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Assassino de Dorothy Stang deixa unidade prisional
Shirley Penaforte/Amazônia Jornal |
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Rayfran Sales foi beneficiado com o direito de dormir em casa |
Rayfran das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 em uma área do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança em Anapu (PA), no oeste paraense, deixou na última terça-feira (2) a unidade prisional no Centro de Progressão Penitenciária de Belém (CPPB).
Por determinação do juiz Cláudio Henrique Lopes Rendeiro, da 1ª Vara de Execuções Penais, Rayfran, que estava preso há 8 anos, recebeu progressão do regime semi-aberto para prisão domiciliar. Ele foi beneficiado com a medida por apresentar bom comportamento, ter trabalhado e estudado durante o cumprimento da pena.
Com a decisão, Rayfran fica proibido de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos similares, e deve permanecer recolhido à residência no período noturno, além de apresentar às autoridades judiciais mensalmente.
Envolvidos
O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, condenado a 30 anos de prisão por ser o mandante da morte da missionária de 74 anos, irá a novo julgamento no dia 19 de setembro deste ano. Após cumprir sentença condenatória em uma penitenciária da Região Metropolitana de Belém, ele foi beneficiado com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em maio, que anulou seu julgamento e deu a ele a oportunidade de aguardar em liberdade.
Já Amair Feijoli foi condenado como intermediário do crime. Segundo a promotoria, foi ele quem contratou os pistoleiros que atiraram em Dorothy Stang. Ele cumpre prisão domiciliar em Altamira. Clodoaldo Carlos Batista, acusado de ser comparsa de Rayfran, deixou a Casa do Albergado, localizada em Belém, em fevereiro de 2001 e cumpre pena em regime aberto.
Crime
Divulgação |
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Missionária Dorothy Stang |
Dorothy Stang foi morta a tiros em fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará. Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.
Dorothy trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e à exploração sustentável da floresta. Os dois pistoleiros que a mataram, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, e o homem que os contratou, Amair Feijoli da Cunha, foram julgados e condenados.