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IAP dá ultimato para problema envolvendo o lixão

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A prática de algumas empresas de despejar restos de resíduos sólidos no lixão, conforme o IAP, está com os dias contados: atualmente, são gerados no município cerca de 20 toneladas de lixo por dia (Foto: Maria Cristina Kunzler)

Um problema antigo em Marechal C acirc;ndido Rondon, a novela envolvendo o dep oacute;sito de res iacute;duos urbanos do munic iacute;pio, conhecido como ldquo;lix atilde;o rdquo;, ganhou este m ecirc;s um novo cap iacute;tulo. Isto porque o Instituto Ambiental do Paran aacute; (IAP) vem fazendo exig ecirc;ncias para que o munic iacute;pio resolva definitivamente a destina ccedil; atilde;o do lixo.
Neste m ecirc;s, a prefeitura assinou um termo de compromisso de ajustamento de conduta com o IAP. De acordo com o oacute;rg atilde;o ambiental, existe uma situa ccedil; atilde;o de emerg ecirc;ncia sanit aacute;ria e ambiental no munic iacute;pio em fun ccedil; atilde;o da precariedade do dep oacute;sito municipal de res iacute;duos s oacute;lidos urbanos. Al eacute;m disso, h aacute; necessidade de implanta ccedil; atilde;o de um sistema de tratamento e um local adequado para a destina ccedil; atilde;o final do lixo, com capacidade para receber de 19 a 20 toneladas de res iacute;duos por dia.
Pelo termo de compromisso, a Prefeitura de Marechal Rondon tem at eacute; o dia 20 de dezembro deste ano para iniciar a opera ccedil; atilde;o do aterro sanit aacute;rio, o qual precisa ainda ser implantado no munic iacute;pio. Esta mesma data eacute; o limite para a utiliza ccedil; atilde;o do atual lix atilde;o e recebimento de res iacute;duos s oacute;lidos de qualquer origem.
Ainda de acordo com a exig ecirc;ncia do IAP, a prefeitura tem at eacute; o dia 09 de maio para cessar o recebimento de res iacute;duos s oacute;lidos industriais de qualquer classe; de res iacute;duos s oacute;lidos perigosos (Classe I) oriundos do com eacute;rcio e de prestadores de servi ccedil;os; res iacute;duos com caracter iacute;sticas diferenciadas daquelas do lixo dom eacute;stico; de unidades de servi ccedil;os de sa uacute;de e da constru ccedil; atilde;o civil. Este prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias, em caso de impossibilidade do cumprimento da norma.
A municipalidade precisa ainda apresentar um relat oacute;rio dos estudos do passivo ambiental e a an aacute;lise de risco para a continuidade dos trabalhos de reciclagem desenvolvidos pela Cooperativa de Agentes Ambientais (Cooperagir) na aacute;rea do dep oacute;sito municipal.

Reuni atilde;o
Tendo em vista que o problema do lix atilde;o atinge diretamente diversas empresas do munic iacute;pio, uma reuni atilde;o est aacute; agendada para os pr oacute;ximos dias para discutir este problema, envolvendo prefeitura, IAP e Associa ccedil; atilde;o Comercial, Industrial e Agropecu aacute;ria (Acimacar). Uma das alternativas para a destina ccedil; atilde;o correta dos res iacute;duos do setor industrial seria a contrata ccedil; atilde;o de uma empresa especializada para este fim.

Situa ccedil; atilde;o cr ocirc;nica
Segundo o chefe do escrit oacute;rio de Toledo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Adir Parizotto, existe em Marechal Rondon uma situa ccedil; atilde;o cr ocirc;nica e eacute; um desejo do IAP que a prefeitura implante o aterro sanit aacute;rio. ldquo;Sabemos que para isso eacute; preciso recursos, que muitas vezes n atilde;o est atilde;o previstos na dota ccedil; atilde;o or ccedil;ament aacute;ria. Um aterro sanit aacute;rio custa caro, no caso de Marechal Rondon seria uma obra de mais de R$ 500 mil, e muitas prefeituras n atilde;o t ecirc;m estes recursos dispon iacute;veis. Mas esperamos que o munic iacute;pio comece a trabalhar no sentido de viabilizar a obra rdquo;, declara, acrescentando: ldquo;O problema do lixo no munic iacute;pio n atilde;o eacute; uma quest atilde;o da administra ccedil; atilde;o atual, e sim eacute; algo que vem se arrastando h aacute; pelo menos 15 anos rdquo;, emenda.
Parizotto refor ccedil;a ainda que eacute; atribui ccedil; atilde;o de quem gera o res iacute;duo s oacute;lido, seja ele industrial ou comercial, perigoso ou n atilde;o, a dar uma destina ccedil; atilde;o correta ao mesmo. ldquo;Se o munic iacute;pio recolher este res iacute;duo, ele vai trazer para si a responsabilidade de um passivo ambiental muito significativo. Em Toledo, por exemplo, nenhum res iacute;duo industrial, comercial e perigoso eacute; mandado para o aterro sanit aacute;rio. Tudo eacute; coletado, armazenado e eacute; feita a destina ccedil; atilde;o adequada rdquo;, explica.

Flagrante
A reportagem do Jornal O Presente esteve ontem (29) no lix atilde;o. Na ocasi atilde;o, flagrou um ve iacute;culo, possivelmente ligado a uma empresa, depositando no local uma certa quantidade de material. Sem a obrigatoriedade de dar uma destina ccedil; atilde;o correta ao res iacute;duo, eacute; comum encontrar lixo despejado por estabelecimentos rondonenses. Se a exig ecirc;ncia do IAP for mantida, nos pr oacute;ximos meses essa pr aacute;tica estar aacute; proibida.

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