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Região está sob risco de epidemia de dengue hemorrágica

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Mesmo com a temperatura caindo, o mosquito da dengue pode sobreviver e se reproduzir (Foto: O Presente)

Eacute; no extremo Oeste que est atilde;o as situa ccedil; otilde;es mais preocupantes de dengue no Paran aacute;. Segundo os boletins emitidos no uacute;ltimo dia 1 ordm;, a 9 ordf; Regional de Sa uacute;de de Foz do Igua ccedil;u tem 1.897 casos da doen ccedil;a confirmados – 820 aut oacute;ctones s oacute; em Medianeira (popula ccedil; atilde;o de cerca de 40 mil habitantes). J aacute; na 20 ordf; Regional de Toledo s atilde;o 280 casos confirmados – 54 casos registrados somente em Pato Bragado (4.483 habitantes), o que proporcionalmente agrave; popula ccedil; atilde;o da regi atilde;o eacute; um n uacute;mero cr iacute;tico. O problema eacute; ainda maior, relata o coordenador regional de Endemias da Regional de Toledo, Alberto de Jesus Fernandes, pelo risco de uma epidemia de dengue hemorr aacute;gica. ldquo;Temos tr ecirc;s tipos do v iacute;rus circulando na regi atilde;o, fazemos fronteira com Paraguai e Argentina, onde existem casos da hemorr aacute;gica, e j aacute; tivemos casos confirmados nos nossos munic iacute;pios. Do jeito que as coisas est atilde;o, h aacute; um risco claro e iminente de uma epidemia de dengue hemorr aacute;gica rdquo;, alerta Fernandes.
De acordo com o servidor p uacute;blico, os dois munic iacute;pios onde a situa ccedil; atilde;o se apresenta mais cr iacute;tica s atilde;o Palotina e Pato Bragado. O primeiro, com 20 casos confirmados at eacute; o dia 1 ordm;, j aacute; teve paciente com dengue hemorr aacute;gica e outros que manifestaram todos os sinais cl iacute;nicos, mas n atilde;o chegaram a fazer os exames a tempo para a confirma ccedil; atilde;o. Em Pato Bragado, munic iacute;pio com menos de cinco mil habitantes, h aacute; o maior n uacute;mero de pacientes com dengue confirmado na regional, 54 e, portanto, uma incid ecirc;ncia de 1.115,32 casos para cada 100 mil habitantes. ldquo;Palotina nos preocupa porque, al eacute;m de apresentar caso de dengue hemorr aacute;gica, o iacute;ndice de infesta ccedil; atilde;o tem aumentado, subiu de 4,57% para 6%. J aacute; em Pato Bragado, o n uacute;mero de casos fala por si s oacute; para um munic iacute;pio de pequeno porte rdquo;, menciona.
Fernandes observa que n atilde;o menos preocupante eacute; a situa ccedil; atilde;o de Mercedes, com 28 casos confirmados e um iacute;ndice de infesta ccedil; atilde;o predial de 15,45%, quando o n iacute;vel aceit aacute;vel pela Organiza ccedil; atilde;o Mundial de Sa uacute;de (OMS) eacute; de menos de 1%. Graves tamb eacute;m s atilde;o os casos de Marechal C acirc;ndido Rondon, com 50 casos, e Santa Helena, 31.

Situa ccedil; atilde;o complicada
Para o coordenador regional de Endemias, o risco de epidemia e a situa ccedil; atilde;o que se instaurou na regi atilde;o se devem a um protagonista que n atilde;o est aacute; cumprindo com o seu papel: o cidad atilde;o. ldquo;O problema da dengue eacute; tido como 10% de responsabilidade do Poder P uacute;blico e os 90% da popula ccedil; atilde;o. Em todo o pa iacute;s os agentes p uacute;blicos t ecirc;m feito sua parte, mas eles n atilde;o podem come ccedil;ar a limpar o quintal do cidad atilde;o toda semana, ir l aacute; e trocar a aacute;gua, recolher vasilhas, limpar o lote… Isso eacute; uma quest atilde;o de responsabilidade e cidadania, e o que vemos eacute; que a maioria das pessoas n atilde;o est aacute; tomando os devidos cuidados rdquo;, reflete o profissional.
Conforme Fernandes, a uacute;nica possibilidade de eliminar a dengue eacute; evitar a prolifera ccedil; atilde;o do mosquito Aedes aegypti, e isso s oacute; eacute; poss iacute;vel n atilde;o deixando acumular aacute;gua em qualquer que seja o vasilhame. ldquo;O Brasil j aacute; erradicou uma vez a dengue e poderia faz ecirc;-lo novamente em 40 dias, se cada um tomasse a parte que lhe cabe, eliminando criadouros rdquo;, garante o profissional.

