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A cada hora, um motorista tem a CNH cassada no Paraná

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A cada uma hora e dois minutos, em média, um motorista paranaense teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada em 2017, conforme dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).

Somando as suspensões, por hora, quase dez motoristas perderam temporariamente o direito de dirigir. Foram 8.393 habilitações cassadas ao longo do ano passado no estado. Já as suspensões de CNHs somaram 77.179 em 2017.

Enquanto a quantidade de carteiras suspensas caiu 8,6% no comparativo com 2016, quando houve 84.470 suspensões, as cassações mais que dobraram – foram 3.893 em 2016. Tire suas dúvidas sobre suspensão e cassação de CNH.

 

Principais motivos para cassações e suspensões de CNHs:

Transitar com velocidade superior a máxima permitida em até 20%

Estacionar em desacordo com a regulamentação

Avançar o sinal vermelho do semáforo

Transitar com velocidade superior a máxima permitida em mais de 20% até 50%

Deixar o condutor ou o passageiro de usar cinto de segurança

 

 

A cassação, em geral, está relacionada aos casos de reincidência, no prazo de 12 meses, de motoristas com o direito de dirigir suspenso, de determinadas infrações de trânsito.

Nas três maiores cidades do Paraná (Curitiba, Londrina e Maringá) registro de habilitações cassadas em 2017 aumentou consideravelmente em relação ao ano anterior.

Já as suspensões, só não tiveram crescimento em Maringá, no norte do estado, onde a queda foi de 56,4%. Em Curitiba, o aumento foi de 30,9%. Em Londrina, de 49,8%.

 

Maringá ficou sem fiscalização por execesso de velocidade no ano passado por conta do fim do contrato com a prestadora do serviço. A volta dos radares está prevista para o fim de janeiro deste ano.

"Esse é o tipo de multa que mais promove a suspensão de carteiras. Mesmo assim, as cassações aumentaram porque têm relação com a reincindência", explica Gilberto Purpur, secretário de Mobilidade Urbana.

 

Cassações nas três maiores cidades do Paraná:

Curitiba

2016: 714

2017: 2.663

Alta: 273%

 

Londrina

2016: 200

2017: 623

Alta: 211%

 

Maringá

2016: 338

2017: 853

Alta: 152%

 

Reciclagem

Não tem jeito, mesmo que seja um descuido ao passar por um radar, o motorista que perde o direito de dirigir temporariamente precisa fazer o curso de reciclagem, além do período de "gancho" – que varia de acordo com a gravidade e o histórico de infrações.

 

 

A chefe de cozinha Daniele Negrini, de 29 anos, precisou se virar para cruzar a cidade de Maringá para trabalhar durante os três meses que ficou com a habilitação suspensa no ano passado.

Segundo ela, duas multas na mesma semana levaram à suspensão da CNH, que já somava sete pontos.

"Foram dois avanços de semáforo. Eu nunca passo depois da última luz verde, mas não sei o que aconteceu. Arrastei por um tempo recorrendo até encaixar as aulas do curso nos meus horários e não tive como escapar", recorda.

Daniele conta que fez o curso de reciclagem em duas semanas. "Os horários eu achei ruim. Só que o curso me surpreendeu e acabei aprendendo bastante coisa nova. Vi que é importante para conscientizar quem comete alguma imprudência", aponta.

No Paraná, o curso de reciclagem pode ser feito pelo Detran-PR e também nas autoescolas. Após entregar a CNH, quando passa a contar o período de punição, o motorista pode procurar pela reciclagem. No Detran-PR, o curso é ministrado de quinta-feira a domingo ao custo é de R$ 126,92.

Nas autoescolas de Curitiba, por exemplo, o preço varia de R$ 300 a R$ 450, a depender da forma de pagamento escolhida. Há locais que parcelam em até 10 vezes no cartão de crédito. Em geral, quem paga à vista e em dinheiro, consegue descontos maiores.

 

Com informações G1 Paraná

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