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Obra de mais de R$ 1 milhão encontra-se abandonada

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H aacute; cerca de dez anos, quando o mandato do ex-prefeito Ar iacute;ston Limberger caminhava para o final, uma grande obra foi amplamente anunciada e festejada em Marechal C acirc;ndido Rondon. Era a constru ccedil; atilde;o de um po ccedil;o para retirar aacute;gua do Aqu iacute;fero Guarani, localizado no Jardim L iacute;der. Foram investidos, na eacute;poca, cerca de R$ 1,250 milh atilde;o, a partir de uma parceria entre Governo do Estado, por meio da Superintend ecirc;ncia de Desenvolvimento de Recursos H iacute;dricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), e contrapartida do munic iacute;pio em 25%.
No entanto, tanta festa foi para nada. Ap oacute;s a perfura ccedil; atilde;o de 982 metros de profundidade e feitas as an aacute;lises t eacute;cnicas necess aacute;rias, foi descoberto que a aacute;gua n atilde;o era pr oacute;pria para consumo humano, pois era sulfurosa, ou seja, agrave; base de enxofre. Surgiu ainda a possibilidade de empreendimentos tur iacute;sticos se instalarem no munic iacute;pio para aproveitarem a ldquo;descoberta rdquo;, mas nenhum neg oacute;cio foi fechado.
Com o passar de praticamente uma d eacute;cada, o que se v ecirc; hoje, no local, eacute; um po ccedil;o completamente abandonado, escondido em meio ao matagal. Sequer para fins n atilde;o nobres, como limpeza em ind uacute;strias, por exemplo, a aacute;gua foi utilizada. O Servi ccedil;o Aut ocirc;nomo de Aacute;gua e Esgoto (Saae) ainda fez a retirada de bomba, cabos, transformadores e equipamentos que foram utilizados e os mant eacute;m hoje guardados para evitar a deteriora ccedil; atilde;o e a ccedil; atilde;o de v acirc;ndalos.
Recentemente, o vereador Valdemir Jos eacute; Sonda solicitou informa ccedil; otilde;es agrave; municipalidade para saber se existe alguma possibilidade de utiliza ccedil; atilde;o da aacute;gua que emana do po ccedil;o. ldquo;Queremos buscar informa ccedil; otilde;es sobre quais os interesses da autarquia em rela ccedil; atilde;o agrave; reutiliza ccedil; atilde;o do po ccedil;o, j aacute; que na gest atilde;o do ex-prefeito Ar iacute;ston Limberger investiu-se altas somas e queremos oficialmente saber: existe possibilidade de uso? Sabemos extraoficialmente que as aacute;guas que de l aacute; emanam s atilde;o impr oacute;prias para consumo humano, mas existe alguma possibilidade t eacute;cnica de uso para outros fins, como comercial, industrial ou mesmo para aacute;rea de lazer? Precisamos de uma solu ccedil; atilde;o mais razo aacute;vel poss iacute;vel, at eacute; para otimizarmos aquele espa ccedil;o rdquo;, considera o edil.

Po ccedil;o
O po ccedil;o profundo nunca chegou a ser inaugurado, relembra o contador do Saae, Darci Schitz. ldquo;A obra foi conclu iacute;da e foram instalados os equipamentos, como bomba, um potente transformador, dentre outros, exigidos no projeto. Estes materiais foram retirados e est atilde;o guardados para evitar que fossem deteriorados. Os v acirc;ndalos estavam indo no local e cortavam o cabo, que era feito de cobre rdquo;, comenta. O Saae n atilde;o teve participa ccedil; atilde;o na obra, pois todo processo de financiamento foi tratado diretamente pela prefeitura e o governo estadual.
Enquanto alguns acreditam que o valor pago para construir o po ccedil;o – cerca de R$ 1,250 milh atilde;o na eacute;poca – foi dinheiro jogado fora, o rondonense n atilde;o pensa desta forma. ldquo;Foi uma tentativa tecnol oacute;gica, mas que infelizmente n atilde;o deu certo. No entanto, se tivesse dado, seria uma reden ccedil; atilde;o de aacute;gua para o munic iacute;pio rdquo;, opina.

Vi aacute;vel para turismo
Segundo o diretor-executivo da autarquia, Jo atilde;o Marcos Gomes, a aacute;gua que emana do po ccedil;o profundo tem temperatura entre 37 ordm; C e 38 ordm; C, enquanto que uma aacute;gua ldquo;normal rdquo; est aacute; entre 21 ordm; e 22 ordm; C. ldquo;O po ccedil;o tem capacidade m aacute;xima de 80 metros c uacute;bicos por hora e 982 metros de profundidade. Se fazer a adu ccedil; atilde;o para consumo humano, n atilde;o eacute; vi aacute;vel, at eacute; porque precisar iacute;amos misturar um litro desta aacute;gua a cada seis litros de aacute;gua lsquo;normal rsquo; que temos aqui. Seria vi aacute;vel sim para empreendimento tur iacute;stico. Eacute; uma aacute;gua com um forte odor, mas rica em enxofre e que poderia ser utilizada em termas ou algo do g ecirc;nero rdquo;, explica.
Jo atilde;o Marcos diz que no in iacute;cio do ano o Saae foi procurado por um grupo de empres aacute;rios que at eacute; demonstrou interesse em saber mais informa ccedil; otilde;es sobre a aacute;gua, para possivelmente investir no munic iacute;pio. ldquo;Passamos todas as informa ccedil; otilde;es a respeito do po ccedil;o, como vaz atilde;o, composi ccedil; atilde;o da aacute;gua, no entanto, este grupo n atilde;o nos deu resposta. Eacute; necess aacute;rio um investimento muito grande rdquo;, analisa.

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