Risco
H aacute; quatro tipos de v iacute;rus da dengue (01, 02, 03 e 04), explica Fernandes. Nas regionais de Foz do Igua ccedil;u, Toledo e Umuarama j aacute; foram registrados os tr ecirc;s primeiros. Ele exp otilde;e que, pelo fato da fronteira com a Argentina, onde a dengue hemorr aacute;gica j aacute; vitimou v aacute;rias pessoas, o risco de a regi atilde;o ter uma epidemia eacute; grande. ldquo;Basta algu eacute;m, ou um grupo que estiver l aacute; trazer o v iacute;rus para a regi atilde;o, o que n atilde;o eacute; dif iacute;cil rdquo;, alerta, lembrando que o v iacute;rus 04 eacute; o mais grave e coloca o paciente sob risco de morte.
Questionado se as quedas na temperatura que come ccedil;am a ser registradas podem colaborar para combater o Aedes aegypti e, consequentemente, a dengue, Fernandes eacute; enf aacute;tico em afirmar que n atilde;o mais. ldquo;A nossa temperatura quando baixa n atilde;o reduz a infesta ccedil; atilde;o do mosquito. A f ecirc;mea (do mosquito) se protege e p otilde;e ovos em locais protegidos. Na aacute;gua, os ovos podem hibernar para eclodir quando a temperatura da aacute;gua subir. Ou seja, o risco n atilde;o eacute; s oacute; para agora, eacute; para o ano inteiro rdquo;, informa.
Para ele, a dengue deixou de ser um risco de ver atilde;o. ldquo; Eacute; um mal que precisa ser combatido todos os dias e meses, com mudan ccedil;a de h aacute;bitos e comportamento rdquo;, finaliza.

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N uacute;meros de casos de dengue na 20 ordf; Regional de Sa uacute;de
Aut oacute;ctone nbsp; nbsp; nbsp; Importado nbsp; nbsp; nbsp; Total
Assis Chateaubriand nbsp; nbsp; nbsp; 23 nbsp; nbsp; nbsp; 2 nbsp; nbsp; nbsp; 25
Diamante D rsquo;Oeste nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 0
Entre Rios do Oeste nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 0
Gua iacute;ra nbsp; nbsp; nbsp; 4 nbsp; nbsp; nbsp; 2 nbsp; nbsp; nbsp; 6
Marechal C acirc;ndido Rondon nbsp; nbsp; nbsp; 40 nbsp; nbsp; nbsp; 10 nbsp; nbsp; nbsp; 50
Marip aacute; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 0
Mercedes nbsp; nbsp; nbsp; 28 nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 28
Ouro Verde do Oeste nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 1 nbsp; nbsp; nbsp; 1
Palotina nbsp; nbsp; nbsp; 18 nbsp; nbsp; nbsp; 2 nbsp; nbsp; nbsp; 20
Pato Bragado nbsp; nbsp; nbsp; 50 nbsp; nbsp; nbsp; 4 nbsp; nbsp; nbsp; 54
Quatro Pontes nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 2 nbsp; nbsp; nbsp; 2
Santa Helena nbsp; nbsp; nbsp; 26 nbsp; nbsp; nbsp; 5 nbsp; nbsp; nbsp; 31
S atilde;o Jos eacute; das Palmeiras nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 0
S atilde;o Pedro do Igua ccedil;u nbsp; nbsp; nbsp; 7 nbsp; nbsp; nbsp; 1 nbsp; nbsp; nbsp; 8
Terra Roxa nbsp; nbsp; nbsp; 4 nbsp; nbsp; nbsp; 2 nbsp; nbsp; nbsp; 6
Toledo nbsp; nbsp; nbsp; 8 nbsp; nbsp; nbsp; 13 nbsp; nbsp; nbsp; 21
Tup atilde;ssi nbsp; nbsp; nbsp; 28 nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; nbsp; 28
T O T A L nbsp; nbsp; nbsp; 236 nbsp; nbsp; nbsp; 44 nbsp; nbsp; nbsp; 280

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