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Paraná

“Prioridade é não deixar a obra parar”, diz Roman sobre a duplicação da BR-163

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A novela sobre a duplicação da BR-163 entre Marechal Cândido Rondon e Toledo ganhou mais um capítulo. Isso porque projeto de lei que prevê aporte financeiro para a retomada das obras foi aprovado na última quarta-feira (08), destinando ao Ministério dos Transportes, Portes e Aviação Civil crédito suplementar no valor de R$ 49,5 milhões para a adequação da BR-163 entre Cascavel e Guaíra. A programação da obra passa agora a integrar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O trecho da rodovia entre os municípios de Toledo e Marechal Rondon, passando por Quatro Pontes, está compreendido entre os Km 235,5 e 274,4, totalizando 38,9 quilômetros de extensão. O projeto prevê nove retornos em desnível, sendo seis viadutos, três trincheiras, duas passarelas e 25,7 quilômetros de vias marginais. Iniciada em 2015 pela construtora Castilho, a obra completa está orçada em R$ 306,5 milhões, sendo que até agora foram liberados apenas 8% deste valor. Diariamente passam mais de dez mil veículos pelo trecho.

Além disso, uma segunda etapa do projeto compreende outros 74 quilômetros entre Cascavel e Marmelândia. Juntos, os dois trechos totalizam 112,9 quilômetros e um investimento previsto de R$ 885,5 milhões.

Relator do projeto que abriu crédito suplementar ao Orçamento Fiscal da União, o deputado federal Evandro Roman (PSD-PR) se reuniu no último sábado (11), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), com lideranças rondonenses e regionais, empresários de diversos segmentos e autoridades políticas para apresentar as tratativas sobre a continuidade das obras.

De acordo com Roman, o aporte financeiro é oriundo de uma articulação de remanejamento de recursos internos, a partir do que foi decidido no ano de 2016 pelos deputados federais da bancada do Paraná. “Constatamos que havia três situações de orçamentos em que não haviam projetos, que é o trevo no município de Pato Branco, o Contorno de Campo Mourão e o Trevo Cataratas. Mediante a isso, se esse recurso não fosse alocado, e tivesse também o entendimento tanto na questão de orçamento como na bancada, ele se perderia justamente por não haver projetos. Assim, houve a negociação com a bancada, sendo que discutimos entre os 30 deputados, mais três senadores, e entendemos que era bom fazer esse remanejamento”, declarou o deputado.

Havendo o encaminhamento era preciso votar a junção dos R$ 49,5 milhões junto à Comissão Mista de Orçamento da União do processo orçamentário para 2018, da qual Roman é relator. “Ali nós aprovamos rapidamente, mas no Congresso, devido às dificuldades políticas, a oposição barrou por várias vezes e não conseguimos evoluir para votação, o que aconteceu somente na última quarta-feira”, relata.

 

Próximos passos

Durante a reunião em Marechal Rondon, Roman destacou que para a liberação oficial do crédito suplementar aprovado na Câmara dos Deputados ainda há a necessidade de sanção por parte do presidente da República, Michel Temer, o que, segundo o deputado, deverá ocorrer em breve. “Agora temos a questão orçamentária. Vamos fazer a discussão para que tão logo esse recurso seja colocado à disposição da construtora para a continuidade das obras”, afirma Roman.

Após a sanção presidencial, a Construtora Castilho deverá remontar suas frentes de trabalho para que os serviços sejam retomados. “O presidente tem até 30 dias para fazer a sanção. Na sequência a ação será encaminhada ao orçamento para a autorização da liberação do recurso. Estamos trabalhando num prazo mínimo de que em 15 dias isso seja feito e consigamos a parte financeira”, diz Roman.

O parlamentar acredita que dentro de 40 dias todo o projeto esteja encaminhado e a obra possa ter continuidade. “A prioridade agora é não deixar a obra parar, para que não tenhamos mais dificuldades para a sua retomada”, enfatiza.

