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Paraná

Encontro técnico vai debater manejo para plantas invasoras

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A Emater, a Prefeitura de Assis Chateaubriand e o Instituto Federal do Paraná (IFPR), apoiados por diversas entidades ligadas ao setor, reúnem na quinta-feira (23) agricultores e técnicos da região de Toledo para discutir soluções integradas para o controle de ervas daninhas da cultura da soja.

O problema, que já preocupava os plantadores de soja e profissionais da área agronômica, se agravou neste início da nova safra em função das condições do clima: frio rigoroso no inverno e a estiagem no período próximo ao plantio.

O tema será abordado pelo pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Storniolo Adegas, que apresentará as particularidades ocorridas nesta safra para o controle de plantas daninhas e, ao mesmo tempo, explanará estratégias para fazer frente a possíveis resistências que estejam ocorrendo no controle feito com herbicidas.

O coordenador regional da Emater em Toledo, engenheiro agrônomo Adalberto Telesca Barbosa, explica que a principal planta invasora com maior dificuldade no controle nesta safra é a buva, que, sem um controle adequado, compete com as plantas de soja por nutrientes e luminosidade, diminuindo a produtividade da cultura. “E o problema não é apenas esse. Acontece que para enfrentar a dificuldade temos muitos produtores na região apelando para o uso de grades pesadas no preparo do solo antes do plantio. Este é um equipamento que traz sérios complicadores para a conservação do solo, e que por essa mesma razão tinha sido aposentado pelos produtores lá pelos fins da década de 80, com a introdução da tecnologia do plantio direto”, diz.

O extensionista conta que a movimentação do solo com a grade pesada para fazer o controle da buva e outras plantas invasoras antes do plantio, além de não ter a eficiência desejada, aumenta significativamente os riscos de erosão com a consequente diminuição da fertilidade do solo. “Com as fortes chuvas registradas neste último mês, é fácil sair a campo hoje e comprovar os problemas que esta prática pode trazer para a preservação do potencial produtivo das lavouras e a ameaça que representa para a boa conservação dos recursos naturais”, menciona Barbosa.

Ele comenta que a Emater, com respaldo da pesquisa, defende que o agricultor adote em sua propriedade um conjunto de boas práticas agrícolas, as quais, somadas à ferramenta química, seja eficiente para o problema representado pelas possíveis resistências de ervas daninhas aos herbicidas.

Segundo Barbosa, essas soluções estão sendo aplicadas em várias propriedades atendidas por técnicos do Instituto com ótimos resultados. São tecnologias que, além de ajudar no controle do mato, contribuem com a conservação do solo e aumento da produtividade da cultura da soja.

Entre essas alternativas, o extensionista destaca o cultivo da brachiária em consórcio com o milho safrinha, cultura que antecede a lavoura de soja. “Esse consórcio entre as duas plantas não compromete a produtividade do milho e por outro lado é capaz de promover uma boa cobertura vegetal do solo que, em função do sombreamento que produz, dificulta a emergência das plantas invasoras, inclusive da buva”, enaltece.

Confira a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (21).

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