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Municípios 300 hectares de açudes!

Município do Oeste é o maior produtor nacional de tilápias; saiba qual é

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(Foto: Divulgação)

Em cada dez peixes da produção aquícola brasileira, seis são tilápias. É o peixe de maior produção em cativeiro no planeta. O município campeão em produtividade no país, segundo o IBGE, está no Oeste do Paraná: Nova Aurora.

A produção ganhou escala gigantesca ali também por força do cooperativismo. Aqui os méritos vão para a Copacol, pioneira entre as gigantes na piscicultura, como também na avicultura em escala agroindustrial.

Está em Nova Aurora o maior frigorífico integrado de peixes da América Latina, com capacidade de processar 140 mil tilápias/dia.

São quase 300 hectares do município transformados em espelho d’água de açudes. A atividade envolve mais de 250 piscicultores e gera perto de mil postos de trabalho, uma fábula para uma cidade de pequeno porte.

São quase dez mil toneladas/ano de tilápia para girar essa roda d’água imensa que colocou Nova Aurora no topo do ranking nacional. A segunda maior produtora, a propósito, é aquela consagrada na música, Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul.

Cascavel, dona de uma área rural imensa e generosas aguadas, poderia frequentar esse ranking. Mas primeiro precisa resolver a questão da comercialização, solução dada na região de Palotina pela C.Vale e pela vizinha Copacol na micro-região de Cafelândia.

 

Peixe na gôndola

“Primeiro quero dizer que a tilápia é uma delícia, não tem espinho, rende filés bonitos a preços acessíveis”, disse o senador Flávio Arns durante sessão de uma comissão no Senado que aprovou o título de “Capital Nacional da Tilápia” para Nova Aurora.

É verdade, a tilápia passou a frequentar a guerra de preço entre as cooperativas no intervalo do “Jornal Nacional” e das novelas da Globo.

O preço de 800 gramas da iguaria chegou a ser vendida por algo próximo de R$ 30. Hoje já surgem oportunidades ofertadas abaixo de R$ 20.

O Pitoco tateou no mercado para saber se há espaço para um acordo de cavalheiros entre as gigantes do cooperativismo para manter o preço em patamares mais elevados.

E o que as fontes do mercado dizem? Sim, há disputa para valer no preço e na qualidade, até porque há outros players disputando a condição de vender o apreciado filé de tilápia.

Com a disputa quem ganha é consumidor, sem ferir a justa remuneração de toda a cadeia, que vai do produtor ao industrial até o comerciante da ponta da linha.

 

Rentabilidade é o triplo da soja

Valter Pitol é pioneiro na introdução da tilápia em grande escala no meio cooperativista. O Pitoco enviou duas perguntas, uma para o chefão da Copacol, outra para o consumidor. Acompanhe:

Pitoco: Compare a rentabilidade da tilápia para o produtor com outros produtos do agronegócio.

Valter Pitol (VP): É muito mais rentável que todos os produtos mais disseminados aqui na região. Vamos comparar com a soja. Se pagarmos muito bem na saca da soja, irá render cerca de R$ 16 mil brutos por hectare. Em um hectare de tilápia a receita bruta é de R$ 50 mil, pelo menos três vezes mais.

 

Pitoco: E na cozinha do Pitol consumidor, com que frequência é preparada a tilápia?

VP: Lá em casa consumimos peixe pelo menos duas vezes por semana, frango outras duas vezes e nos demais dias outras carnes.

 

Pitoco: Sua receita preferida de tilápia?

VP: O peixe permite muitas receitas, como vier eu consumo!

 

Em tempo: o conteúdo completo desta reportagem pode ser conferido na revista do Pitoco. Informe-se no WhatsApp (45) 99113-1313.

 

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