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IBGE prevê safra de grãos 6,6% maior que safra recorde de 2010

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A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) indica produção da ordem de 159,4 milhões de toneladas, superior em 6,6% à safra recorde obtida em 2010 (149,7 milhões de toneladas) e 0,3% maior que a estimativa de agosto. É o que indica a nona estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2011.

A área a ser colhida em 2011, de 48,6 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 4,5%, frente à área colhida em 2010. As três principais culturas, que somadas representam 90,5% do volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (arroz, milho e soja), respondem por 82,5% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de +1,6%, +3,5% e +3,3%, respectivamente. Quanto à produção, os acréscimos são, nessa ordem, de +19,0%, +0,3% e +9,2%.

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: Sul, 66,8 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 55,8 milhões de toneladas; Sudeste, 17,2 milhões de toneladas; Nordeste, 15,2 milhões de toneladas e Norte, 4,4 milhões de toneladas. Comparativamente ao ano anterior, são constatados incrementos em todas as regiões: Norte, 9,3%, Nordeste, 29,0%, Sudeste, 1,0%, Sul, 4,0%, e Centro-Oeste, 6,3%. Nessa avaliação para 2011, o Paraná, e Mato Grosso apresentam a mesma participação na produção nacional de grãos, 19,6%. Em termos absolutos, a safra paranaense ocupa a 1ª posição, com 31.285.893 t, diferença de 57.636 toneladas frente ao Mato Grosso.

Milho

A produção nacional do milho em grão em 2011, para ambas as safras, totaliza 56,2 milhões de toneladas, apontando, neste mês, uma variação positiva de 1,0% frente a de agosto. Essa alteração foi causada pelas modificações nos dados da segunda safra do produto. A 1ª safra de milho em grão já se encontra colhida nos principais centros produtores, registrou um decréscimo de apenas 3.316 toneladas (-0,0%) frente a informação de agosto, totalizando 34,2 milhões de toneladas nesta avaliação de setembro. A produção ora prevista para a 2ª safra de milho, de 22,0 milhões de toneladas, apresenta ganho de 2,5% em comparação à estimativa de agosto. O Paraná, segundo produtor nacional desta safra, foi o principal responsável por este incremento, reajustando a produção em 9,1%, estimada agora em 6,0 milhões de toneladas. Esse fato é decorrente da melhor avaliação do quadro do produto tendo em vista que, com o encerramento da colheita, constatou-se que os danos causados pelas geadas dos dias 27 e 28 de junho ficaram aquém do previsto. Ressalta-se que a produção nacional poderia ter um ganho maior, não fosse a queda, como consequência da estiagem, verificada na Bahia. Nesse estado, a produção esperada de 299.841 t, é 17,3% inferior ao do mês passado, por conta da redução de 30,5% na área a ser colhida uma vez que foram perdidos 122.080 hectares plantados.

Soja

Para a soja, em 2011, a produção recorde esperada de 74,8 milhões de toneladas, informada neste mês, é apenas 27.331 toneladas menor que o levantamento de agosto. À exceção do Maranhão, a colheita já se encontra encerrada nos demais centros produtores e a variação se deve, particularmente, às revisões nos dados de colheita do Mato Grosso, maior produtor nacional. Neste estado, a área colhida de 6.454.331 ha e a produção obtida de 20.800.544 t, comparativamente ao mês passado, são inferiores em 0,1%.

Cereais de inverno

Para as lavouras de inverno, cujos cultivos concentram-se, predominantemente, nos estados do Sul, destacam-se as diminuições nos dados de produção da aveia (3,3%), cevada (0,6%) e trigo (0,1%). Para o trigo, a mais importante dessas culturas, a produção esperada de 5,1 milhões de toneladas informada em setembro é 0,1% inferior a do mês passado. A exemplo do mês anterior, o decréscimo reflete as novas avaliações no estado do Paraná, maior produtor de trigo, participando com 46,9% da produção nacional. Nesse estado, as informações de campo apontam uma área plantada 0,1% maior que a prevista na avaliação anterior agora estimada em 1.024.462 ha, porém, para uma área a ser colhida de 993.447 ha significando 31.015 ha totalmente perdidos em função das geadas. Aliado a isso, o excesso de chuvas em julho, além de propiciar a incidência de doenças (notadamente, a brusone e a giberela, que atacam as espigas do trigo), dificultou a entrada das máquinas nas lavouras para fazer o controle sanitário das mesmas. Com isso, o rendimento médio esperado, avaliado em 2.403 kg/ha, é 4,5% inferior ao informado no mês passado. Consequentemente, a produção estimada de 2,4 milhões de toneladas, é 4,0% menor. A queda, nesse mês, na safra tritícola foi atenuada pelo ganho de 4,4% na produção do Rio Grande do Sul, segundo produtor nacional. 

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