Fale com a gente

Geral

Deral prevê produtividade média de 185 sacas por alqueire

Publicado

em

Os primeiros resultados de colheita de milho safrinha t ecirc;m se mostrado positivos para os produtores da regi atilde;o. A partir dos n uacute;meros iniciais, e considerando a aacute;rea plantada, o Departamento de Economia Rural (Deral) estima que neste ano a safrinha dever aacute; ser conclu iacute;da com uma produtividade m eacute;dia de 185 sacas por alqueire.
Quem conseguiu fazer o plantio cedo este ano e j aacute; est aacute; colhendo variedades precoces est aacute; colhendo acima da m eacute;dia prevista pelo Deral. Eacute; o caso de Aldair Langer, morador do distrito toledano de Novo Sarandi, que tem conseguido colher cerca de 300 sacas por alqueire. ldquo;O resultado est aacute; me surpreendendo rdquo;, diz.
Ele plantou 40 alqueires, mas por enquanto colheu em aacute;rea equivalente a seis alqueires. O produtor iniciou os trabalhos nesta semana e deve levar mais de 30 dias para concluir a colheita, j aacute; que possui aacute;reas em diferentes est aacute;gios. Como a tend ecirc;ncia eacute; que haja redu ccedil; atilde;o da produtividade nas pr oacute;ximas colheitas, a expectativa de Langer eacute; fechar com m eacute;dia de 250 sacas por alqueire, ainda acima da m eacute;dia regional prevista pelo Deral.
No ano passado, Langer amargou m eacute;dia de 90 sacas por alqueire, tendo em vista que uma das lavouras foi 100% condenada em raz atilde;o da geada.

Positivo
Outro produtor de Novo Sarandi que est aacute; se surpreendendo com os resultados iniciais eacute; S eacute;rgio Luiz Zorzo. Ele obteve m eacute;dia de aproximadamente 278 sacas por alqueire. Mesmo assim, 28 dos 30 alqueires cultivados com milho ainda n atilde;o foram colhidos. Por isso, ele espera que a m eacute;dia feche em cerca de 200 sacas por alqueire. ldquo;O resultado est aacute; bom. No ano passado colhi m eacute;dia de 150 rdquo;, compara.

Controle de doen ccedil;as
Os resultados iniciais animadores poderiam ser ainda melhores se os produtores tivessem realizado o controle de doen ccedil;as, segundo informa o engenheiro agr ocirc;nomo da Agr iacute;cola Horizonte, Cristiano da Cunha.
De acordo com o profissional, na safrinha deste ano houve maior incid ecirc;ncia de doen ccedil;as como a ferrugem e a cercospora porque as plantas estiveram expostas a maior tempo de molhamento por umidade do ar e orvalho. ldquo;Os produtores que fizeram uso de fungicida tiveram sucesso e condi ccedil; otilde;es de ter produtividades maiores rdquo;, declara.
Segundo o agr ocirc;nomo, o ritmo de colheita deve ser mais intenso durante o m ecirc;s de julho.
Para quem ainda n atilde;o colheu, fica a expectativa da n atilde;o forma ccedil; atilde;o de geadas, que poderiam resultar em perdas. ldquo;Caso n atilde;o ocorram geadas at eacute; o final de junho, acredito que em torno de 80% das lavouras j aacute; estar atilde;o fora de risco de ter perdas por causa do fen ocirc;meno rdquo;, calcula Cunha.

N uacute;meros
A produ ccedil; atilde;o total estimada para a regi atilde;o de abrang ecirc;ncia do Deral – oacute;rg atilde;o da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) que congrega 20 munic iacute;pios – eacute; de cerca de 1,4 milh atilde;o de toneladas de milho. O n uacute;mero representa cerca de 24,6% da produ ccedil; atilde;o total do Paran aacute;, estimada em 5,8 milh otilde;es de toneladas.
Conforme o engenheiro agr ocirc;nomo do Departamento, Mauricio Lunardon, a produ ccedil; atilde;o da regi atilde;o de Toledo vai superar em 37,5% o total alcan ccedil;ado no ano passado durante a safrinha, mesmo tendo havido redu ccedil; atilde;o da aacute;rea cultivada na regi atilde;o. ldquo;Enquanto no Estado houve amplia ccedil; atilde;o da aacute;rea cultivada com milho, na nossa regi atilde;o registrou-se uma redu ccedil; atilde;o de 8,6%, passando de 340.710 hectares no ano passado para 311.400 este ano rdquo;, declara Lunardon. A diferen ccedil;a nas aacute;reas foi ocupada por culturas de inverno, principalmente trigo.
A estimativa de produtividade no Paran aacute; eacute; de 175 sacas por alqueire. ldquo;A nossa regi atilde;o deve registrar melhores resultados em fun ccedil; atilde;o do clima favor aacute;vel e do uso de tecnologias rdquo;, justifica.

Pre ccedil;o
Embora a produtividade esteja superando os resultados do ano passado, os produtores de milho est atilde;o preocupados com o pre ccedil;o praticado pela saca de 60 quilos, que no mercado regional ontem (18) girava em torno de R$ 14.
Os produtores t ecirc;m expectativa de que o governo lance uma pol iacute;tica de compra de gr atilde;os para garantir que o valor de comercializa ccedil; atilde;o supere o de custos, hoje empatados.
Isto porque o aumento da produ ccedil; atilde;o no Paran aacute;, como uma grande oferta de milho no Mato Grosso, pode dificultar a valoriza ccedil; atilde;o do produto, observa Lunardon. ldquo;A perspectiva de pre ccedil;o n atilde;o eacute; boa em raz atilde;o da previs atilde;o de grande oferta. No entanto, espera-se que n atilde;o haja redu ccedil; atilde;o do pre ccedil;o, caso contr aacute;rio ficaria abaixo do pre ccedil;o de custo. Por outro lado, temos a vantagem de sermos uma regi atilde;o que eacute; grande demandadora de milho pelas atividades de suinocultura e avicultura rdquo;, explana o agr ocirc;nomo.

Balan ccedil;o
De acordo com Lunardon, neste ano o estoque final da safra vai aumentar em compara ccedil; atilde;o com o ano passado. Segundo ele, o balan ccedil;o de oferta e demanda de milho previsto pelo governo, que foi de 11 milh otilde;es de toneladas, deve passar para 11,1 milh otilde;es. ldquo;O fato de que o estoque do pa iacute;s vai aumentar eacute; um indicativo de que o pre ccedil;o talvez n atilde;o melhore e que precise at eacute; de uma a ccedil; atilde;o do governo federal, no sentido de escoar a safra e garantir pre ccedil;o m iacute;nimo rdquo;, conclui.

lt;galeria / gt;

Copyright © 2017 O Presente