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Obras do frigorífico de suínos são paralisadas em Rondon

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Em torno de 90% da obra física do frigorífico já foi concluída: quando em operação, a capacidade de abate diário será de dois mil suínos/dia (Foto: Maria Cristina Kunzler)

Em mar ccedil;o de 2008, a empresa Radar Ind uacute;stria e Com eacute;rcio de Frigorificados Ltda iniciava a constru ccedil; atilde;o do frigor iacute;fico de su iacute;nos de Marechal C acirc;ndido Rondon, com apoio e incentivos da prefeitura. Pouco mais de dois anos depois, o empres aacute;rio Jo atilde;o Eduardo Ramalho, da Radar/Fribrasil, anunciou ontem (25), com exclusividade agrave; reportagem de O Presente, que as obras estariam sendo paralisadas no mesmo dia.
O motivo: atualmente a atua ccedil; atilde;o da Fribrasil eacute; exclusiva no mercado de carne bovina. No entanto, este setor est aacute; enfrentando nos uacute;ltimos dois anos dificuldades em raz atilde;o at eacute; mesmo da queda na exporta ccedil; atilde;o. Como consequ ecirc;ncia, o pre ccedil;o pago pela carne caiu, atingindo diretamente os frigor iacute;ficos e causando preju iacute;zos financeiros.
Ele adiantou, no entanto, que j aacute; nos pr oacute;ximos dias a parte administrativa da Radar ser aacute; instalada no pr eacute;dio junto ao frigor iacute;fico. ldquo;Vamos dar uma parada estrat eacute;gica na obra, at eacute; porque n atilde;o queremos alongar o passo e enfrentar dificuldade e prejudicar o com eacute;rcio de Marechal C acirc;ndido Rondon rdquo;, declarou.
Ramalho ressaltou que a paralisa ccedil; atilde;o eacute; por tempo indeterminado porque n atilde;o est aacute; conseguindo recursos pr oacute;prios para dar continuidade aos investimentos. ldquo;Estamos com dois projetos em andamento em institui ccedil; otilde;es financeiras. Um dos projetos que tramita eacute; no BNDES e outro em um banco privado. No entanto, os cr eacute;ditos est atilde;o restritos, haja vista at eacute; as taxas de juros que est atilde;o altas, at eacute; para dificultar o cr eacute;dito. Se eu tivesse o aporte de cr eacute;dito, a obra seria conclu iacute;da. Sem isso, vamos precisar aguardar um mercado mais favor aacute;vel rdquo;, afirma.

Privil eacute;gio a poucos
Segundo o empres aacute;rio, o setor de carne bovina enfrenta h aacute; cerca de dois anos dificuldades e a crise persiste porque apenas dois a tr ecirc;s grupos s atilde;o beneficiados pelos bancos de fomento nacional em detrimento de outros grupos menores. ldquo;N atilde;o temos nenhum benef iacute;cio neste sentido e isso tem nos prejudicado muito. H aacute; uma centraliza ccedil; atilde;o de neg oacute;cios. Social seria ajudar 500 empresas, e n atilde;o duas a tr ecirc;s como est aacute; acontecendo atualmente rdquo;, desabafa.

Perdas financeiras
Ramalho lamenta as perdas financeiras em consequ ecirc;ncia dos recursos que foram investidos e n atilde;o est atilde;o gerando dividendos. O pr oacute;prio contrato efetuado com a prefeitura, por meio do Fundo Municipal de Desenvolvimento (FMD), prev ecirc; a corre ccedil; atilde;o monet aacute;ria. ldquo;No nosso caso foi feita uma licita ccedil; atilde;o p uacute;blica e o dinheiro recebido do FMD foi 100% emprestado, ou seja, n atilde;o recebemos nada a fundo perdido. A obra de infraestrutura que foram feitas pelo munic iacute;pio tem que ser ou devolvida em recursos financeiros ou em gera ccedil; atilde;o de tributos ao munic iacute;pio. O aporte financeiro – R$ 3,440 milh otilde;es – tem que ser devolvido em 12 anos, com prazo de car ecirc;ncia a partir do in iacute;cio da atividade da ind uacute;stria, com corre ccedil; atilde;o de IPC rdquo;, declara.

Sem abandono
Ramalho enfatiza que o projeto n atilde;o ser aacute; abandonado, at eacute; porque o frigor iacute;fico eacute; uma realidade e o pr eacute;dio est aacute; sendo constru iacute;do especificamente para isso, aponta. Ele menciona ainda que j aacute; tem todas as aprova ccedil; otilde;es do Instituto Ambiental do Paran aacute;, como a licen ccedil;a pr eacute;via, licen ccedil;a de instala ccedil; atilde;o e a licen ccedil;a de opera ccedil; atilde;o ser aacute; liberada quando a ind uacute;stria entrar em funcionamento. Projeto tamb eacute;m foi amplamente aprovado pelo Minist eacute;rio da Agricultura, assim como pela Copel. ldquo;Assim que for poss iacute;vel vamos retomar e concluir a obra rdquo;, comenta.
Inicialmente previsto com obra f iacute;sica de sete mil metros quadrados e capacidade de abate de mil su iacute;nos/dia, durante o andamento da constru ccedil; atilde;o do empreendimento a obra foi ampliada para 14 mil m sup2; e a capacidade de abate dobrou para dois mil su iacute;nos/dia. A previs atilde;o de gera ccedil; atilde;o de empregos diretos pode atingir at eacute; 500 oportunidades de trabalho.

Viabilidade
De acordo com o empres aacute;rio, a microrregi atilde;o de Marechal Rondon eacute; vi aacute;vel no setor de suinocultura. Como exemplo, ele menciona que a Radar fez um credenciamento de produtores, os quais se colocaram agrave; disposi ccedil; atilde;o para entregar a mat eacute;ria-prima para a ind uacute;stria, com o objetivo de atingir mil abates/dia. ldquo;S oacute; com os cadastros de Mercedes, Nova Santa Rosa, Pato Bragado e Marechal Rondon j aacute; atingir iacute;amos este n uacute;mero, sendo que 80% dos produtores eram dos munic iacute;pios de Rondon e Mercedes rdquo;, revela.

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