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Municípios Discussões retomadas

“Precisamos dar espaço à revisão e à supressão da praça de pedágio entre Toledo e Cascavel”, afirma Lunitti

Prefeito de Toledo acredita que há margem para que o novo modelo de concessão proposto pelo governo Bolsonaro seja revisto pelo governo Lula

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(Foto: Ricardo Morante)

O tema do novo pedágio no Paraná esfriou nas últimas semanas devido às eleições 2022, que terminaram com a reeleição de Ratinho Junior para a governança do Paraná e vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República a partir de 2023.

Com o início da transição de governo na esfera federal, no entanto, o assunto voltou a agitar o campo político. Conforme noticiado no O Presente, deputados estaduais do Paraná estão pedindo a suspensão do leilão do pedágio.

Inclusive, o presidente da Frente Parlamentar do Pedágio na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Arilson Chiorato (PT), entregou, pessoalmente, um documento com a demanda à equipe de transição de governo Lula em Brasília.

Mobilizações locais

Localmente, uma das principais vozes nas reivindicações para que se reveja o novo modelo de concessão é o prefeito de Toledo, Beto Lunitti. Especialmente, ele se posiciona contra a implantação de uma praça de pedágio entre Cascavel e o município toledense.

Procurado pela reportagem de O Presente, Lunitti diz enxergar margem para que o modelo proposto pelo governo Bolsonaro seja revisto. “Pelo princípio da cautela e da precaução, é natural que o governo federal eleito e o reeleito Ratinho possam ter uma rediscussão para que tenhamos a melhor condição de pedágio”, assegura.

Lunitti esteve em Brasília há poucos dias para discutir investimentos na BR-163 e seus acessos junto ao setor competente do Ministério da Infraestrutura e, dentre outros assuntos, o pedágio esteve em pauta.

“Nós temos reivindicações importantes que fizemos para que perimetrais, novos acessos à cidade e a iluminação do trecho que margeia o nosso município sejam executados. No contexto da modelagem (de pedágio) discutida, está se querendo colocar a praça de pedágio em Toledo. Eu sou contra isso e estamos trabalhando nessa perspectiva”, afirma.

Mudanças podem acontecer?

Questionado se essa rediscussão do processo e o realinhamento entre os governos pode resultar na suspensão de novas praças de pedágio previstas para o Estado, o prefeito de Toledo expõe que as condições tem variáveis a serem consideradas. “Se for um pedágio que tenha efetivamente os serviços de boa qualidade e com preço justo, é natural que possa existir nas rodovias que não são duplicadas e que terão de ser duplicadas”, pontua.

No que concerne à praça prevista entre Toledo e Cascavel, Lunitti é incisivo: “não se justifica”.

“Não fui convencido de que aqui tenha que ter uma praça de pedágio, até porque não está previsto obra no território toledano. Não queremos ser aqueles que vão pagar a conta para investimentos em outras regiões. Então, a gente precisa, sim, dar espaço à revisão e à supressão da praça de pedágio entre Toledo e Cascavel”, conclui.

Trâmites

Os editais de licitações estavam previstas para serem lançados em novembro, porém, antes disso, a Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – que conduz a concessão dos pedágios no Paraná – precisou adequadar contratos segundo sugestões do Tribunal de Contas da União (TCU). Com isso, a implantação dos novos pedágios foi prorrogada pela terceira vez – clique e confira a matéria.

O processo de concessão do pedágio no Paraná engloba 3,3 mil quilômetros de rodovia, sendo 65% delas federais e 35% estaduais. Obras de duplicações, contornos e viadutos estão planejados para os trechos que vão a leilão, divididos em seis lotes, além de 15 novas praças de pedágio.

O Presente

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