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Paraná

Auditor afastado há 12 anos por corrupção ainda recebe salário

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Reprodução/RPC TV

O auditor fiscal Roberto Keniti Oyama, afastado há 12 anos do cargo por suspeita de corrupção, continua recebendo R$ 31 mil por mês de salário do gGoverno do Paraná. A informação está publicada no Portal da Transparência.

Ele foi preso, de novo, na segunda fase da Operação Publicano, que investiga fraudes na Receita Estadual em Londrina, e permanece na cadeia. A primeira detenção ocorreu em 2003, quando foi denunciado por improbidade e enriquecimento ilícito.

À época, Oyama era dono de casas, terrenos, apartamentos e até de um prédio inteiro, de seis andares – tudo comprado com dinheiro de propina, segundo o Ministério Público, que pediu o bloqueio de bens dele.

Na segunda-feira (22), a Justiça negou habeas corpus ao auditor, que “mesmo afastado de suas funções, continua a cometer delitos”, justificou o ministro Sebastião Reis, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), na decisão. “Há evidências de que, embora afastado, ele participava e recebia valores provenientes de atos de corrupção”, garante a promotora.

O auditor Luiz Antônio de Souza, delator do esquema na Receita, confirmou ao Ministério Público que Oyama recebeu R$ 200 mil, em 2012, para intermediar uma fraude com créditos fiscais.

O advogado do auditor afastado, Magno Cícero Leite, negou o envolvimento do auditor nos crimes. Ele disse que a prisão foi baseada apenas em delação premiada e que o patrimônio de Oyama é, sim, compatível com a renda dele. O advogado também ressaltou que vai pedir a reconsideração do habeas corpus.

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