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Com menos vendas, inadimplência recua 50% entre agosto e setembro

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Arquivo/OP

 

O baixo movimento observado ao longo do ano tem trazido consequências negativas ao comércio de Marechal Cândido Rondon e região, fazendo a roda da economia girar menos, também refletindo na queda das vendas e dificuldade do pagamento de contas em atraso.

Conforme dados repassados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar), foi registrada uma redução aproximada de 50% nos registros de novos devedores entre o mês de agosto para setembro, o que mede o índice de inadimplência. No total, foram 669 inclusões efetuadas em agosto, diante de 449 em setembro. Para efeito de comparação, na análise do mês de julho para agosto houve 40% de acréscimo de inadimplentes, passando de 476 para 669.

 

Outro caso é que no acumulado de julho a setembro está sendo apontado um aumento na média de 7% nas consultas, contra uma queda de aproximadamente 20% nas baixas. No acumulado de julho para agosto deste ano os números passaram de 8.714 para 9.898, acréscimo na média de 13,6%, enquanto baixaram para 9.350 no mês de setembro, o que significa 5,8% de recuo na comparação com o mês anterior.

Com relação às baixas, o índice oscilou 1,6% de julho para agosto, passando de 415 para 422. No mês seguinte, baixou de 422 para 332, o que representa cerca de 27% de variação de um mês para o outro. Na análise de julho para agosto houve queda aproximada de 20% nas baixas.

De acordo com o diretor do SPC, Davi Gerson Zimmermann, a pesquisa teoricamente revela que o consumidor está comprando menos de diversas maneiras, sendo uma delas de que estaria preferindo comprar à vista ou no cartão, diminuindo a quantidade de consultas ao sistema e o consequente ingresso de seu CPF entre os devedores. Também significa que houve ligeira queda nas vendas, tanto que o índice pode ser acompanhado no quesito registros, diz.

O caso, segundo ele, é que isto se deve à recessão pela qual a economia atravessa em todo o Brasil. Zimmermann salienta que apesar dos índices, as empresas em Marechal Rondon, região e no Paraná sofreram menor impacto do que em outras regiões do país. Ou seja, estão vendendo menos, porém o cenário é menos turbulento do que em outras localidades.

O aumento de inclusões do mês de julho para agosto está relacionado à dificuldade no pagamento das contas. Já para o mês seguinte houve diminuição nos registros porque os consumidores estariam efetuando menos compras a prazo. Conforme ele, tal fato seria comprovado pelo recuo nas consultas.

 

Recuperação

Zimmermann destaca que a economia em Marechal Rondon passa a dar mostras de recuperação com a proximidade do fim de ano. As vendas tendem a aumentar em praticamente todos os segmentos empresariais com o pagamento das duas parcelas do 13º salário. A expectativa é de que no próximo ano as vendas sejam melhores, menciona. Além do comércio vender mais logo à frente, possivelmente grande parte dos consumidores deve negociar condições para quitar os débitos nas empresas. Aos poucos a gente percebe uma melhora na economia, até porque o fim de ano traz junto datas como Natal e réveillon, que geram maior movimento no comércio, enfatiza.

 

Índices são negativos na comparação com o ano passado

Os números apresentados pelo SPC da Acimacar apontam para índices negativos nos três itens analisados na comparação dos meses de julho, agosto e setembro de 2015 para 2016. Enquanto no mês de julho do ano passado ocorreram 10.682 consultas, neste ano foram 8.714, o que representa queda de 22,59%. A redução permaneceu em agosto e setembro, alcançando 6,36% e 4,98%.

Foram realizados 856 registros em julho de 2015, diante de 476 no mesmo período deste ano, queda drástica de 79,84%. No mês de agosto a diminuição foi de 14,95%, enquanto em setembro alcançou 72,6%.

Os consumidores que pagaram suas contas em atraso também ficaram mais escassos. A diminuição foi de 454 para 415, ou 9,4%, de julho de 2015 para julho deste ano. No mês de agosto a baixa foi de 496 para 422, o que representa 17,53%. Entretanto, o dado mais preocupante neste quesito se refere à análise de setembro de 2015 com igual período de 2016. A queda foi de 446 para 332, o que significa que 34,34% dos consumidores encontraram dificuldade para quitar os seus débitos.

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