‘Estou em pé graças ao carinho de vocês’, diz mãe do goleiro Danilo

Uma missa em homenagem ao goleiro Danilo, que morreu na queda do avião da Chapecoense, na Colômbia, comoveu a cidade de Cianorte neste domingo (11). A Igreja Sagrado Coração de Jesus ficou lotada de fãs, amigos e familiares que queriam demonstrar o o afeto pela família do atleta.

Emocionada e com a força que já lhe é característica, Ilaídes Padilha, mãe de Danilo, preferiu não falar com a imprensa. Durante a missa, ela agradeceu o suporte que tem recebido.

“Está difícil, está muito difícil. Mas eu estou tentando viver um dia de cada vez. O amanhã me assusta e me dá medo, mas hoje eu estou em pé graças ao carinho de vocês e a força do Espírito Santo que está comigo”.

No fim da celebração, todos formaram uma fila para abraçar dona Ilaídes e a esposa de Danilo, Leticia dos Anjos. 

Danilo deixou um filho de dois anos chamado Lorenzo.

Final do ano passado batizamos o nosso nenenzinho e ele estava aqui. Agora ele está do lado de Deus, e eu não sei o que vai ser da minha vida sem ele. Só que eu tenho que ter forças para estar junto do meu filho e criar ele. O Lorenzo é o xerox do Danilo e eu vou fazer de tudo para ele ser igual ao pai dele. Honrar o pai dele, afirmou Letícia dos Anjos, esposa de Danilo.

 

 

 

Para o pai de Danilo, Eunício Padilha, o neto é a lembrança do filho. Por onde passou deixou bom exemplo e deixou muitas pessoas alegres. Mas, no momento, todo mundo [está] triste, mas fazer o que, né? A vida é essa aí, a vida continua e vamos se apegar com Deus”.

 

O acidente

A equipe da Chapecoense embarcaria para Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro, em um voo fretado partindo do aeroporto de Guarulhos (SP) para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Porém, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) vetou o fretamento e o planejamento foi alterado.

A Chapecoense foi, então, com voo de carreira da companhia boliviana BoA até Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. De lá, pegou o avião fretado da boliviana LaMia, que sairia originalmente do aeroporto de Cumbica e que acabou sofrendo o acidente na madrugada de 29 de novembro.

71 pessoas morreram e seus ficaram feridas. Entre as vítimas do acidente estão jogadores do time catarinense, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e a tripulação.