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Micheletto critica falta de comprometimento com o setor

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Deputado Moacir Micheletto: O governo federal não tem comprometimento com a cultura de trigo, o que é lamentável porque fica cada vez mais difícil chegarmos à autossuficiência de um alimento tão importante para o abastecimento do país. (Arquivo/OP)

O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) se reuniu ontem (23) com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e cerca de 40 representantes da cadeia produtiva para analisar as pol iacute;ticas de curto e m eacute;dio prazo para o setor. Na oportunidade, ele tomou conhecimento da medida aprovada pelo Conselho Monet aacute;rio Nacional (CMN) que reduziu o pre ccedil;o m iacute;nimo do trigo em 10%. A mudan ccedil;a vigora a partir de 1 ordm; de julho e os pre ccedil;os m iacute;nimos que ser atilde;o adotados na regi atilde;o Sul durante a safra 2010/2011 v atilde;o variar de R$ 19,20, o trigo brando tipo 3, a R$ a 29,97, o trigo melhorador tipo 1, ou seja, de
R$ 580 caiu para 477 a tonelada para o produto tipo p atilde;o.
Micheletto criticou a medida: ldquo;meu sentimento eacute; de que o governo federal n atilde;o tem comprometimento com a cultura de trigo, o que eacute; lament aacute;vel porque fica cada vez mais dif iacute;cil chegarmos agrave; autossufici ecirc;ncia de um alimento t atilde;o importante para o abastecimento do pa iacute;s. Veja que desde que cheguei agrave; C acirc;mara Federal, h aacute; 20 anos, luto e reivindico por mais incentivos para os triticultores, mas o que percebo eacute; insensibilidade da aacute;rea econ ocirc;mica com esse setor rdquo;. Na audi ecirc;ncia, o deputado apresentou uma s eacute;rie de reivindica ccedil; otilde;es de apoio agrave; cultura do trigo, como estabelecer TEC (Tarifa Externa Comum) de 35% para o produto importado de pa iacute;ses fora do Mercosul.
O deputado sugeriu tamb eacute;m que o governo federal negocie um acordo com a Argentina e demais pa iacute;ses do Mercosul que estabele ccedil;a limite para entrada de trigo no Brasil, n atilde;o permitindo a importa ccedil; atilde;o livre nos meses de comercializa ccedil; atilde;o da safra nacional, entre agosto e janeiro. Micheletto defendeu ainda mais recursos para as aquisi ccedil; otilde;es governamentais e Pr ecirc;mio para Escoamento de Produto (PEP) tanto para o mercado interno quanto o externo, al eacute;m de pr ecirc;mios mais atrativos para escoar os estoques das regi otilde;es produtoras a serem vendidos nos estados consumidores e incentivos para exportar o trigo de baixa qualidade.

Grupo de trabalho
Ele prop ocirc;s a forma ccedil; atilde;o de um grupo interministerial para adotar uma pol iacute;tica definida que d ecirc; seguran ccedil;a aos produtores e solucione no curto e no m eacute;dio prazo todos os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do trigo. ldquo;O produtor precisa ter um norte para melhor programar suas atividades. Agora mesmo existem cerca de 2,5 milh otilde;es de toneladas em estoques sem condi ccedil; otilde;es de comercializa ccedil; atilde;o, sendo 1,2 milh atilde;o em m atilde;os do governo rdquo;. O deputado queixou-se que muitos produtores at eacute; hoje n atilde;o receberam os recursos do governo resultante da venda da safra, o que complica pois eles n atilde;o t ecirc;m condi ccedil; otilde;es de honrar seus compromissos com os agentes financeiros. nbsp; nbsp;
Apesar da queda no pre ccedil;o de garantia, o ministro Rossi descarta impacto negativo no setor, pois o pre ccedil;o continua em n iacute;vel superior ao praticado nas principais regi otilde;es produtoras de trigo no Brasil. ldquo;O valor eacute; quase 50% acima do que eacute; pago no Paran aacute; e n atilde;o eacute; poss iacute;vel manter essa situa ccedil; atilde;o. O agricultor n atilde;o pode produzir para entregar ao governo, mas ao mercado rdquo;. A adequa ccedil; atilde;o, segundo ele, foi consenso no governo e ocorreu em fun ccedil; atilde;o do alto valor fixado anteriormente. ldquo;O pre ccedil;o m iacute;nimo estava muito acima do praticado no mercado rdquo;, declarou.
Para Rossi, o ponto mais importante do encontro foi o comprometimento dos agentes econ ocirc;micos da cadeia produtiva em buscar solu ccedil; atilde;o para o escoamento da produ ccedil; atilde;o nacional. ldquo;Os moinhos v atilde;o comprar o produto nacional e complement aacute;-lo, num mix de qualidade, com o produto importado. O governo vai apoiar, pois beneficia o agricultor e os agentes econ ocirc;micos do setor rdquo;, destacou.

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