 

Mais investimentos

Roman mencionou que para o próximo ano há a possibilidade de serem alocados em torno de R$ 150 milhões visando agilizar os trabalhos de conclusão das obras de duplicação. “Para nós, oestinos, é de suma importância que a obra não pare, mas tenha continuidade e seja finalizada”, frisa o deputado.

 

Impacto no desenvolvimento

Constituída como um dos principais corredores de escoamento da produção agrícola da região e Estados vizinhos, a BR-163 impacta diretamente no desenvolvimento comercial e industrial não apenas de Marechal Rondon, como de muitos outros municípios da região. “A partir do momento que a rodovia trava, além de todos os transtornos no tráfego, ela dificulta bastante e principalmente o escoamento da produção de toda a região. Nós temos toda uma região que depende dessa rodovia, e hoje ela está intrafegável, dentro de uma dificuldade que nos deixa preocupados”, destaca Roman.

Conforme o parlamentar, esse foi o argumento usado para convencer a bancada oposicionista, que por vezes barrou a votação do projeto. “Debatemos com eles a questão de serem vidas que estão em jogo, além de todo o desenvolvimento de uma região, enaltecendo que o projeto não traz impactos, apenas remanejamento de orçamento”, pontua.

 

União da bancada

Considerando que a obra está orçada em mais de R$ 300 milhões, Roman reconhece que R$ 49,5 milhões é pouco, mas diz ser o suficiente para avançar mais um passo na efetivação na duplicação.

Ele comenta que em conversas com o coordenador geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi manifestada a preocupação quanto à liberação financeira do recurso, haja vista que a orçamentária já está garantida. Quanto a isso, Roman enaltece a importância de um trabalho que envolve um grupo grande de deputados da bancada paranaense. “Principalmente os deputados do Oeste, que venham a se unir e fazer com que cada vez mais rápido esse recurso seja liberado. Eu diria que com a união de todos os deputados e a sociedade, quem ganha é a população, que terá em breve a duplicação concluída”, reforça. 

Entretanto, o parlamentar adianta que toda a bancada está empenhada não apenas em conseguir a continuidade das obras de duplicação, como também a liberação de orçamento para o próximo ano. “É um trabalho de toda bancada, mas com foco maior nos deputados que representam a região. Todos estão empenhados, com trabalhos firmes, presentes e atuantes politicamente para que a obra não seja mais paralisada e em breve possamos usufruir de uma maior segurança e, principalmente, do escoamento do agronegócio da região”, ressalta.

 

Marechal Rondon pode ganhar colégio militar

Em entrevista ao O Presente, Roman revelou em primeira mão que estão em andamento trâmites para a instalação de uma escola voltada à formação de soldados em Marechal Cândido Rondon. Ainda que embrionário, o deputado garante que o projeto em breve sairá do papel.

Recentemente, também foi anunciada a construção de uma unidade em Cascavel que, até então, será o segundo estabelecimento do gênero do Estado. O primeiro é a Escola Militar do Guatupê, localizada na Região Metropolitana de Curitiba. Na região Norte do Estado, uma terceira unidade está sendo edificada, em Londrina.

Roman destaca que o colégio militar em Marechal Rondon vai ter o objetivo de atender primeiramente e principalmente os filhos dos policiais que vêm para o município e região. Por ser região de fronteira, a obra é definida pelo deputado como algo fantástico. “Proteger os filhos desses policiais é realmente uma missão que o Estado tem e estamos trabalhando com as lideranças políticas locais para que possamos em breve ter um colégio da Polícia Militar no município”, ressalta.

Em Cascavel, o colégio militar terá capacidade para atender 1,5 mil alunos e, segundo Roman, o mesmo deve ocorrer em Marechal Rondon.

Outra demanda ressaltada pelo parlamentar é a construção da nova sede do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) no município. “Antes de tudo, estamos focados em atender isso”, finaliza.

Confira a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (14).

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