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Paraná

PF vai acionar autoridades paraguaias e Interpol para achar família de menino encontrado em Cascavel

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O delegado da Polícia Federal (PF) Mário César Leal Júnior disse em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (25) que vai acionar as autoridades paraguaias na tentativa de localizar a família do menino de um ano encontrado há 15 dias em uma rua de Cascavel, no oeste do Paraná. A criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar e passa bem.

"Nós vamos fazer isso através de um grupo que reúne as autoridades policiais do Brasil, Paraguai e Argentina. É um canal mais ágil de cooperação policial. Eu vou encaminhar as informações que nós temos, solicitar algumas diligências e esperar o resultado que vem das autoridades de lá", explicou o delegado. Ele disse ainda que a Interpol também será acionada.

Nesta terça, a mulher suspeita de intermediar a adoção ilegal do menino, Maria Conceição Queiroz, foi presa após prestar depoimento. O conteúdo do depoimento será mantido em sigilo até o fim das investigações, segundo o delegado.

A mulher nega todas as acusações, e o advogado dela, Felipe Veloso, disse que só vai se manifestar após ter acesso aos autos.

Maria Conceição foi autuada em flagrante por tráfico internacional de crianças porque na casa dela havia uma menina, de nove anos, que não tinha documentação. No local havia ainda outra garota que não teve a idade identificada. As duas crianças também estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.

O delegado da PF também disse que recebeu a informação de que outras crianças estariam envolvidas no caso, mas que ainda são informações preliminares. "Os fatos ainda vão ser todos apurados e, assim que possível vamos informar tudo", completou o delegado da PF.

Até a manhã desta quarta, a suspeita estava detida na delegacia central em Cascavel, mas deve ser transferida para a Cadeia Pública de Corbélia. Conforme Mário César, a transferência deve ocorrer entre esta quarta e quinta (26).

Antes da transferência, segundo o delegado, ela vai passar por uma audiência de custódia.

Investigações

Segundo a delegada do Núcleo de Proteção de Crianças e Adolescentes Vítimas de Crimes, Raissa Vargas Scariot, as investigações avançaram após a divulgação da foto do menino, que provavelmente tem origem paraguaia.

Antes de ser intimada pela polícia para prestar depoimento, Maria Conceição acionou o Conselho Tutelar e disse que tinha achado a criança abandonada na rua. Ela argumentou que ouviu os cachorros latirem e, quando chegou até a rua, percebeu que o menino estava sozinho. O Conselho Tutelar, por sua vez, recolheu a criança.

"Desde o início, nós achamos o comportamento dela incomum, porém não havia nada", comentou a delegada.

Até esta quarta, oito pessoas foram ouvidas, entre elas, o casal que pretendia adotar o menino.

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