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Paraná

Pesquisa mostra que quase 90% dos paranaenses estavam endividados em junho

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ma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgada na segunda-feira (3) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), mostra que 88,7% dos paranaenses estavam endividados em junho.

É a terceira alta consecutiva mensal. A média nacional de endividamento ficou em 56,4%.

"O paranaense é o consumidor mais endividado do país. Já é característica do estado. Porém, os paranaenses estão pagando os seus débitos", explica a coordenadora da pesquisa, Priscila Andrade.

O maior índice de endividamento foi verificado entre as famílias com maior poder aquisitivo, em que 90,4% possuem algum tipo de dívida, ante 88,3% entre as classes C, D e E.

Além das dívidas, o percentual de contas em atraso foi de 26,8%, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação a maio. O índice de pessoas que não terão condições de pagar seus compromissos financeiros também subiu, passando de 9,1% em maio para 10,7% em junho.

Apesar da piora desses indicadores, o quadro estava muito pior em junho de 2016: as contas em atraso atingiam 30% dos endividados e, destes, 12,8% não tinham condições de pagar suas dívidas.

 

Inadimplência aumenta

O grau de inadimplência também mostrou elevação. Entre as famílias com dívidas atrasadas, em 46,1% delas, esse atraso ultrapassa 90 dias, o que permite a inclusão nos serviços de proteção ao crédito.

As famílias com renda de até dez salários mínimos possuem o maior percentual de inadimplência, com 49,4%, contra 30,8% entre as classes A e B.

A parcela da renda dos paranaenses comprometida com dívidas foi de 31% em média, sendo que 16,1% dos consumidores têm mais da metade de seus rendimentos afetados por contas futuras.

O tempo médio de comprometimento com dívidas é de 6,5 meses.

 

Tipo de dívida

O tipo de dívida mais comum entre os consumidores do Estado foi o cartão de crédito, 73,7%. Na sequência ficou o financiamento de veículo (9,2%), financiamento imobiliário (6,5%), carnês (4,8%), crédito pessoal (2%), empréstimo consignado (1,9%) e o cheque especial (1,1%).

A Viviane Aparecida perdeu o emprego e viu a dívida do cartão de crédito aumentar cinco vezes nos últimos meses. Ela já cansou de receber ligações de empresas cobrando. "É o dia inteiro ligando, te coagindo", conta.

 

Negociação

Para quem deve, o importante é tentar um acordo com o credor. "Se ele se vir em uma situação de aperto, deve buscar o banco para tentar uma negociação para uma dilação de prazo ou diminuição de parcelas", explica a diretora do Procon-PR, Cláudia Silvano.

Com informações G1 PR 

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