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Cada vez mais, menos veneno

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Giuliano De Luca/OP

A produção de alimentos orgânicos ainda é bastante tímida no Brasil. De acordo com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atualmente a área plantada de orgânicos no país é de 750 mil hectares, o que representa apenas 0,96% de toda a área usada em 2014 para a produção de grãos e culturas permanentes. São pouco mais de dez mil produtores e aproximadamente 13 mil unidades de produção.

A demanda por alimentos orgânicos, entretanto, é cada vez maior, o que tem despertado o interesse do produtor em migrar da produção convencional para a produção livre de defensivos e fertilizantes químicos. Na região Oeste do Paraná, existem hoje 60 produtores certificados, mas outros 130 estão em processo de certificação, de acordo com o coordenador da Rede Ecovida de Agroecologia na região, engenheiro agrônomo Marcelo Rohde. Em Marechal Cândido Rondon, os orgânicos já representam 40% de tudo que as crianças consomem nas escolas municipais.

Charles Adir Alves tem uma propriedade na Linha Guarani, em Rondon. Produz especialmente hortaliças, como alface e rúcula, mas também tem pêssego, acerola, mandioca e milho em pequena escala. Toda a produção é vendida para a Associação Central de Produtores Rurais Ecológicos (Acempre), distribuída para as escolas do município e ainda para clientes esporádicos. Ele garante que a produção de orgânicos aumentou a renda da propriedade de três hectares. Hoje o mercado paga 30% a mais pelo alimento orgânico. E o consumidor paga com muito gosto porque sabe que está levando um produto de qualidade. O consumidor está valorizando isso, pontua Alves. A propriedade tem a certificação da Rede Ecovida. O selo usado nas embalagens atesta que o que sai de sua propriedade e vai para a mesa do consumidor está livre de agrotóxicos.

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