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Paraná valoriza a família, afirma Fernanda Richa

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Secretária do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Fernanda Richa: Não penso em ser candidata. Agora, o futuro a Deus pertence

A secretária do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, afirma que todos os programas sociais levados pelo Governo do Estado valorizam a família paranaense com porta de entrada e a porta de saída para a autonomia. A porta de saída, segunda ela, é a oferta de trabalho, garantia de independência financeira e qualificação.

Neste ano, Fernanda comemora duas conquistas relacionadas à sua pasta. O Paraná foi o Estado brasileiro que mais subiu no ranking do combate à extrema miséria em dez anos. Também foi o Estado que mais criou empregos com carteira assinada nos cinco primeiros meses. O Paraná continua gerando empregos e situações que melhoram a qualidade de vida das pessoas. É uma consequência da industrialização promovida de forma equilibrada na Capital e no interior, destaca. Confira a entrevista.

O Paraná foi o Estado brasileiro que mais subiu no ranking do combate à extrema miséria em dez anos. Que trabalho foi feito para chegar a este patamar?

Fernanda Richa (FR): Existe uma política descentralizada no governo Beto Richa. As empresas que se instalam no Paraná agora vão para todas as regiões, não somente para Curitiba e municípios vizinhos. Isto ampliou as oportunidades para quem vive em cidades menores. Além disso, a fusão da Secretaria do Trabalho com a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social possibilitou fortalecer o programa Família Paranaense, de atendimento e resgate social da população que mais precisa. Mas acredito que estes resultados positivos também são reflexo do bom trabalho feito pela Secretaria do Trabalho anteriormente, na primeira gestão, e que agora se soma às nossas ações para o desenvolvimento social.

 

Num cenário de crise nacional, como o Paraná continua sendo o Estado que mais criou empregos com carteira assinada neste ano?

FR: Ao contrário do restante do país, o Paraná continua gerando empregos e situações que melhoram a qualidade de vida das pessoas. É uma consequência da industrialização promovida de forma equilibrada na Capital e no interior do Estado. Com isso, conseguimos ofertar muitos empregos, saltamos do 3º para o 2º lugar na criação de vagas. Isto é muito bom, já que em outros anos estávamos em 8º, 9º e até 10º lugar na geração de postos de trabalho.

 

Qual é a grande meta do seu trabalho à frente da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social? Algo mudou neste ano?

FR: Nosso objetivo sempre foi resgatar aquelas famílias mais carentes, que estavam em situação de vulnerabilidade social, de risco. Com a fusão com a Secretaria do Trabalho ficou muito mais fácil e confortável. Além sabermos das necessidades de cada família, temos agora a porta de saída para a autonomia, que é o trabalho, uma garantia de que realmente estas pessoas terão independência financeira e qualificação.

 

Sua relação com estas famílias é bastante próxima. O que a levou a abraçar esta área?

FR: Quando fui presidente da Fundação de Ação Social, a FAS, na época em que o Beto (Richa) era prefeito de Curitiba, eu percebi que estar próxima das famílias era o único caminho para conseguir saber realmente a necessidade de cada uma. Quando criamos o programa Família Curitibana nossa preocupação foi a de não fazer as mesmas ações para todo mundo, mas sim personalizar, entender qual era a necessidade de cada família, monitorá-las e ver o resultado alcançado. Para nossa alegria, reduzimos em 65% a miséria em Curitiba, índice atestado por órgãos independentes. Isso nos deu a garantia de que estávamos no caminho certo e que poderíamos levar o programa para todo o Paraná e foi o que aconteceu. No Governo do Estado também temos a parceria de outras secretarias, o que torna as ações mais consistentes. Fomos crescendo e aprimorando o trabalho.

 

Greve dos professores, confronto com a Polícia Militar e até denúncias de que dinheiro ilegal teria abastecido a campanha do governador Beto Richa. A imagem do governo e do próprio governador foi atingida por estes episódios. Como lidar com isso?

