Fale com a gente

Geral

Seja solidário, doe sangue

Publicado

em

Mayara Schaffner/OP
Local que servirá de sede para a Associação Sangue Bom

A doação de sangue é considerada por muitos um ato de amor e solidariedade. Afinal, com apenas uma doação até quatro vidas podem ser salvas. Porém, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de doadores de sangue de um país deve representar 5% da sua população. Entretanto, no Brasil essa porcentagem encontra- se em torno de 1,8%.

Segundo a assistente social da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo, Ivanice Primieri, muitos se lembram de doar apenas quando um familiar ou amigo precisa. Muitas são as causas que levam a necessidade de sangue, como acidentes de trânsito, pacientes submetidos a tratamentos quimioterápicos, pessoas que sofrem com leucemia, anemia aguda ou outras doenças, bem como aquelas que passam por cirurgias de emergência. Por isso a demanda é sempre alta, explica.

Com a chegada das festividades de Natal e Ano Novo, a situação se agrava, pois muitos doadores viajam ou mesmo recebem visitas e deixam de fazer a doação. Com o maior fluxo de carros, é nesse mesmo período que mais acidentes acontecem e a necessidade aumenta, diz.

 

Doar Sangue é Salvar Vidas

A assistente social destaca que todos os tipos sanguíneos são importantes, mas que o tipo O negativo, considerado como sangue universal, é um dos tipos que frequentemente entra em falta. Todos podem receber sangue O negativo, no entanto, quem tem esta tipagem sanguínea só pode receber do mesmo tipo de sangue. Então quando temos uma pessoa com sangue O negativo precisando receber, nosso estoque fica negativo, explica.

 

Em Marechal Rondon

Ações em Marechal Cândido Rondon buscam encontrar doadores. O fiscal de reprodução avícola Nilson de Freitas Gouveia se tornou doador há cerca de três meses. Decidi doar e até o momento já consegui incentivar outros dois amigos a fazer o mesmo, conta.

Integrante do Rotary Clube Guarani, ele e colegas criaram um projeto que objetiva cadastrar doadores. Junto de outras entidades do município e da unidade de coleta de Toledo vamos coordenar esse cadastro, em que constará a última doação de cada participante. Assim, essas pessoas serão comunicadas e lembradas quando a próxima doação de sangue estiver disponível, detalha.

A ideia é que mensalmente rondonenses sejam doadores em Toledo, unidade mais próxima e que atende Marechal Rondon e os demais municípios da 20ª Regional de Saúde. Além desta ação, outra está a caminho, com previsão de início em 2017. Trata-se da Associação Sangue Bom, idealizada por Wilmar Güttges, empresário e participante do Lions Clube.

Junto dos colegas do clube social, o grupo conseguiu um local, na Avenida Maripá (antiga banca de jornal e revistas Saka), para ser sede da entidade. No local teremos alguém responsável pelo cadastro das pessoas, que além de coordená-lo buscará encontrar doadores quando os rondonenses e moradores da região necessitarem da doação, visto que encontramos essa dificuldade em algumas situações, explica.

Além disso, informações sobre a doação de sangue e campanhas para funcionários e empresas também estão previstas. O ambiente foi pintado e está pronto. Precisamos ainda da identificação e da pessoa que fará o atendimento, por isso a previsão de funcionamento é para o próximo ano, conclui.

 

Para Doar

Quem deseja ser um doador precisa atender a estes critérios: ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam estar acompanhados do responsável e acima de 60 anos podem doar apenas se já forem doadores) e ter peso superior a 50 quilos.

No dia da doação deve estar bem alimentado e apresentar um documento oficial com foto. Será realizado o cadastro e as triagens: hematológica e clínica e, já na sequência, a doação, expõe Ivanice. A média da coleta é de 450 mililitros de sangue por doação. Já a frequência é a cada 60 dias para homens e 90 dias para mulheres.

 

Impedimentos

Não pode doar sangue quem fez alguma tatuagem, maquiagem definitiva ou colocou piercing nos últimos 12 meses; ter comportamento de risco em relação à Aids (fazer uso de drogas ilícitas e/ou ter tido relação sexual com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos nos últimos 12 meses); ter realizado cirurgia de grande porte há menos de um ano ou de pequeno porte há menos de seis meses; estar em período gestacional ou de amamentação e possuir doenças como: diabetes, hanseníase, Chagas ou demais enfermidades transmissíveis pelo sangue.

 

Doação de Medula Óssea

Outra possibilidade é a doação de medula óssea, que pode salvar vidas de quem sofre com a leucemia. Nestes casos, é coletada uma amostra de sangue com cinco mililitros para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante. Somente em caso de compatibilidade com um paciente o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação, finaliza Ivanice.

Para doar é preciso ter entre 18 e 55 anos e no momento estar com o cartão do SUS e os documentos de identidade e CPF.

Divulgação

Copyright © 2017 O Presente