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Policial

Depom apreendeu 179 barcos e motores em sete meses

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Barcos têm praticamente a extensão da carroceria de uma carreta (Foto: Divulgação)

Os contrabandistas tiveram preju iacute;zos com a inaugura ccedil; atilde;o da Delegacia Especial de Pol iacute;cia Mar iacute;tima da Pol iacute;cia Federal (Depom) de Gua iacute;ra, ocorrida em 26 de novembro de 2008, mas ainda existe muito trabalho a ser feito pela Uni atilde;o. De abril, momento em que efetivamente a Pol iacute;cia Federal (PF) esteve estruturada para ir a ldquo;campo rdquo;, at eacute; outubro, de acordo com dados do Depom, foram apreendidos 94 barcos e 85 motores, al eacute;m de aproximadamente 900 quilos de maconha, 3,9 mil caixas de cigarro, 400 pneus e quase 50 mil pe ccedil;as de roupa. Os n uacute;meros, apesar de significarem uma grande perda de recursos para os contrabandistas, n atilde;o s atilde;o expressivos diante daquilo que a PF acredita que passa pelo Lago de Itaipu.
A maioria das apreens otilde;es feitas pelos policiais acontecem durante patrulhamento. Embora existam investiga ccedil; otilde;es com rela ccedil; atilde;o ao transporte de contrabando por barcos, a prioridade da PF tem sido fazer pesquisas em torno do tr aacute;fico de drogas. Diante disso, concorda um policial, se o n uacute;mero de policiais fosse dobrado, consequentemente as apreens otilde;es de contrabando no Lago aumentariam na mesma propor ccedil; atilde;o. ldquo;Com rela ccedil; atilde;o a equipamentos, estamos com condi ccedil; otilde;es de operar, mas o pessoal eacute; restrito rdquo;, comenta o servidor.

Aacute;rea
Com o efetivo reduzido e a grande aacute;rea de atua ccedil; atilde;o, quem acaba ganhando s atilde;o os contrabandistas. O Depom de Gua iacute;ra realiza fiscaliza ccedil; atilde;o de Porto Mendes, em Marechal C acirc;ndido Rondon, at eacute; Porto Camargo, perto de Umuarama, que compreende uma extens atilde;o de cerca de 180 quil ocirc;metros. Os contrabandistas utilizam geralmente o trecho entre Gua iacute;ra e Foz do Igua ccedil;u para fazer as travessias. Entre esse meio cabe apenas agrave; PF de Foz e Gua iacute;ra, com apoio eventual de outras pol iacute;cias, fazer a fiscaliza ccedil; atilde;o. nbsp;

Poder na aacute;gua
O que se tem percebido nos uacute;ltimos meses eacute; a apreens atilde;o de grandes embarca ccedil; otilde;es no Lago. S atilde;o utilizados barcos de 11 metros com motor de at eacute; 200 HP. Num barco de 11 metros os contrabandistas colocam at eacute; 200 caixas de cigarro, o suficiente para preencher cerca de um quarto da carroceria de um caminh atilde;o bitrem. Mesmo com um motor de 200 HP, a embarca ccedil; atilde;o carregada n atilde;o atinge grande velocidade no Lago. Mesmo assim, o barco se torna perigoso carregado, informa um policial. ldquo;Se o cara tocar um barco daquele em cima da nossa embarca ccedil; atilde;o, como v aacute;rias vezes tentaram fazer, o neg oacute;cio fica feio, porque a embarca ccedil; atilde;o eacute; quatro, cinco vezes mais pesada que a nossa rdquo;, relata. nbsp;

Motores
A pol iacute;cia diz que a maioria dos motores eacute; roubada, outra boa parte eacute; adquirida no exterior e a minoria no com eacute;rcio brasileiro legal. Um motor de 200 HP custa, em m eacute;dia, R$ 35 mil. ldquo;O valor da mercadoria, em torno de 180 caixas de cigarro, o valor do barco e do motor, eacute; preju iacute;zo saud aacute;vel rdquo;, ironiza um agente da Pol iacute;cia Federal.

Barcos
Os barcos utilizados pelos contrabandistas s atilde;o adquiridos no com eacute;rcio clandestino. Segundo a pol iacute;cia, eles s atilde;o fabricados exclusivamente para esse fim, tendo em vista que um barco de 11 metros de extens atilde;o, por exemplo, n atilde;o teria outra utilidade se n atilde;o o transporte de mercadorias. As f aacute;bricas clandestinas, informa o agente, estavam no Brasil, mas ultimamente teriam migrado para o Paraguai, devido ao monitoramento que estavam tendo desse lado da fronteira.

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