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Forças Armadas deslocarão 950 militares para cerco à Rocinha

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, autorizou nesta sexta-feira (22) o cerco à favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, pelas Forças Armadas –950 militares e dez blindados atuarão na comunidade. Inicialmente, o ministro informou que 700 homens da polícia do Exército seriam deslocados para a favela, com previsão de chegada por volta das 15h30. Mas o número subiu logo após a entrevista, segundo confirmou a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa.

O total de militares pode contudo aumentar ainda mais, segundo o ministro, conforme a demanda. De acordo com Jungmann, o efetivo a ser mobilizado pelas Forças Armadas pode chegar a 10 mil homens. "Exército não substitui polícia", ponderou, contudo, o ministro. "Não liberamos antes porque não houve demanda", afirmou.

A declaração foi dada após reunião com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), no Palácio do Planalto para tratar do assunto entre outras pautas da pasta. Mais cedo, Jungmann se encontrou com a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na sede da Procuradoria, em Brasília, após chegar do Rio de Janeiro.

Ele solicitou a criação de uma força-tarefa voltado ao Rio de Janeiro, composta pelo Ministério Público Federal, Justiça Federal e Polícia Federal. Dodge pediu a Jungmann que formalize uma proposta, indicando qual seria o papel de cada instituição no eventual grupo de trabalho, para que seja analisada por sua equipe.

"Que eles sejam policiais, juízes e procuradores dedicados ao Rio de Janeiro durante o tempo que for necessário para combater não só o crime organizado, mas o Estado paralelo que hoje existe no Rio, que é exatamente aquelas instituições do Estado que foram capturadas pelo crime organizado", declarou Jungmann

O ministro afirmou que a procuradora-geral o recebeu "muitíssimo bem", ficou de analisar essa situação e "com brevidade" dar uma resposta.

Após sofrer tentativa de invasão por traficantes rivais no domingo (17) e entrar nesta sexta em seu quinto dia com operações policiais, a Rocinha voltou a registrar confrontos e ataques a policiais pela manhã. Ao menos uma pessoa foi baleada na comunidade.

Moradores entraram em pânico e, em meio ao tiroteio, tentaram se refugiar em passarela. Escolas foram fechadas e cerca de 2.400 estudantes estão sem aula.

Com informações UOL

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