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Mudanças ajudam pais a melhorar alimentação dos filhos

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A Organiza ccedil; atilde;o Mundial da Sa uacute;de (OMS) estima que pelo menos 60% das mortes em todo o mundo poderiam ser adiadas, ou mesmo evitadas, se as pessoas adotassem posturas mais saud aacute;veis, dentre elas o consumo de no m iacute;nimo cinco por ccedil; otilde;es (ou 400 gramas) por dia de vegetais, incluindo frutas, verduras e legumes.
Para os pais, um dos grandes dilemas eacute; justamente fazer o filho se alimentar bem. Afinal, quem nunca viu uma crian ccedil;a esperneando por querer apenas coisas saborosas, mas que muitas vezes n atilde;o s atilde;o t atilde;o saud aacute;veis assim, ou pelo contr aacute;rio, s atilde;o prejudiciais agrave; sa uacute;de. Em muitos lares, este eacute; um problema di aacute;rio, especialmente durante as principais refei ccedil; otilde;es.
Para a nutricionista rondonense Keli Lang, a persist ecirc;ncia eacute; fundamental para a introdu ccedil; atilde;o de frutas e hortali ccedil;as na alimenta ccedil; atilde;o dos filhos, assim como igualmente a criatividade. Alguns truques e dicas podem ajudar os pais nesta dif iacute;cil tarefa do cotidiano. ldquo;Isso eacute; de fato uma preocupa ccedil; atilde;o. Muitas m atilde;es procuram o consult oacute;rio quando j aacute; n atilde;o sabem mais o que fazer, porque o filho realmente n atilde;o come saladas, verduras e frutas em geral. Eacute; um dilema na hora das principais refei ccedil; otilde;es rdquo;, comenta.
A profissional explica que muitas vezes a dificuldade existe at eacute; pela fam iacute;lia n atilde;o ter o h aacute;bito de comer estes tipos de alimentos. A partir dos dois anos a crian ccedil;a j aacute; deve ter uma alimenta ccedil; atilde;o igual a da fam iacute;lia. Por isso, conforme eacute; o h aacute;bito alimentar dos pais, este pode vir a ser o mesmo do filho. ldquo;Se os pais comem frutas, saladas e verduras, ou seja, d atilde;o o exemplo, j aacute; eacute; mais f aacute;cil fazer a crian ccedil;a comer. Agora, agrave;s vezes na correria do dia-a-dia, as m atilde;es n atilde;o t ecirc;m tempo realmente para oferecer uma alimenta ccedil; atilde;o saud aacute;vel e estar junto com o filho, o que se torna um dos maiores problemas. Dar o exemplo eacute; fundamental rdquo;, declara.

inf acirc;ncia
Portanto, os pais n atilde;o devem esperar para incluir as frutas e hortali ccedil;as na alimenta ccedil; atilde;o dos filhos quando a crian ccedil;a estiver mais velha, e sim fazer isso desde cedo, para que este processo n atilde;o seja mais dif iacute;cil ainda. ldquo;N atilde;o devemos obrigar, for ccedil;ar a crian ccedil;a a comer, porque n atilde;o eacute; legal. Os pais devem introduzir um legume de cada vez, uma fruta, at eacute; para a crian ccedil;a assimilar e ver o que mais ela vai gostar. Outra quest atilde;o eacute; substituir alimentos que os filhos n atilde;o gostam por outros que possuem as mesmas propriedades nutricionais. Por exemplo, se a crian ccedil;a n atilde;o gosta de comer cenoura, os pais podem oferece ab oacute;bora ou mam atilde;o rdquo;, exemplifica.

Desenhos e cores
As crian ccedil;as gostam muito de desenhos e cores, que chamam aten ccedil; atilde;o. De acordo com a nutricionista, os pais podem preparar comidas coloridas e fazer pratos em algum formato divertido, como de um rosto, e tentar associar o desenho a uma hist oacute;ria que a crian ccedil;a goste. ldquo;Em vez de oferecer uma alface picadinha, os pais podem fazer um rostinho, incluindo ainda cenoura ralada como se fosse o cabelo, ovo cortado ao meio para ser os olhos, azeitona o nariz, tomate como se fosse a boca e assim por diante, usando a criatividade rdquo;, explica.
Outra dica eacute; incluir legumes e verduras na prepara ccedil; atilde;o dos pratos, at eacute; porque a hortali ccedil;a n atilde;o perde a propriedade nutricional, mesmo cozida. Keli Lang menciona preparar bolo e acrescentar espinafre, fazer panqueca e colocar beterraba junto agrave; massa, pois o vermelho vai chamar aten ccedil; atilde;o da crian ccedil;a, dentre outros.

