.png)
Municípios Operação Ágata
Vídeo mostra militares da Marinha revistando homens com as calças abaixadas em rodovia de Santa Helena
A Marinha do Brasil abriu um processo administrativo para investigar a conduta de militares que pediram para que homens abaixassem as calças para uma revista, em uma rodovia de Santa Helena.
A abordagem aconteceu na PR-488 e faz parte da Operação Ágata. Pessoas que passavam pela rodovia perceberam a ação e filmaram a revista, bem como a ação foi registrada por câmeras de segurança.
A reportagem apurou que os militares pararam um caminhão de uma equipe que trabalhava em uma linha de transmissão de energia da região.
Em seguida, os militares pediram para que os homens abaixassem as calças na via pública, sem nenhum isolamento.
Pelo menos oito homens aparecem nas imagens passando pela revista. Confira o vídeo:
O que diz a Marinha
Em nota, a Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento do caso na segunda-feira (30).
“Os militares atuavam em posto de controle de trânsito na rodovia PR488, nº 1815, no município de Santa Helena, Paraná. Esse posto foi estabelecido para inspeção de veículos e pessoas, como parte da Operação Ágata Arco Sul-Sudeste 2022, em curso desde o dia 24 de maio”, afirmou.
Segundo a Marinha, a operação tem como objetivo fiscalizar, controlar e reprimir delitos transnacionais e crimes ambientais, além de reforçar a segurança na região da fronteira.
O órgão disse ainda que o planejamento e execução das atividades foram pautadas pelo respeito às garantias individuais previstos na Constituição Federal e que o procedimento padrão em abordagem é tratar as pessoas com educação e respeito, sem causar constrangimentos.
Os militares foram identificados e afastados, imediatamente, da operação, conforme a Marinha.
O prazo inicial para conclusão do processo é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20, caso necessário. Após a conclusão, conforme o órgão, o processo será encaminhados à autoridade competente, e se comprovadas irregularidades na ação, os envolvidos serão punidos.
A Marinha não informou se o procedimento é comum e se algo foi encontrado com os homens revistados.
Com G1
