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Paraná

Sérgio Moro intima Polícia Federal a prestar esclarecimentos por uso de algemas em Sérgio Cabral

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O delegado da Polícia Federal (PF) Igor Romário de Paula disse que o uso de algemas nos pés e nas mãos do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que foi transferido do Rio de Janeiro para o Paraná, foi necessário para garantir a segurança do próprio preso, da equipe policial e de terceiros.

O ex-governador foi algemado para fazer o exame de corpo de delito – que é de praxe – no Instituto Médico-Legal (IML), na sexta-feira (19), em Curitiba. Depois do exame, Cabral foi levado para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana.

O uso das algemas foi questionado pelo juiz Sérgio Moro, que intimou a PF para que prestasse esclarecimentos.

Igor argumentou que a garantia de segurança foi dada devido à imprevisibilidade de circunstâncias apresentadas na ocasião e que é impossível prever com razoável certeza a conduta do preso nestas mesmas circunstâncias.

O delegado também afirmou que não houve em qualquer momento postura no sentido de expor desnecessariamente o preso ou colocá-lo em risco.

A transferência de Cabral foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná, que levou em consideração uma investigação no âmbito da Operação Lava Jato, envolvendo o ex-governador, que corre na capital paranaense. Na avaliação dos procuradores, pode haver necessidade de novos depoimentos de Cabral. Moro foi quem autorizou a transferência.

Na decisão em que autorizou a transferência, ainda citou as investigações feitas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ). Segundo os procuradores, o ex-governador recebia regalias dentro da cadeia.

 

Condenação em Curitiba

Em Curitiba, Cabral foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão. De acordo com a sentença, ele cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele está preso desde novembro de 2016.

A Justiça considerou que ele e mais dois assessores receberam vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.

 

 

Com informações G1

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