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Paraná QUALIDADE DO LEITE

Projeto de Queijos Finos do Biopark fomenta alternativas para atividade leiteira da região

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Foto: Divulgação

O fortalecimento da cadeia leiteira da região Oeste do Paraná, por meio da busca por novos nichos de mercado, tem sido impulsionado pelo projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Queijos Finos do Biopark – Parque Científico e Tecnológico de Biociências, em Toledo. O projeto contempla o aprimoramento e desenvolvimento de processos de produção em laboratório e a capacitação de produtores, que futuramente integrarão uma Associação. Para discutir os avanços do projeto, são promovidos encontros periódicos.

Em reunião realizada no dia 09 de setembro, cerca de 60 produtores participaram da palestra “Qualidade do leite – atualizações sobre a legislação do leite cru”, conduzida pelo médico veterinário e Auditor Fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Cesar Plinio Mantuano Barradas, que trouxe informações sobre alterações normativas que entraram em vigor recentemente. “Falamos sobre as instruções normativas 76 e 77, que trazem várias atualizações sobre qualidade na cadeia do leite, desde a produção na propriedade até a recepção do produto pelos laticínios para fabricação de derivados lácteos” explica.

A busca por um produto novo e com qualidade tem despertado o interesse de moradores de outras cidades, como Alan de Barros Cordeiro, que veio do município de Dois Vizinhos e participou pela primeira vez da reunião.  “Trabalhamos com a produção leiteira desde 2002 e a nossa intenção é adquirir conhecimento para buscar outro nicho de mercado, que são os queijos finos. Isso pode contribuir para agregarmos mais valor ao nosso produto. Hoje ficamos à mercê da flutuação de preços do mercado e com a produção de queijos finos acredito que teríamos uma estabilidade de preço maior”, comenta.

Produtores da região que já trabalham com a produção de queijos também compareceram como é o caso de Cirlei Rossi dos Santos, de Vila Nova. “Trabalhamos há aproximadamente dez anos com gado leiteiro e há três estamos produzindo queijo, mas queremos agregar mais valor à nossa produção. Fizemos alguns estudos, inclusive fomos para Itália e Suíça e resgatei uma receita que é uma herança de família, de italianos que vieram para o Brasil. O que precisamos nessa atividade é organização e conhecimento de gestão, tanto que hoje também trouxe meus funcionários para participar e entender o processo como um todo. Acredito que essa iniciativa do Biopark é um marco, um divisor de águas”, ressaltou.

O projeto

Um dos principais objetivos do projeto é formar um grupo representativo da Região Oeste do Paraná que consiga atingir o mercado de queijos finos e tornar a atividade leiteira mais sustentável.  Nesse contexto, o papel do Biopark é um ambiente de pesquisa, desenvolvimento técnico e científico de apoio aos produtores e à Associação, tanto que já existe dentro do ambiente um laboratório de queijos finos, para dar suporte técnico por meio do desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, além de oferecer cursos de capacitação. Atualmente já são produzidos no Laboratório do Biopark queijos como o camembert e morbier, ambos em fase de testes.

Com assessoria

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