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Médicos paralisam atividades em Hospital Municipal de Foz

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Os médicos que atendem no Hospital Municipal Padre Germano Lauck em Foz do Iguaçu paralisaram as atividades na tarde de ontem (1º).  A direção do hospital foi informada às 12 horas que, às 13 horas, parte do corpo médico não atenderia mais aos pacientes.

Os médicos reclamam da falta de contrato de trabalho com a atual administração do hospital, uma fundação privada, e o não pagamento dos salários dos últimos dois meses. Também na tarde desta segunda, cerca de 30 médicos participaram de um protesto. Eles entregaram panfletos à comunidade explicando os motivos da paralisação.

Por outro lado, o hospital enviou uma proposta por e-mail, mas de acordo com os médicos, eles não tiveram tempo de analisa-la.

“A proposta chegou ontem, num domingo, às 18 horas. Quer dizer, teve colegas que viram a proposta hoje pela manhã. Então, assim, se eu disser para você de maneira clara se ela é boa ou se ela é ruim. Eu não sei. Essa manifestação eles já tinham ciência dela na sexta-feira (28). Por isso que a gente imagina que essa proposta num domingo à noite ela tenha sido propiciada por essa que não é nem paralisação, não é greve. Simplesmente não tem contrato, a gente não consegue mais trabalhar sem nenhum tipo de vinculo”, reclamou o médico José Bertoli.

Uma comissão formada por três vereadores que acompanha a mudança na administração do hospital também esteve no local do protesto. “O que me parece que está faltando é só, realmente, a comunicação entre ambas as partes”, afirmou o parlamentar Luis Queiroga.

“Esperamos que com essa manifestação, a prefeitura e a própria fundação do Hospital Municipal entendam a gravidade da situação e aceitem sentar em uma mesa para negociar”, também assegurou o vereador Nilton Borato.

O assessor jurídico do hospital Túlio Bandeira rebateu. “O que eles queriam discutir é a carga horária e eles discutiram durante a semana inteira. A gente continuou sexta, sábado, domingo, inclusive, fazendo esses contratos. Ontem, no final da tarde, a gente terminou e encaminhou via e-mail e isso encontra-se tudo impresso no RH do hospital para assinatura”, garantiu.

Já quanto aos cerca de R$ 2 milhões que os médicos ainda têm para receber por serviços prestados à Pró-Saúde, o administrador da Pró-Saúde Jocelmo Mews explicou que o contrato com a prefeitura venceu no dia 18 de junho e o Executivo teria sete dias para fazer o pagamento. No entanto, segundo Mews, o valor ainda não foi repassado para o pagamento dos funcionários.

A secretária de Saúde do Município, Letice de Lima, informou que assim que a fundação assumiu a administração do hospital, ficou acertado que os pagamentos atrasados dos médicos contratados pela Pró-Saúde seriam feitos em duas vezes. A primeira para o dia 10 de julho e o restante para o dia 10 de agosto.

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