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Paraná passou de 14º para 9º no ranking de homicídios

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Entre 2003 e 2007, os iacute;ndices apresentaram uma redu ccedil; atilde;o de 12,8%. A rela ccedil; atilde;o, que era de 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes, passou para 25,2 por 100 mil. Eacute; a primeira vez que o Brasil apresenta um per iacute;odo de redu ccedil; atilde;o dos iacute;ndices, desde que os primeiros dados de mortalidade do Minist eacute;rio da Sa uacute;de foram disponibilizados em 1979.
Julio Jacobo Waiselfisz, autor do Mapa da Viol ecirc;ncia, divulgado ontem (30), atribui a queda no uacute;ltimo per iacute;odo analisado a dois fatores: Estatuto do Desarmamento e, principalmente, redu ccedil; atilde;o da mortalidade em grandes centros urbanos com grande peso demogr aacute;fico e, portanto, grande influ ecirc;ncia nos n uacute;meros globais. Na regi atilde;o metropolitana de S atilde;o Paulo, por exemplo, houve uma redu ccedil; atilde;o de 58,6% entre 1997 e 2007. No Rio, a redu ccedil; atilde;o foi de 29,4%.
O comportamento dos n uacute;meros globais nos uacute;ltimos cinco anos analisados, por eacute;m, est aacute; longe de sinalizar uma melhora do problema no pa iacute;s. Durante a d eacute;cada, morreram no Brasil 512 mil pessoas.
Embora grandes cidades e regi otilde;es metropolitanas tenham apresentado uma queda nos iacute;ndices de homic iacute;dios – 19,8% e 25%, respectivamente -, no interior dos Estados a situa ccedil; atilde;o eacute; diferente. No per iacute;odo houve um aumento de 37,1% dos indicadores.
ldquo;Vivemos a interioriza ccedil; atilde;o da viol ecirc;ncia rdquo;, constata Jacobo. Para o pesquisador, a mudan ccedil;a eacute; reflexo da forma ccedil; atilde;o de novos polos econ ocirc;micos e do aumento do contrabando nos munic iacute;pios de fronteira. Tamb eacute;m exercem press atilde;o significativa as estat iacute;sticas de munic iacute;pios localizados em aacute;reas do Arco do Desmatamento, com atividades ilegais e grilagem de terras, e em aacute;reas de turismo predat oacute;rio, onde h aacute; aumento de consumo de bebidas e drogas. ldquo;A viol ecirc;ncia vai para onde vai o dinheiro e para onde h aacute; menos repress atilde;o rdquo;, observa.
Mesmo empurrando num primeiro momento as estat iacute;sticas para baixo, a interioriza ccedil; atilde;o da viol ecirc;ncia traz um problema a m eacute;dio prazo. A forma de preven ccedil; atilde;o e combate ao problema deve obedecer caracter iacute;sticas de cada regi atilde;o. ldquo;A pulveriza ccedil; atilde;o dos polos demanda respostas r aacute;pidas mas diferenciadas rdquo;.
Jacobo destaca que no pa iacute;s n atilde;o h aacute; um padr atilde;o uacute;nico de comportamento da viol ecirc;ncia. Em alguns locais, como Pernambuco, Esp iacute;rito Santo, Rond ocirc;nia e Acre, houve uma estabiliza ccedil; atilde;o das estat iacute;sticas e em outros, como Maranh atilde;o, Alagoas e Minas, foi registrado um aumento de 150% ou mais nos indicadores. Paran aacute; e Par aacute;, que em 1997 apresentavam iacute;ndices relativamente baixos, passaram a despertar a aten ccedil; atilde;o pelos n uacute;meros. Par aacute;, por exemplo, saltou da 20 ordf; posi ccedil; atilde;o no ranking de maiores taxas de homic iacute;dio para 7 ordm; lugar. O Paran aacute; passou de 14 ordm; para 9 ordm;.
ldquo;Temos v aacute;rios movimentos simult acirc;neos. A viol ecirc;ncia cai nos grandes centros, cresce em aacute;reas mais remotas. H aacute; uma queda de n uacute;meros gerais, mas uma explos atilde;o entre determinadas popula ccedil; otilde;es: jovens e negros rdquo;, constata.
O estudo mostra, por exemplo, que nesses 11 anos, a taxa de homic iacute;dio cresceu 30% no grupo entre 14 e 16 anos. E eacute; na faixa de 15 a 24 anos que se concentram os maiores iacute;ndices de homic iacute;dio no pa iacute;s. Est atilde;o nessa idade cerca de 35 milh otilde;es de jovens, o que corresponde a 18,6% da popula ccedil; atilde;o. Os jovens, no entanto, respondem por 36,6% do total de homic iacute;dios.

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Foz eacute; a cidade mais violenta para jovens
O Mapa da Viol ecirc;ncia, estudo do soci oacute;logo Julio Jacob Waiselfisz, divulgado ontem (30), mostra 31 cidades paranaenses na lista do 300 munic iacute;pios com o maior iacute;ndice de homic iacute;dios de jovens do Brasil.
A lista apresenta a cidade de Foz do Igua ccedil;u como o munic iacute;pio mais violento para os jovens. Em 2007, 143 pessoas com idades entre 15 e 24 anos foram assassinadas.
As Capitais Macei oacute; (Alagoas) e Recife (Pernambuco) aparecem como segundo e terceiro lugares na lista. O quarto lugar tamb eacute;m eacute; paranaense. A cidade de Gua iacute;ra est aacute; nessa posi ccedil; atilde;o.
Curitiba eacute; a sexta cidade com maior n uacute;mero de homic iacute;dios para jovens no Paran aacute; e est aacute; na 62 ordf; no ranking nacional.
S atilde;o 31 cidades paranaenses no ranking feito com base nos dados de 2003 a 2007.

LISTA DAS CIDADES
PARANAENSES

1 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Foz do Igua ccedil;u
4 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Gua iacute;ra
16 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Santa Terezinha do Itaipu
39 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Laranjeiras do Sul
42 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Campina Grande do Sul
62 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Curitiba
68 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Campo Mour atilde;o
72 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Almirante Tamandar eacute;
86 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Piraquara
94 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Guarania ccedil;u
110 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; S atilde;o Jos eacute; dos Pinhais
154 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Colombo
156 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Pinhais
164 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; S atilde;o Miguel do Igua ccedil;u
165 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Umuarama
167 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Camb eacute;
198 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Cascavel
224 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Toledo
233 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Terra Roxa
250 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Londrina
264 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Medianeira
291 ordm; nbsp; nbsp; nbsp; Palotina

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