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Policiais paraguaios são suspeitos de ajudar quadrilha em mega-assalto

Publicado

em

Francisco Espinola/Reuters
Destruição causada por explosões durante roubo a transportadora de valores em Ciudad del Este, no Paraguai

A polícia do Paraguai investiga se policiais locais ajudaram a quadrilha responsável pelo mega­-assalto à empresa de valores Prosegur. Na noite de domingo (23), um bando de cerca de 30 homens se aproximou da empresa e, durante três horas, tentou entrar no prédio onde o dinheiro estava guardado. Os criminosos utilizaram metralhadoras e fuzis.

Ao menos seis bombas foram usadas para ultrapassar as paredes blindadas do edifício. Delegados brasileiros e paraguaios acreditam que o crime foi organizado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

Um policial paraguaio, que passava pelo local no momento do assalto, foi assassinado pelos bandidos. Fora este fato, não houve confrontos entre a quadrilha e policiais no momento do roubo nem durante a fuga em território paraguaio –os bandidos também queimaram carros e caminhões como barricadas.

Agora, investigadores da região apuram se houve ajuda ou negligência de agentes durante o assalto ou na fuga. Os criminosos fugiram para o Brasil em dois barcos pelo rio Paraná, que faz a divisa entre os dois países. Apenas na cidade de Itaipulândia, já em território brasileiro, eles encontraram resistência: em um confronto com policiais federais, três suspeitos foram mortos em uma área rural. Até agora, 16 homens brasileiros foram detidos.

Nesta quinta (27), sete deles foram libertados pela Justiça por falta de provas. “Os departamentos internos [da polícia] estão realizando o trabalho. Estamos investigando se houve responsabilidade ou negligência. Hoje ainda não podemos dizer”, afirmou Tomas Cristaldo, comissário de Polícia Nacional do Paraguai.

Na terça-­feira (25), dois dias após o mega-­assalto, o governo do Paraguai afastou três comissários que comandavam o policiamento e investigações na região de Ciudad del Este, onde ocorreu a ação. Segundo Lorenzo Lezcano, ministro do interior do Paraguai, os três policiais foram afastados porque “não passaram informações corretamente durante e depois do assalto”. Ele não explicou o que essa frase significa. O roubo foi considerado por autoridades paraguaias como o maior já registrado na história do país.

A polícia local disse que foram levados US$ 40 milhões. Nesta quinta, porém, o Ministério Público do Paraguai disse que a quantia informada pela empresa de valores foi menor, de US$ 11,8 milhões (pouco menos de R$ 40 milhões).

 

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