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Adapar busca evitar entrada da planta caruru resistente na região

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Foto: Adapar

Com o objetivo de evitar a presença de caruru resistente no Paraná, que é área livre dessa praga, uma ação conjunta de monitoramento está sendo realizada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e pelo Ministério da Agricultura. A informação é do fiscal de defesa agropecuária, Anderson Lemiska, do escritório da Adapar em Marechal Cândido Rondon. Segundo ele, a planta Amaranthus palmeri é considerada uma praga nas lavouras, uma vez que possui resistência a herbicidas e pode se tornar potencialmente prejudicial à agricultura, com perda de produtividade nas culturas de soja, milho e algodão, com potencial de gerar perdas de até 90% da lavoura.

Conforme o profissional, o caruru resistente apresenta alta variabilidade genética e fenotípica, porém algumas características podem ser utilizadas na sua identificação e diferenciação do caruru comum. “A característica mais notável é o comprimento dos pecíolos (ramos) das folhas, que são normalmente iguais ou maiores que a lâmina foliar, bem como as folhas são arranjadas de forma simétrica ao entorno do caule. A inflorescência das plantas femininas apresenta-se espinhosa, com sensação de picadas nos dedos ao apertá-las”, explica Lemiska.

 

Invasiva

De acordo com o fiscal, o monitoramento da planta daninha é muito importante, pois ela é extremamente invasiva, adapta-se facilmente a diferentes ambientes e condições climáticas, apresenta elevada taxa fotossintética, grande eficiência no uso da água, rápido crescimento e alta produção de biomassa vegetal em curto espaço de tempo. Sua disseminação ocorre principalmente via sementes, sendo que uma única planta possui capacidade de produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. “Nesse aspecto, as máquinas agrícolas, especialmente as colheitadeiras de grãos, são importantes mecanismos de dispersão da planta daninha”, alerta Lemiska.

 

Livre

Segundo ele, com base nos registros de entradas de máquinas agrícolas provenientes de municípios do Estado do Mato Grosso, onde a praga se encontra, ou locais próximos, foram realizadas fiscalizações de monitoramento nas propriedades cujos destinos localizavam-se em municípios na regional da Adapar em Toledo.

“Também houve monitoramento da praga nas margens da rodovia BR 163, visto que essa rodovia é uma importante rota dos caminhões carregados com grãos provenientes do Mato Grosso. Foram coletadas plantas suspeitas de caruru para análise, sendo que até o momento o Paraná encontra-se livre da praga”, assegura.

 

Cuidados

A orientação da Adapar é que os agricultores que possuem máquinas agrícolas e prestam serviços no Mato Grosso, em especial na região centro-oeste do Estado, ao retornarem ao Paraná devem limpar as máquinas.

Ao perceberem plantas vivas de caruru após aplicação de herbicidas em suas lavouras, os agricultores devem ficar atentos, pois podem ser exemplares da planta de caruru resistente.

Diante dessa situação, a Embrapa disponibiliza uma cartilha contendo orientações gerais sobre como identificar a planta e o que fazer. Em caso de dúvidas, o agricultor deve comunicar a Adapar para realizar a amostragem e confirmação se de fato é a praga resistente.

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