mil abates por dia em 2015. A unidade j aacute; est aacute; toda adequada para exportar rdquo;, conclui.

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