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Rombo do governo chega a R$ 86 bilhões no ano e é o pior desde 1997

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As despesas do governo superaram as receitas em R$ 9,6 bilhões no mês passado, levando o deficit primário no acumulado do ano para R$ 85,8 bilhões, pior resultado da série histórica, iniciada em 1997.

O número veio melhor que o esperado pelo mercado, que apostava em um rombo acima de R$ 15 bilhões para agosto.

O resultado primário, divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Tesouro Nacional, é calculado com base nas receitas menos despesas antes do pagamento de juros.

A receita líquida no mês passado totalizou R$ 92 bilhões, alta de 19,7% na comparação com agosto de 2016.

Isso não foi suficiente para balancear as despesas, que totalizaram R$ 101,6 bilhões, subindo 4,1% ante agosto do ano passado. O valor foi influenciado pelos gastos com a Previdência, que somaram R$ 16,8 bilhões (alta de 7,6% ante agosto de 2016) e com pessoal.

No acumulado em 12 meses, o deficit é de R$ 172,8 bilhões —ou seja, R$ 13,8 bilhões acima da nova meta fiscal, mais folgada, de R$ 159 bilhões (o objetivo anterior era um rombo de R$ 139 bilhões).

O Tesouro ressaltou, entretanto, que o rombo em 12 meses está particularmente grande porque o governo antecipou para maio e junho o pagamento de precatórios (pagamentos determinados por decisões judiciais) que normalmente são quitados no fim do ano.

Se esse adiantamento não tivesse sido feito, esse deficit estaria em R$ 154,7 bilhões, já dentro da nota meta.

Com informações UOL

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