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Turistas percebem uma Cuba diferente do que a mídia mostra

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Com a aproxima ccedil; atilde;o diplom aacute;tica entre Brasil e Cuba, tem aumentado o n uacute;mero de brasileiros que aproveitam as f eacute;rias para conhecer a ldquo;Ilha de Fidel rdquo;. Eacute; o caso dos rondonenses Amarildo Reffatti e sua esposa Suzana e Donizete e Lenir Barriviera, que estiveram recentemente no pa iacute;s. Amarildo conta que a visita lhe fez mudar muitos dos conceitos que tinha sobre Cuba e os cubanos. ldquo;Esperava encontrar um povo pobre, faminto e maltrapilho. Nas ruas, imaginava um museu a c eacute;u aberto de carros velhos. Na verdade, o pa iacute;s eacute; pobre, mas o povo n atilde;o passa fome. Todos reconhecem a import acirc;ncia da revolu ccedil; atilde;o e do Fidel para a Ilha. Existem carros velhos sim, mas tamb eacute;m outros bons e bonitos rdquo;, comenta Reffatti.
Chamou a aten ccedil; atilde;o dos rondonenses o fato do pa iacute;s utilizar duas moedas. Uma eacute; o Peso Cubano, que serve para comprar a cesta b aacute;sica a pre ccedil;os reduzidos. O governo tem o controle total sobre ela e seu valor eacute; 25 vezes menos que a outra moeda, que eacute; o Peso Convertido. O Peso Convertido, mais valorizado (vale 25% mais que o d oacute;lar), serve nbsp; para o turista estrangeiro e para o cubano comprar produtos fora da cesta b aacute;sica. Todos os bens que existem na Ilha pertencem ao Estado e todos s atilde;o funcion aacute;rios do governo. ldquo;O governo n atilde;o d aacute; comida. Todos trabalham por sal aacute;rios iguais de 250 pesos cubanos, que equivalem a 12 d oacute;lares americanos. Para comprar produtos que n atilde;o constam na cesta b aacute;sica, os cidad atilde;os precisam fazer trabalhos extras e pagar com Peso Convertido. Tudo o que proporciona conforto eacute; importado e custa caro rdquo;, detalham.
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Educa ccedil; atilde;o e Sa uacute;de
Para Reffatti, a educa ccedil; atilde;o eacute; a maior vantagem de Cuba com rela ccedil; atilde;o aos outros pa iacute;ses da Am eacute;rica Latina, pelo fato de n atilde;o existir analfabetos e quase 70% das pessoas terem faculdade. Ele conta que quem estuda tem hor aacute;rios especiais para trabalhar. Outro ponto apontado eacute; o grande investimento em sa uacute;de, principalmente na preven ccedil; atilde;o. No pa iacute;s, h aacute; cerca de um profissional da aacute;rea para cada 24 pessoas. ldquo;Chamou a aten ccedil; atilde;o tamb eacute;m que droga praticamente n atilde;o existe, pois al eacute;m dos cubanos n atilde;o terem dinheiro para comprar, o traficante e o consumidor s atilde;o considerados infratores iguais e as penas s atilde;o pesadas rdquo;, observa.

Pol iacute;tica e religi atilde;o
A pol iacute;tica cubana eacute; ponto fraco da Ilha, avalia Reffatti. H aacute; somente o partido comunista. A imprensa eacute; toda estatizada. Ningu eacute;m pode ter parab oacute;lica, para n atilde;o assistir a propaganda capitalista dos Estados Unidos. Textos atribu iacute;dos a Fidel s atilde;o publicados todos os dias nos jornais (www.granma.cubaweb.cu). ldquo;Ao conversar com gar ccedil;ons, taxistas, guias tur iacute;sticos e outros profissionais, senti espontaneidade quando eles falavam da import acirc;ncia de Fidel e da revolu ccedil; atilde;o, por eacute;m, senti certo temor e relut acirc;ncia para se expressar, quando indagados sobre as v aacute;rias limita ccedil; otilde;es que o regime imp otilde;e. O socialismo do Fidel seria mais bem visto se funcionasse sem barreiras e sem proibi ccedil; otilde;es para o cidad atilde;o cubano rdquo;, avalia.
Enquanto o partido pol iacute;tico eacute; uacute;nico no pa iacute;s, o rondonense observa que h aacute; multiplicidade de religi otilde;es e cren ccedil;as. ldquo;Al eacute;m disso, os cubanos s atilde;o pessoas cultas, simples, mas sempre bem vestidas e muito receptivas. Eles tamb eacute;m conhecem e falam do Brasil com muita naturalidade rdquo;, menciona o turista, que diz ter adorado as f eacute;rias em Cuba, mas que o conhecimento adquirido n atilde;o o fez voltar socialista. ldquo;Em termos de conhecimentos e qualidade foi a melhor viagem que fiz, mas ainda prefiro a vida capitalista e consumista que levamos aqui rdquo;, conclui.

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