Supermercado
Os pais tamb eacute;m podem incentivar os filhos a irem junto ao supermercado, na se ccedil; atilde;o de frutas e hortali ccedil;as, e deixar que os pequenos escolham algum produto que mais lhe atraia ou que seja do seu gosto. ldquo;Desde a nossa ida ao supermercado temos que ter consci ecirc;ncia de que se a crian ccedil;a s oacute; tiver em casa guloseimas, ela n atilde;o vai saber porque n atilde;o deve comer este alimento. Ent atilde;o eacute; uma quest atilde;o dos pais comprar aquilo que querem que os filhos consumam rdquo;, aponta. Aceitar a ajuda dos filhos na prepara ccedil; atilde;o dos pratos tamb eacute;m pode ser uma solu ccedil; atilde;o, bem como fazer uma horta, porque nestes casos a crian ccedil;a vai comer aquilo que preparou e cultivou, respectivamente.

Quantidades menores
Conforme a profissional, est aacute; comprovado que as crian ccedil;as s oacute; comem 2/3 do que eacute; colocado em seu prato. Portanto, pais que t ecirc;m filhos que n atilde;o gostam muito de comer devem diminuir a quantidade de comida oferecida a cada refei ccedil; atilde;o. ldquo;Se o pai encher o prato, o filho vai escolher o que gosta mais e a salada fica de lado. Diminuir a quantidade de alimentos no prato no in iacute;cio pode ajudar, e se a crian ccedil;a quiser repetir, a iacute; os pais podem colocar um pouco mais de comida rdquo;, argumenta Keli Lang.

Presen ccedil;a
Na maioria das fam iacute;lias, o dia-a-dia eacute; sempre corrido e nem sempre os pais t ecirc;m oportunidade de acompanhar a alimenta ccedil; atilde;o dos filhos. No entanto, esta eacute; uma quest atilde;o importante, avalia a nutricionista. ldquo;A m atilde;e sabe o que o filho est aacute; comendo e o que mais gosta. Se a crian ccedil;a n atilde;o comeu bem no almo ccedil;o, agrave; tarde tem que saber que n atilde;o vai ganhar guloseima, porque sen atilde;o isso vai virar uma praxe. Eacute; preciso esperar a fome vir, porque da iacute; a crian ccedil;a sabe que fica sem op ccedil; atilde;o e acaba comendo algo saud aacute;vel rdquo;, orienta.
De acordo com a rondonense, a popula ccedil; atilde;o em geral n atilde;o come nem a metade do que deveria em se tratando de frutas e hortali ccedil;as, enquanto tem aumentado o consumo de gordura, prote iacute;na e excesso de sal. ldquo;Se conseguir comer uma fruta ao dia j aacute; eacute; uma grande vantagem para essa m atilde;e, assim como algum legume ou verdura rdquo;, conclui.

Em seis meses, um grande progresso
A rondonense Bernadete Beatriz Kroth Jaskowiak sabe bem a dificuldade de manter uma alimenta ccedil; atilde;o saud aacute;vel para seu filho Luan Felipe, de apenas oito anos. A situa ccedil; atilde;o chegou a tal ponto em que foi necess aacute;rio iniciar um tratamento de seis meses com nutricionista para resolver o problema. ldquo;O Luan s oacute; queria saber de comer macarr atilde;o instant acirc;neo. Foram muitas as vezes em que ele n atilde;o tomava caf eacute; da manh atilde;, n atilde;o almo ccedil;ava, ia para a escola e n atilde;o comia nada, e agrave; noite s oacute; queira saber de comer macarr atilde;o rdquo;, conta.
Como consequ ecirc;ncia da m aacute; alimenta ccedil; atilde;o, toda semana ele precisava ir ao hospital porque passava mal. Com o in iacute;cio do tratamento, o progresso foi vis iacute;vel e Luan mudou, segundo a m atilde;e, em 80%. Al eacute;m de engordar cinco quilos, praticamente todos os dias ele come uma fruta, a qual sempre tem dispon iacute;vel em casa. ldquo;Eu gosto de todas as frutas rdquo;, diz o garoto.
Bernadete ressalta que precisou da ajuda de toda a fam iacute;lia, que se engajou para melhorar a alimenta ccedil; atilde;o de Luan. ldquo;Meu filho eacute; teimoso e no in iacute;cio do tratamento ele chorava, mas agora ele j aacute; entende que isso tudo eacute; para o bem dele. Para passar a comer coisas saud aacute;veis, eu dizia que ele s oacute; ia ganhar macarr atilde;o se comesse uma fruta. Ainda hoje temos dificuldade, mas ele gostou do tratamento rdquo;, declara a m atilde;e.
No quesito hortali ccedil;a, a rondonense ainda tem dificuldade em fazer o filho comer frutas e verduras, no entanto, para quem n atilde;o comia nada ele j aacute; est aacute; evoluindo, afirma. ldquo;Ele come algumas coisas (hortali ccedil;as), mas em compensa ccedil; atilde;o outras n atilde;o quer nem saber. Arroz e feij atilde;o tamb eacute;m era um prato que ele n atilde;o gostava, e hoje mudou rdquo;, revela.

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