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Cerâmicas encontram dificuldades em atender demanda

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Devido à demanda do mercado, ceramistas não estão conseguindo ter estoque para pronta entrega: tudo que é produzido é logo comercializado (Foto: Maria Cristina Kunzler)

N atilde;o eacute; de hoje que a facilidade para contratar financiamento imobili aacute;rio tem feito com o setor de constru ccedil; atilde;o civil permane ccedil;a em alta. Por eacute;m, nos uacute;ltimos meses est aacute; havendo um superaquecimento. Se de um lado essa demanda tem sido positiva, j aacute; que gera emprego e renda, de outro lado quem pretende construir est aacute; encontrando dificuldades.
Isto porque algumas empresas j aacute; n atilde;o est atilde;o dando ldquo;conta do recado rdquo;, tamanha a procura por material de constru ccedil; atilde;o. Eacute; o caso, por exemplo, do setor ceramista. Das 45 empresas filiadas ao Sindicato da Ind uacute;stria Cer acirc;mica do Oeste do Paran aacute; (Sindicer-Oeste), com sede em Nova Santa Rosa, a maioria j aacute; n atilde;o tem estoque para pronta entrega.
E agora existe um outro agravante: no inverno a produ ccedil; atilde;o sofre uma queda, estimada entre 30% e 40%, em consequ ecirc;ncia do clima uacute;mido e frio. O ciclo produtivo pode chegar a levar o dobro do tempo para ser conclu iacute;do. A forte demanda, aliada ao clima, pode fazer com que falte o material no mercado.
O s oacute;cio-propriet aacute;rio da Cer acirc;mica S atilde;o Luiz, de Pato Bragado, Reinaldo Scherer, o qual tamb eacute;m eacute; vice-presidente do Sindicer-Oeste, diz que a sua empresa ainda est aacute; conseguindo atender a demanda. Por eacute;m, se as telhas de segunda e terceira linha est atilde;o dispon iacute;veis no estoque, as de primeira linha s atilde;o comercializadas assim que conclu iacute;do o processo de fabrica ccedil; atilde;o. ldquo;No caso da telha de primeira n oacute;s n atilde;o temos estoque, mas estamos atendendo a demanda rdquo;, afirma.
A produ ccedil; atilde;o est aacute; atualmente em torno de 300 mil pe ccedil;as por m ecirc;s e a telha eacute; comercializada em toda a regi atilde;o.

Mercado aquecido
Reinaldo comenta que o setor de constru ccedil; atilde;o civil est aacute; muito aquecido e a expectativa eacute; de que continue assim at eacute; o final do ano. ldquo;A princ iacute;pio n atilde;o temos a necessidade de contratar mais m atilde;o-de-obra, mas estamos fazendo melhorias para aumentar a produ ccedil; atilde;o rdquo;, menciona.

Registro hist oacute;rico
O empres aacute;rio Sigfried Modes, da Cer acirc;mica Colonial, de Nova Santa Rosa, confirma que a demanda est aacute; muito grande. Ele at eacute; ficou surpreso com um fato que foi registrado em sua empresa: o estoque de 300 mil tijolos foi totalmente liquidado em apenas uma semana, algo que nunca havia acontecido na cer acirc;mica. ldquo;Foi algo fant aacute;stico, pois eu achei que ia passar o inverno com estoque rdquo;, comemora, segundo o qual a produ ccedil; atilde;o mensal eacute; de cerca de 500 mil tijolos.
De acordo com Modes, no inverno h aacute; uma tend ecirc;ncia natural do processo de fabrica ccedil; atilde;o demorar mais, j aacute; que o material demora mais para secar. ldquo;O processo de produ ccedil; atilde;o fica lento. Infelizmente o cliente vai ter que esperar um pouco rdquo;, diz.

Otimismo
O empres aacute;rio ressalta seu otimismo em rela ccedil; atilde;o ao mercado e menciona que h aacute; tempo o setor n atilde;o dava sinais t atilde;o positivos de aquecimento como est aacute; acontecendo agora. ldquo;No momento n atilde;o h aacute; necessidade de contratar mais m atilde;o-de-obra, mas se a demanda se confirmar a iacute; obviamente ser aacute; preciso ampliar a produ ccedil; atilde;o e contratar mais funcion aacute;rios. Estamos torcendo para que o mercado continue assim rdquo;, conclui.

Caixa j aacute; atingiu meta de financiamentos
A meta da ag ecirc;ncia da Caixa Econ ocirc;mica Federal de Marechal C acirc;ndido Rondon era liberar R$ 7,4 milh otilde;es em financiamentos voltados agrave; habita ccedil; atilde;o em 2010. Essa meta j aacute; foi atingida e ontem (21), conforme dados da institui ccedil; atilde;o, os n uacute;meros chegavam a
R$ 8 milh otilde;es. Para se ter ideia, em todo o ano passado foram liberados aproximadamente R$ 11 milh otilde;es.
O gerente de Atendimento da ag ecirc;ncia rondonense, Claiton Schlindwein, salienta que o fato da Caixa ter atingido a meta n atilde;o significa que n atilde;o ser atilde;o mais liberados financiamentos. ldquo;O volume eacute; maior do que se esperava, mas a Caixa tem dinheiro para financiamentos, porque o objetivo eacute; fomentar a habita ccedil; atilde;o, principalmente a constru ccedil; atilde;o civil, que gera emprego rdquo;, afirma.
No processo de financiamento habitacional, o prazo para a entrevista feita pela institui ccedil; atilde;o com o mutu aacute;rio j aacute; chega a 70 dias. ldquo;A demanda j aacute; tinha aumentado no final do ano passado e no in iacute;cio de 2010 e continua crescente rdquo;, declara o gerente.

Mais visado
Conforme o rondonense, o financiamento mais visado eacute; especialmente para im oacute;veis de at eacute; R$ 80 mil, que se enquadram no programa ldquo;Minha Casa, Minha Vida rdquo;, no qual a taxa de juros eacute; de 4,5% ao ano e, dependendo da renda, tem subs iacute;dio. ldquo;Esse programa eacute; voltado somente para im oacute;veis novos ou para constru ccedil; atilde;o. Percebemos que a maior demanda eacute; por financiamentos que se enquadram no Minha Casa, Minha Vida rdquo;, encerra.

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