FR: Com muita tranquilidade. A greve dos professores foi uma situação que não agradou a nós e, acredito, nem aos professores. Talvez tenha agradado ao sindicato. O confronto de manifestantes com a polícia foi triste para todos os lados e o que a gente viu aqui espero que sirva de lição para todo o Brasil e que isso não aconteça nunca mais. Porém, a proteção da Assembleia Legislativa contra uma possível invasão foi exigida por lei. E mesmo que não fosse, ninguém tem o direito de invadir aquele espaço público. Portanto, democracia também tem que ser seguida com seus deveres e obrigações. Penso que este episódio foi muito delicado. Agora, com relação às denúncias, a Justiça está aí, nós contratamos advogados para fazer a nossa defesa do que talvez venha a acontecer, porque até agora não veio nada. Estamos aguardando fatos concretos e com muita serenidade.

Também houve uma denúncia anônima de que a senhora teria ingerências sobre pedidos de doações para auditores fiscais ao Provopar. A senhora comentou que, depois desta acusação, até perdeu a vontade de seguir com seu trabalho. O que a fez mudar de ideia?

FR: Meu coração e a minha responsabilidade. Para o mal prevalecer basta que o bem não se mova. Se eu ficasse parada, iria corroborar com o que estavam falando. Então voltei a fazer o que eu acredito e a verdade que venha à tona. Para a minha alegria, fiquei sabendo que um dos principais delatores do caso dos auditores de Londrina me isentou de qualquer tipo de envolvimento. As pessoas ficaram sabendo que nunca houve menção ao meu nome, nunca fiz qualquer tipo de apelo em nome deles. A verdade vem, ela pode demorar, mas vem.

Como a senhora avalia todos estes acontecimentos?

FR: Ninguém tem o direito de fazer uma denúncia anônima sem provas. No momento, sou primeira-dama do Estado e tenho condições de me defender. Mas e quem não tem condições, como fica? Ninguém tem o direito de manchar a moral de outra pessoa. Foi uma irresponsabilidade do Ministério Público. Digo isso com muita tranquilidade porque, se a tal denúncia corria sob sigilo, eles não poderiam ter publicado em Diário Oficial e dar a notícia de que isso estava acontecendo. A imprensa comunicou o que viu, naturalmente. Mas fico tranquila porque eu nada devia e nada devo. Vai passar. Infelizmente terei que tomar atitudes pertinentes a danos morais. E acredito que vou ficar o resto da vida com essa história guardada no fundo do meu coração. Sempre alguém vai lembrar, sempre vou me lembrar.

No meio destes episódios veio mais uma vez o boato de que o relacionamento do casal estaria afetado. Como reagir a isto?

FR: Este tipo de comentário vem desde o dia em que o Beto (Richa) entrou para a política, já é bem velho e não anima mais ninguém. Em época de campanhas eleitorais já foi dito que o Beto (Richa) tinha outros filhos e várias mulheres. A campanha passou e nada aconteceu. São fatos mentirosos criados para manchar a moral de pessoas que estão dispostas a fazer um trabalho decente. A arma do incompetente é essa: a mentira, a enganação, a trapaça. Como eles vivem desta forma, julgam que todo mundo vive e faz o mesmo que eles. O que não é verdade. Jamais seremos iguais a estas pessoas que fazem comentários maldosos e levianos.

Seus filhos são atingidos por estes fatos?

FR: Acho que toda a família foi. Todo mundo passa a sentir uma certa dor. Não sei te explicar qual seria o sentimento dos meus filhos agora, se é receio, pena, medo. Não sei definir, mas posso dizer que não é um sentimento agradável. Afeta e machuca a família inteira, mas eles sabem que, infelizmente, este é o lado chato da vida política.

A senhora é muito bem acolhida por onde passe. Pensa em se candidatar em alguma eleição?

FR: Nunca pensei. As pessoas comentam que eu poderia sair candidata, que eu seria bem-vinda. Sempre sou bem recebida, acredito que por tratar as pessoas com muito respeito, independente da parte financeira ou cultural. As pessoas têm sentimentos e eu respeito cada um. Acredito que até poderia, mas não faz parte do meu pensamento. Caminho com o Beto (Richa). Nós dois formamos um belo casal, tanto na vida particular quando na vida política. Nós nos somamos e conseguimos bons resultados. Então não penso em ser candidata. Agora, o futuro a Deus pertence.

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