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Marechal Novo desafio

Diretora de O Presente fala das mudanças com o fim do jornal impresso e a fase 100% digital

Segundo ela, equipe abraçou a ideia com a mudança do jornal impresso para o conteúdo 100% digital e está entusiasmada para os novos desafios

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Diretora do Jornal O Presente, jornalista Maria Cristina Kunzler: “Nossa equipe de jornalismo quer ir além das matérias factuais, dando continuidade à produção de reportagens” (Foto: Ueslei Stankovicz/OP)

Encerrar um ciclo, às vezes, pode ser visto como algo ruim. Mas nem sempre precisa ser assim. Encerrar uma etapa e iniciar outra pode ser sinônimo de ousadia, coragem e de um olhar para o futuro. É desta forma que a diretora do Jornal O Presente, jornalista Maria Cristina Kunzler, que atua desde o ano 2000 na empresa, enxerga esta nova fase.

De acordo com ela, a decisão de findar o jornal impresso e migrar o conteúdo jornalístico 100% para o meio digital foi muito bem pensada. “Não decidimos isso do dia para a noite. Iniciamos o planejamento internamente alguns meses antes de tornar a decisão pública. Foi algo bem estudado e estruturado. Entendemos que essa é uma tendência não só nossa, mas de outros jornais impressos. É fácil observar isso quando contabilizamos o número de jornais que havia alguns anos atrás e hoje. O meio digital se tornou uma ferramenta para democratizar a comunicação”, opina.

A jornalista explica que o jornal impresso tem um peso perante a comunidade, com inúmeras reportagens que repercutiram e repercutem nos municípios de abrangência de O Presente. Porém, infelizmente, diz ela, nem todos têm acesso ao material. “Sabemos que ainda há muitas famílias que não possuem acesso à internet, mas o número de pessoas que têm hoje um celular ou computador e que podem ler diariamente as notícias é muito maior em comparação àquelas que conseguem ter viabilidade para assinar ou comprar o jornal impresso. Migrar o conteúdo para o meio digital é uma forma de democratizar este acesso à informação, ainda mais em um período em que existem tantas fake news sendo espalhadas em redes sociais”, argumenta.

Com a nova fase de O Presente, Maria Cristina afirma que haverá mudanças positivas. Uma delas é que hoje a matéria poderá ser postada no site no mesmo dia em que for produzida. “Com o jornal impresso, muitas vezes produzíamos a matéria em uma terça-feira, por exemplo, mas só era publicada na sexta-feira. Agora, no mesmo dia em que produzirmos já estará no site. Desta forma a informação será instantânea. Além disso, o jornal impresso possui limitações de espaço, com número reduzido de fotos e matérias. Já no site podemos ampliar esse conteúdo”, compara.

A profissional compreende que os leitores acostumados a receber bissemanalmente o jornal ficarão “órfãos” neste momento, mas ela acredita que não há como fugir desta tendência. “Ouvimos muitos relatos de leitores que ficaram surpresos e comentaram como seria sem o jornal impresso, porque estão acostumados a pegar o papel pela manhã e consumir a notícia. No entanto, sabíamos que este dia chegaria e eles, possivelmente, também. A forma de produzir conteúdo não vai mudar. A diferença é que a notícia estará na palma da mão”, emenda.

Novidades

Conforme a diretora da empresa, houve questionamentos sobre o que deve mudar nesta nova fase de O Presente. Dentre as perguntas que surgem há as dúvidas sobre a manutenção de colunas, como a Social, Ponto de Vista e a charge. “Nesta reformulação do site pensamos nisso com muito carinho. Vamos migrar estes conteúdos que eram publicados no jornal impresso agora para o nosso portal, mas a diferença é que poderão ser alimentados inclusive diariamente. A Ponto de Vista, por exemplo, que aborda com mais ênfase temas políticos, e a Social serão atualizados constantemente. E a charge, algo que criamos como um diferencial para o jornal impresso, terá seu espaço no site”, adianta, reforçando que a equipe de jornalismo quer ir além das matérias factuais, dando continuidade à produção de reportagens.

Legado

Maria Cristina iniciou na empresa ainda na adolescência e acompanhou, desde pequena no âmbito familiar, o surgimento de O Presente e o seu desenvolvimento ao longo destes quase 31 anos. “Meus pais (Arno e Lorena) fundaram o jornal quando eu tinha apenas seis anos. Foi um período muito desafiador para eles, que sonhavam em ter sua própria empresa. Nestes anos houve situações de dificuldade, mas também muitas conquistas. Os dois se dedicaram muito, o que me enche de orgulho, para que O Presente se tornasse o que é hoje: um dos veículos de comunicação mais respeitados e reconhecidos no Paraná. Eles deixaram um legado que a equipe trabalha dia a dia para dar sequência neste caminho vitorioso. Acredito que uma palavra-chave que nos move é o desafio. Nós não temos medo de mudar quando percebemos que é chegada a hora. Foi assim quando alteramos o formato do jornal, quando implantamos o diário e depois decidimos transformá-lo em bissemanal. O mesmo acontece neste momento na era digital”, avalia.

Entusiasmo

A diretora aponta que não só ela, mas a equipe de O Presente está entusiasmada com esta nova fase da empresa. “Alguns podem enxergar essa decisão de não ter mais o jornal impresso com nostalgia e um peso sentimental, mas friso que tomamos essa decisão de forma muito bem pensada, planejada e estamos confiantes de que será um período muito próspero para a empresa. A nossa equipe abraçou essa ideia e percebemos em todos o engajamento com esta nova forma de fazer jornalismo, pois antes nossa dedicação era quase integral ao jornal impresso, que demandava muitos esforços. A partir desta sexta-feira, 1º de julho, queremos concentrar todos estes esforços em melhorar nosso produto, que é o portal de notícias”, conclui.

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