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Chuva traz alívio aos agricultores

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Marechal Rondon ficou praticamente um mês sem uma boa chuva: se a falta de precipitação continuasse poderia haver prejuízos na floração e frutificação do milho (Foto: Maria Cristina Kunzler)

Ap oacute;s quase um m ecirc;s, finalmente a regi atilde;o de Marechal C acirc;ndido Rondon voltou a registrar um bom iacute;ndice de chuva. Somente na quinta-feira (22), no munic iacute;pio, foram registrados 38 mm de precipita ccedil; atilde;o pluviom eacute;trica. A estiagem j aacute; vinha causando apreens atilde;o especialmente em agricultores, tendo em vista que a umidade relativa do ar estava abaixo do ideal nos uacute;ltimos dias.
As lavouras de milho safrinha que estavam sendo mais prejudicadas com a falta de chuva s atilde;o as localizadas agrave; beira lago, como em Santa Helena, Pato Bragado e Gua iacute;ra. A informa ccedil; atilde;o eacute; do engenheiro agr ocirc;nomo do escrit oacute;rio de Toledo do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Maur iacute;cio Lunardon. ldquo;Ontem (quinta-feira, 22) fui para Santa Helena verificar as lavouras e l aacute; de fato estavam sofrendo com a falta de chuva e at eacute; poderiam ter preju iacute;zos. Por outro lado, na regi atilde;o de Toledo, Marechal Rondon e Marip aacute; as lavouras estavam aguentando mais. Por enquanto ainda n atilde;o estamos computando perdas, mas vamos avaliar melhor rdquo;, afirma.
Segundo o profissional, as condi ccedil; otilde;es clim aacute;ticas at eacute; ent atilde;o estavam t atilde;o favor aacute;veis que agricultores j aacute; estavam acreditando que o potencial produtivo do milho safrinha seria maior. Com a estiagem, avalia o engenheiro agr ocirc;nomo, o que pode acontecer eacute; ter uma produ ccedil; atilde;o ldquo;normal rdquo;. ldquo;No ver atilde;o o milho produz oito a dez mil quilos por hectare, mas no inverno fica na m eacute;dia de 4,4 mil a 4,5 mil quilos. Como as condi ccedil; otilde;es clim aacute;ticas estavam favor aacute;veis, havia agricultores considerando uma produtividade de cinco a seis mil quilos. Por eacute;m, com a falta de chuva o potencial produtivo deve ficar, a princ iacute;pio, entre 4,4 mil e 4,5 mil quilos, o que est aacute; na m eacute;dia rdquo;, explica.
Atualmente, na aacute;rea de atua ccedil; atilde;o do Deral de Toledo, 20% do milho safrinha encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 55% em flora ccedil; atilde;o e 25% em frutifica ccedil; atilde;o. A falta de chuva foi mais cr iacute;tica para as lavouras que encontram-se nas duas uacute;ltimas fases, aponta Lunardon.

Redu ccedil; atilde;o de aacute;rea
O Departamento de Economia Rural est aacute; atualizando os n uacute;meros em rela ccedil; atilde;o ao milho safrinha. Em rela ccedil; atilde;o ao ano passado, houve uma redu ccedil; atilde;o de 12% da aacute;rea cultivada com a cultura, ficando em 307,7 mil hectares. ldquo;No ano passado, com as adversidades clim aacute;ticas, a produtividade m eacute;dia ficou em 3,060 mil quilos por hectare, enquanto este ano a estimativa eacute; de 4,5 mil quilos, totalizando uma produ ccedil; atilde;o de 1,436 milh atilde;o de tonelada rdquo;, detalha o profissional.

Trigo
O agricultor que optou pelo trigo havia paralisado nos uacute;ltimos dias o plantio em raz atilde;o da estiagem. Quando a previs atilde;o do tempo indicou boa probabilidade de chuva para esta semana, muitos apostaram no cultivo, ao fazer uso de semente tratada, e aguardaram ansiosos a precipita ccedil; atilde;o pluviom eacute;trica. ldquo;Com a chuva agora, o trigo vai se desenvolver bem. At eacute; ontem (quinta-feira) havia sido cultivada 8% da aacute;rea de trigo. Depois da chuva eacute; s oacute; diminuir um pouco a umidade do solo que os trabalhos ser atilde;o retomados rdquo;, comenta o engenheiro agr ocirc;nomo.
O Deral est aacute; considerando uma redu ccedil; atilde;o da aacute;rea cultivada com a cultura de 2,3%, ficando em 84,5 mil hectares. Inicialmente o oacute;rg atilde;o trabalhava com uma previs atilde;o de 6%. Por eacute;m, se o governo federal anunciar recursos para a comercializa ccedil; atilde;o de trigo, isso pode animar o agricultor e a aacute;rea total pode ser semelhante ao do ano passado. ldquo;A cultura do trigo passa por um momento p eacute;ssimo. No quadro do Deral j aacute; faz algum tempo que o trigo est aacute; sem cota ccedil; atilde;o e o pre ccedil;o est aacute; abaixo do m iacute;nimo. Mesmo assim a aacute;rea cultivada n atilde;o deve ter uma grande redu ccedil; atilde;o. Agora todos est atilde;o no aguardo de um posicionamento do governo rdquo;, analisa Lunardon.

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