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Estudo aponta qualidade na estrutura educacional de Rondon e região

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Informações sobre a educação nos 54 municípios da região Oeste do Paraná, desde a Educação Básica até o Ensino Superior e a pós-graduação, estão disponíveis no Boletim de Conjuntura Econômica Regional do Oeste do Paraná. Os dados podem auxiliar a análise e o planejamento de instituições públicas e privadas do setor, estimular a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico da educação e possibilitar à sociedade um panorama sobre a área.

O boletim foi elaborado pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), por meio da área de Desenvolvimento Territorial, com a colaboração do Núcleo Regional e do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Regional e Agronegócio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. Educação é o terceiro tema tratado. As últimas edições trouxeram dados sobre a produção agropecuária e os empregos e estabelecimentos do Oeste do Estado.

Na tabela a seguir são demonstrados números e índices sobre Marechal Cândido Rondon e municípios da microrregião,  além de Guaíra, Maripá, Missal, Palotina, Santa Helena e Toledo.

Matrículas

O número geral de matrículas na Educação Básica caiu 2% na região estudada. Em 2012 foram efetuadas 300.240 matrículas e em 2016 295.054. O Ensino Fundamental retraiu 5% (de 189.353 para 180.402 alunos), porém o Ensino Médio foi a etapa com maior redução no número de alunos, com uma queda de 9% (de 62.758 em 2012 para 57.267 em 2016).

Na Educação Básica (Infantil, Fundamental e Médio) havia 2.149 escolas na região Oeste, o que saltou para 2.181 em 2016. Quanto ao número de instituições que ofertam ensino para jovens e adultos (modalidade EJA), houve uma redução de 50% no período – eram 279 e agora são 139. Já a Educação Especial registrou avanço de 14%: passou de 799 para 908 estabelecimentos.

A quantidade de vagas ofertadas no Ensino Superior cresceu 13% entre 2012 e 2016 nos 54 municípios. Eram 30.586 e agora são 34.685. A quantidade de faculdades também teve acréscimo de 5%, enquanto na média brasileira houve redução de 2,2%. O maior avanço foi de instituições públicas – eram oito em 2012 e agora são 12. A cidade com mais faculdades da região é Foz do Iguaçu, com 13 instituições, seguida de Cascavel, com 11, e Toledo, com seis.

Situação tranquila

Em entrevista ao Jornal O Presente, o economista e técnico em desenvolvimento territorial do PTI, que coordenou o estudo, Flávio Rocha, salienta que a microrregião de Marechal Cândido Rondon ainda não foi avaliada com relação aos desafios para toda a região sobre trabalhos anteriores no que tange à defasagem escolar, questão das notas da prova de avaliação de Educação Básica. “Nós temos grandes desafios no ensino dos anos finais (Ensino Médio). Este boletim não abordou essas questões, então isso vai ficar para um próximo estudo. Dentro do abordado a situação de Marechal Rondon e do entorno é bem tranquila no que se refere à oferta de ensino e de educação para a população quanto à estrutura, número de professores, vagas e estabelecimentos”, considera. “A questão das creches sempre é um desafio, sendo que em relação à pré-escola percebe-se estar no mesmo patamar do Oeste. A educação profissional também tem a perspectiva de evoluir, uma vez que não foge do padrão encontrado para a região, enquanto no tocante às universidades há expectativa de melhora, porque se retirar os três municípios polo – Foz, Cascavel e Toledo – Marechal Rondon aparece com número expressivo de vagas para o Ensino Superior por disponibilizar um campus de universidade estadual e duas faculdades privadas, além de sete pós-graduações nas modalidades lato sensu e stricto sensu. Portanto, há boa perspectiva quanto à oferta de Ensino Superior para toda a região”, enfatiza.

Procura de soluções

Rocha comenta que o Programa Oeste em Desenvolvimento foi lançado em agosto de 2015, porém desde 2013 já ocorriam estudos para identificar as principais cadeias produtivas, potencialidades e desafios. “Sempre houve premissa de estudar esses assuntos tecnicamente, identificar seus desafios e a partir disso dialogar em busca de soluções. Pretendemos ampliar alguns aspectos, não ficando só na cadeia produtiva, mas, sim, visando criar o Observatório Territorial com a perspectiva de subsidiar estatísticas para a região Oeste”, menciona.

Segundo ele, o boletim foi elaborado com a intenção de trazer dados em um documento que as pessoas tenham acesso, para que observem e concluam sobre o que existe disponível na área educacional. “A ideia era mostrar dados, matrículas e colégios, porque as pessoas diariamente procuravam, mas não encontravam. O boletim não teve, ao menos neste momento, a preocupação de mostrar o panorama sobre os problemas e desafios, pois será feito um específico tratando de saúde e apontando desafios da educação”, declara.

O economista avalia que os docentes da região possuem boa qualificação se comparado a profissionais de outras localidades. “Embora o boletim não traga essas informações, nós, que trabalhamos com ele, percebemos isso. Temos grande diferença de qualidade principalmente na avaliação do ensino, quando feito pelos municípios e pelo Estado, o que é marcante na região”, enaltece.

Para a Educação Básica, aponta, a redução nas matrículas foi em torno de 2%, com exceção da Educação Infantil, que registrou aumento de 19% nas matrículas no período de 2012 até 2016, já o Ensino Fundamental teve queda de 5% e o Médio 9% de diminuição. “No Ensino Superior houve aumento de vagas devido ao destaque da região, tornando-se quase um polo neste segmento. Crescemos 5% em número de estabelecimentos, universidades, e aumentamos 13% o número de vagas oferecidas. Temos certo destaque em relação ao Paraná neste sentido pela grande concentração de universidades, o que é bom por estarmos capacitando e formando as pessoas aqui”, ressalta.

Confira a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (07).

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