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Delegacias de Rondon e região passarão por vistoria

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É comum na região policiais fazerem escolta de detidos (Foto: Foto Ilustrativa )

As cadeias das Delegacias da Pol iacute;cia Civil do Oeste do Paran aacute; devem ser vistoriadas por policiais do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paran aacute; (Sinclapol) na pr oacute;xima semana. O trabalho foi anunciado depois da s eacute;rie de fugas que atingiu o Paran aacute; no in iacute;cio do ano. Entre as delegacias que ser atilde;o visitadas no Oeste, cita o presidente do Sindicato, Andr eacute; Gutierrez, est atilde;o Gua iacute;ra, Assis Chateaubriand, Foz do Igua ccedil;u e Marechal C acirc;ndido Rondon. ldquo;O ideal eacute; que consegu iacute;ssemos fazer uma fiscaliza ccedil; atilde;o em todas as delegacias, mas estamos indo nas que t ecirc;m mais problemas rdquo;, comenta.
A inten ccedil; atilde;o dos policiais eacute; identificar problemas como superlota ccedil; atilde;o de presos e desvio de fun ccedil; atilde;o dos policiais. Com as constata ccedil; otilde;es, diz o presidente da Sinclapol, os policiais ter atilde;o fundamentos para fazer um pedido urgente ao governo para que a situa ccedil; atilde;o seja resolvida. ldquo;Se administrativamente a coisa n atilde;o funcionar, podemos entrar no Judici aacute;rio, temos subs iacute;dio para tanto rdquo;, garante.

Situa ccedil; atilde;o
Gutierrez comenta que numa delegacia da regi atilde;o, n atilde;o citada pela reportagem de O Presente por quest atilde;o de seguran ccedil;a, existem dois policiais que fazem uma escala de 24 por 24 (trabalha um dia e folga outro). ldquo; Eacute; um absurdo, eles acabam trabalhando 96 horas semanais sem receber extra, enquanto que a lei exige 40 horas semanais rdquo;, denuncia. ldquo;Tem delegacias do Paran aacute; que fica um policial de plant atilde;o com 150 presos. No Sistema Penitenci aacute;rio, para cada 150 presos tem 20 agentes penitenci aacute;rios. Que seguran ccedil;a eacute; essa nas delegacias? rdquo;, questiona. nbsp; nbsp;

Desvio de conduta
Eacute; comum na regi atilde;o policiais civis fazendo escolta de presos para atendimento m eacute;dico, audi ecirc;ncia ou simplesmente vigiando os acusados, muitos deles condenados. De acordo com Gutierrez, no servi ccedil;o de carceragem est aacute; previsto, conforme o Estatuto da Pol iacute;cia Civil, apenas a obriga ccedil; atilde;o de cuidar do preso tempor aacute;rio enquanto interesse da investiga ccedil; atilde;o. ldquo;A partir do momento em que termina o interesse de investiga ccedil; atilde;o, o preso deveria ser conduzido para um Departamento Penitenci aacute;rio, mas n atilde;o eacute; o que acontece. O policial hoje trabalha totalmente desviado de sua fun ccedil; atilde;o, exercendo fun ccedil; atilde;o do agente penitenci aacute;rio rdquo;, comenta.

Sal aacute;rios
O investigador ganha hoje, informa o presidente do Sinclapol, inicialmente R$ 1.995 e chega a aproximadamente R$ 2,6 mil, enquanto o agente penitenci aacute;rio come ccedil;a com R$ 2,550 e chega a R$ 5,3 mil. ldquo;Ent atilde;o, al eacute;m da gente estar fazendo a fun ccedil; atilde;o do agente penitenci aacute;rio, uma classe que ainda n atilde;o ganha bem, a carreira deles eacute; de n iacute;vel 2 ordm; grau, j aacute; a do policial civil eacute; de n iacute;vel superior rdquo;, compara.

Roteiro
Os policiais realizam vistorias nas cadeias do Norte at eacute; hoje (15). Na pr oacute;xima semana eles v atilde;o at eacute; as cadeias do Centro e Oeste do Estado. Na semana seguinte as delegacias do Sul seriam vistoriadas. A previs atilde;o eacute; de que as vistorias terminem no final do m ecirc;s de fevereiro.

Constatado
A situa ccedil; atilde;o mais grave constatada no Norte foi em Sarandi, cuja cadeia tem capacidade para 114 presos e abriga 180. De acordo com o presidente do Sinclapol, h aacute; apenas 11 policiais de carreira trabalhando na delegacia – nenhum com colete a prova de balas. ldquo;Se fizermos uma propor ccedil; atilde;o, vamos ver que h aacute; 18 presos para cada policial rdquo;, disse. Em acirc;mbito estadual h aacute; uma car ecirc;ncia de quase dois mil policiais civis. Segundo Gutierrez, h aacute; hoje 3,4 mil profissionais atuando no Paran aacute;, enquanto o n uacute;mero necess aacute;rio seria 6,2 mil.

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